Mais tarde, um pouco depois do almoço, Narcisio chegava da prova com o rostinho de desânimo. Deby estava na sala costurando um vestido quando viu aquele garoto ali, triste, cabisbaixo, mas atraente.
— Narcisio!!!! E aí, como foi a prova?
— Nem me fale. Fui muito mal. Quer dizer, não tenho tanta certeza assim, mas é mais provável que me lasquei. Acho que eu só tinha certeza em quatro ou cinco questões, o resto foi só chute.
— Que isso, Narcisio. Não, você se saiu bem sim, seja positivo. Tenho certeza que as questões que você escolheu foram as certas.
— Mas eu não tenho tanta certeza assim. Não caiu nada que estudei, parece que fizeram de propósito. Caralho!!!
— Calma, calma. Eu vou trazer uns biscoitos que preparei especialmente pra você.
— Você está sozinha?
— Estou sim. Fernanda saiu como sempre e Frankie está no trabalho. Deixa eu pegar o biscoito.
— Tá bom.
Ainda muito decepcionado com a prova, Narcisio sentou no sofá com as mãos na cabeça, lembrando de cada questão. Por ora, lembrou de uma ou duas e só naquele momento que veio as respostas certas .
— Porra! Não era a C, era a A.
E agora? Já se via trabalhando como concursado na cidade, gastando todo dinheiro em putada, nem se preocupando com grana pois sabia que todo final do mês ela estaria lá na caixa, só ir sacar e pronto. Mas agora, não sabia o seu destino. Quer dizer, claro que sabia, voltaria para a casa da mãe, lavar prato, banheiro e escutar esculhambação do padrasto, sendo humilhado por aquele filho da puta que o considerava como um idiota. Para piorar a situação, lembrou de quando o babaca lhe disse, quando partiu para fazer a prova na cidade.
— Coitado. Não vai acertar nem cinco questões.
O sangue subiu pro topo na cabeça. Ia acertar o miserável, jura que ia. Mas não quis, preferiu ficar calado e dar a resposta com a aprovação.
Mas, infelizmente, estava mais provável para ela não vir.
— Prontinho, tá aqui os biscoitos.
— Obrigado, tia.
— O que eu já lhe disse sobre tia...
— Desculpa, Deby.
— Agora sim. Escuta, quando sai o resultado da prova? Não fique assim, vamos confiar. Deus faz as coisas certinhas.
— O resultado vai demorar um pouquinho, mas vai sair o gabarito, e eu trouxe a prova pra conferir.
— Ah que bom. E quando sai esse gabarito.
— Daqui a três dias.
— Hum. Não demora nada, né.
— Demora não.
— Então você parte quando?
— Esses dias.
— Mas já? Pra quê a pressa?
— Eu não quero mais incomodar vocês, tia.
— Ai, Narcisio, me parte o coração quando me chama de tia.
Narcisio sorriu, um sorriso preocupado, taciturno.
— Desculpa, Deby, mas é que estou muito abalado mesmo com essa prova. Eu queria tanto provar a todos que eu era capaz , que não sou um Zé ninguém da vida, um inútil que sempre será sustentado pelo filho da puta do padrasto. Você não sabe o quanto estou triste, tia. Digo, Deby.
— Ah, meu menino. — disse Deby confortando o sobrinho que chorava tenuamente. Deby enxugava as suas lágrimas que escorriam pelo ombro da tia. — Espere o resultado. Não se precipite.
— Não, Deby! Eu não passei. Eu sei que não. Foi tempo perdido passar dias e mais dias, noites e mais noites estudando aquilo tudo.
— Discordo de você. Você obteve muito aprendizado e ele será muito útil pra você pro futuro. Sabedoria nunca transborda. Agora coma seus biscoitos.
— Eu não quero.
— Coma, por favor. Preparei especialmente pra você. — Os biscoitos continuaram sob a mesa, e Narcisio sem apetite. Então, vendo que o garoto realmente não iria comer aqueles biscoitos, Deby colocou seus seios pra fora, pegou um biscoito, apertou o seio tirando leite e melou. — Abra a boquinha, vamos comer um pouquinho meu bebê lindo.
Narcisio abriu a boca e comeu aqueles deliciosos biscoitos molhados de leite materno.
— Hum, está saboroso.
— Tá? — disse Deby, com a cara de safada.
— Quero mais um.
E Narcisio pegou mais um biscoito, ordenhando a mulher, como os sertanejos fazem com a vaca.
Desta vez chupava o peito da mulher, apertando cada vez mais forte, molhando o biscoitinho e comendo. Deby afastou a calcinha e começou a se tocar, muito excitada.
— Ó, meu bem... É tão estranho. — gemia Deby.
Impossibilitado de dirigir uma palavra, Narcisio continuava chupando o peito da tia.
— Eu nunca me senti assim, estranha.
— Como? — questionou o garoto pegando fôlego pra continuar chupando a tia.
— Talvez já tenha me sentido. Ah mas faz tanto tempo. Acho Que desde minha adolescência.
— É uma sensação boa?
— É ótima, meu amor.
— O que está sentindo de verdade, tia Deby, conte pra mim...
— Eu ando me questionando isso todas As noites, depois que você chegou. As vezes eu penso que não, que eu devo rever, parar de agir como uma adolescente. Outra eu penso que não, que devo deixar exprimir o que meu coração sente. Narcisio, eu estou completamente apaixonada por você. — ela disse pegando mais um biscoito molhando agora na bocetinha e dando na boquinha do amado. Narcisio saboreou revirando os olhos. — Agora me coma, meu amor. Me coma pois sou toda sua.
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Dormindo com o Sobrinho
Mystery / ThrillerDeby é uma mulher madura, de quarenta e quatro anos. Dona de casa, um tanto que solitária. Para tirar o vazio da alma, Deby usa a internet para não se sentir só. É conhecida nas redes sociais como Loba, voraz por sexo virtual. Mas acontece que a vid...