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Naquela madrugada, um pouco mais tarde, quando Narcisio foi surpreendido pela tia dizendo que lhe amava, no dia da sua despedida da casa, o menino recebe uma visita no quarto, às exato duas e quarenta e três da manhã. Deby surge de baby doll fazendo carinho na face do garoto que se assusta acordando.

— Deby!!!

— Xiiiiiu!

E abaixa o short e a cueca simultâneamente. Põe as bolas do novinho na boca e as lambe em pequenos intervalos. Quando o pau de Narcisio já se encontrava ereto, ela vem lambendo de baixo para cima, saboreando o tronco todo até chegar na cabecinha onde chupa com violência, com tanta ânsia, como se aquele pau fosse fugir dali. Ora, e de fato ia, era a última noite do garoto na casa, por isso sugava vorazmente para que Narcisio nunca se esquecesse do boquete que sua tia pagava, para que ele sempre se lembrasse dela e, se algum dia, por acaso tentasse se esquecer da tia, lembrasse daquele inesquecível e delicioso boquete.

Depois de muito chupar o pau do menino, Deby foi subindo, a suspiros e gemidos. Então disse:

— Não vai, meu bem.

Narcisio, com a respiração ofegante, sensação deliciosa de quem acaba de ser chupado, diz:

— Mas como, tia? Não posso morar pra sempre com você. Tio Frankie nunca que ia aprovar uma ideia dessa.

— Eu falo com ele. Logo, logo Fernanda vai embora de casa, morar com o noivo, a casa vai ficar tão grande pra gente, tenho certeza que Frankie vai deixar.

— Será, amor?

Era a primeira vez que o sobrinho à chamava de amor, e aquilo emocionou a mulher, mas evitou de escorrer lágrimas nos olhos.

— Eu falo com ele, hoje mesmo, antes de você ir.

— Então está bem. Eu não quero voltar pra casa da mamãe, amor. Não quero mais ver aquele idiota do meu padrasto. Eu posso fazer até uma loucura e acabar sendo preso.

— Eu sei, eu sei, meu amorzinho, por isso vou fazer de tudo pra que Frankie deixe você morando aqui, pelo menos por um tempo. Direi toda a verdade, sobre o monstro do seu padrasto que lhe humilha com palavras e até mesmo com agressões físicas. Ele vai se solidarizar com você, eu tenho certeza, meu amor. Frankie pode até ter aquele seu jeitinho, as vezes frio, mas ele se importa com as pessoas. Lembro de quantas vezes ele fez caridade para as pessoas. É um homem bom e vai me escutar. Sinto que ele gosta de você, e ele me ama, faria tudo por mim.

— Ele é um homem de sorte por ter você, meu amor. Eu nunca me senti tão bem com você por perto, me amando de verdade como nunca nenhuma menina me amou. Esse seu amor capaz de fazer qualquer coisa por mim.

— E sou mesma. Não nego. Eu faria qualquer coisa por você, amor. Tudo. Tudo pra ficar com você.

— Olha só. Acho que nunca me disseram isso, Deby. É por isso que também estou sentindo algo forte, acho que da mesma proporção que a sua.

Deby socava o pau do menino, e esperava ansiosa pela conclusão.

— Acho que também estou apaixonado por você. Nunca ninguém fez o que você está fazendo por mim, não é só sexo que digo, não é só excitante, é comovente, apaixonante, não tem como não despertar o amor numa pessoa, só se ela fosse o abominável homem das neves.

Deby sorriu.

— Tão frio que chega a congelar. — Ele continuou.

Os dois sorriram juntos e se abraçaram, adormecidos. Deby se espantou às cinco e meia da manhã nos braços do garoto.

— Caramba! — Será que Frankie estava acordado? As vezes o esposo acordava quatro e meia, às vezes cinco. Não tinha horário certo pra acordar. Saiu dos braços do menino e foi correndo na ponta dos pés para o seu quarto. Por sorte, muita sorte mesmo, Frankie ainda estava dormindo, roncando, como de costume. Então Deby aproveitou para ir à cozinha e adiantar o café da manhã. Como queria ir até o quarto de Narcisio e acorda-lo beijando a boca, chupando o pau como se aquilo fosse o seu café da manhã. Mas não podia. Frankie podia acordar a qualquer hora.

Deby ainda se dirigiu até o quarto de Narcisio, mas apenas pra encostar a porta que deixou semiaberta.

Dormindo com o Sobrinho Onde histórias criam vida. Descubra agora