Capítulo 25

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"Se você está tendo problemas com garotas, me sinto mal por você, filho; Tenho 99 problemas e uma vadia não é um deles; 99 problemas mas uma vadia não é um." - Hugo Chakrabongse 

Antes...

2018

James

Meu coração batia rapidamente e minha respiração estava difícil, como se algo pesado estivesse sobre o meu peito. Um suor abundante brotava da minha testa e escorria pelo meu rosto, minhas mãos que seguravam a arma estavam trêmulas, eu estava paralisado, ainda tentando digerir o que eu havia acabado de fazer. Meu estômago revira ao ver todo aquele sangue, pedaços de miolos grudados nas paredes, mas uma voz ao longe insistia em me fazer retornar à realidade.

- James! James! – Ela parecia cada vez mais perto, até que finalmente eu acordo do meu transe e percebo quem me estava me chamando. – JAMES! – Era o Bernard.

- Nossa... eu atirei mesmo no cara, né? – Falo, ainda paralisado.

- É. Com certeza.

- Eu to enjoado...

- Porque você não esperou lá fora como eu disse? – Ben tira a arma da minha mão.

- Ainda bem que eu não esperei, né?

- Ainda bem que minha cabeça não foi estourada por um pirralho.

- Sabe de uma coisa? Não! Que tal: Hei James eu sei que não foi fácil, mas era ele ou eu. Obrigado por salvar a minha vida. Porque não me diz algo assim, Bernard?

- Até parece que foi tão ruim assim.

- Eu não sou um assassino como você!

- Agora você é, mas continuaria não sendo se tivesse me obedecido.

- E agora você estaria morto.

- Hum. – Bernard da uma bufada. - Temos que continuar.

- Mostre o caminho.

Vejo Bernard sair da casa primeiro, e eu dou uma última olhada no corpo do homem em que eu havia acabado de tirar a vida, antes de sair finalmente daquele lugar repugnante que fedia a sangue graças ao Bernard.

Nós estávamos em uma missão: descobrir o paradeiro de Lya. Investigávamos todas as pessoas de que Ben suspeitava que poderiam saber de algo, e ele aproveitou de seus desejos sanguinários para torturar todas elas em busca de alguma pista que nos levasse até Lya. Fui pego de surpresa vendo um homem armado adentrando o quarto em que Bernard estava, mas por sorte eu consegui detê-lo antes que o homem atirasse nele.

Eu estava em silêncio dentro do carro, encarando minhas mãos e olhando pela janela, pensando no que eu havia feito. Passava todo tipo de pensamento pela minha cabeça. Se o que eu havia feito era realmente o correto, se eu era um monstro, se aquele cara tinha esposa e filhos..., mas nada que eu pensasse me ajudava a me sentir melhor.

- Você tá legal?

- O que você acha?

Ben fica em silêncio por alguns minutos enquanto seu olhar estava diretamente focado na estrada.

- Vou te levar num lugar, vai se sentir melhor.

- Como se você se importasse com isso.

- Tem razão. Eu não ligo para o que está sentindo agora, mas não quero você pirando do meu lado só por ter matado aquele verme. Talvez se soubesse que tipo de pessoa ele era não se sentiria tão mal. – Bernard tira o celular do bolso e me entrega. – Toma. Vai no ícone da calculadora, lá vai abrir um site na Deepweb de pesquisas, daí é só você colocar o nome dele que vai ver a ficha completa desse cara.

Amor Mortal - Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora