Ainda não saía da cabeça de Deby toda aquela sujeira toda, aquele sexo diferente, o fedor parecia não querer sair dos seus poros. Se sentiu com vergonha, suja, indiferente, mas enfim, estava livre daquele maluco, tinha fotos mais do que comprometedoras, não tinha nem coragem de vê-las senão voltaria àquele dia naquele motel que ficou um chiqueiro.
Pesquisando no Google a respeito do caso doentio, descobriu que muita gente compartilhava com aquele sexo esdrúxulo, ficou horrorizada com as fotos que viu. Eca, disse fechando o notebook.
A sua preocupação, no entanto, era de não ter sido vista entrando naquele motel. Cansava de encontrar pessoas, conhecidos, dizendo: ah, Deby, te vi em tal lugar e blá blá blá blá blá blá. Esse era seu medo. As vezes se sentia vigiada, aliás sempre teve esta sensação desde quando sua mãe lhe pegou no banheiro enfiando os dois dedinhos na bocetinha quando ainda era adolescente.
— O que você tá fazendo, menina!
A mãe deu tanta porrada na coitada nesse dia, mas mesmo assim não deixou de cutucar a xoxota, claro, fazia com mais prudência, não queria levar mais cintadas como levou naquele dia.
Pegou as mais de vinte fotos que havia tirado do maluco do Vitor e guardou numa pasta protegida do seu celular. Se bem que não tinha perigo pois ninguém era de mexer no celular do outro. Nunca pegou no celular do marido assim como Frankie nunca pegou o seu. Nem mesmo Fernanda. Pelo menos aí eles se respeitavam.
As noites, com Frankie, eram bastante frias, Frankie chegava cansado do trabalho apenas para jantar e ouvir o Boa noite do homem do jornal na TV. Deby, na verdade, também não o procurava, estava um tanto que estranha depois do sexo com Vitor, o tesão parece que tinha dado um tempo, e olha que sempre foi uma mulher digamos taradinha, a exposição na internet com homens que diria. Mas acontece que o sexo, pelo menos naqueles dias, estava sem graça, será que sexo é só isso? O papai e mamãe de Frankie e a chuva dourada de Vitor... Se fosse aquilo mas antes virar freira fazendo voto de castidade.
Ora, por quantas vezes não pensou em ter um amante para suprir a falta que Frankie fazia na cama, foram tantas vezes, até mesmo os vizinhos ela cogitava. Teve uma vez que certos homens que trabalhavam numa empreiteira se hospedaram na casa ao lado da sua, eram homens fortes, garotoes com todo o pique, Deby ficou doida pois os homens também eram loucos para comer ela. Como adorava exibição, foi a única coisa que rolou. Deby deixava a janela do seu quarto aberta e trocava de roupa , os homens a chamando pra dentro da casa, todos com o pau na mão para fazer uma suruba, mas Deby fazia apenas sinal de negativo, se abaixando para pegar o pente que caía propositalmente de suas mãos, a xoxota visível, o rabo empinado bem gostoso, os caras ficavam doidos, só faltavam se pegar de tão excitados que ficavam.
Mas enfim, nunca tinha passado de exibições, até conhecer Vitor e seu sexo pra lá de esotérico. Excluiu na mesma hora o pervertido, não queria nunca mais contato com ele, lembrou que o próprio a convidou para outras programações como aquela. Ele só pode ser louco, pensou ela, vai que ele me acha com cara de privada também e tente depositar em mim a sua merda, concluiu se benzendo.
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Dormindo com o Sobrinho
Mystery / ThrillerDeby é uma mulher madura, de quarenta e quatro anos. Dona de casa, um tanto que solitária. Para tirar o vazio da alma, Deby usa a internet para não se sentir só. É conhecida nas redes sociais como Loba, voraz por sexo virtual. Mas acontece que a vid...