Capítulo 28

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"Olá, olá, se lembra de mim?; Eu sou tudo aquilo que você não pode controlar; Em algum lugar além da dor; Deve haver uma forma de acreditar; Que nós podemos nos libertar." - Evanescence

Lyanna

Eu acordo meio zonza, não demoro perceber que minhas mãos estavam amarradas para trás e eu estava caída no chão. Eu ouvia gemidos e choros, de homens, mulheres e crianças, mas principalmente de mulheres.

- Por favor... Eu não quero...

- Quer sim, sua vadia... Eu sei que você gosta disso...

- Não... Não... Pare, por favor...

- Cala a boca, porra! Eu vou te foder bem gostoso... Você vai adorar... Eu sei...

- Pare... Me deixa ir... Eu não aguento mais... Isso dói...

- Fala que tá gostando, sua vagabunda... FALA!

Ouço um barulho de algo se chocando, e a mulher grita de dor.

- Anda... Fala... Enquanto eu te fodo gostoso...

- Estou gos...gostando...

- Isso... Ta gostando né? FALA!

- Si-sim...

- Isso... Você tem uma bucetinha gostosa, sua puta... Olha só... Tá lubrificada de sangue de tanto eu fode-la... Que delícia...

- Por favor... Está doendo...

- CALA BOCA!

Ouço um tiro e a voz da mulher some. Isso aqui é o inferno. Eu penso.

Vejo um cara sair do quarto, fechando a calça, seu rosto estava com respingos de sangue, e no meio dele havia uma cicatriz. Quando ele me vê com os olhos bem abertos logo manda um beijo pra mim e lambe os lábios, eu desvio o olhar enojada.

E eu achando que não podia piorar... Se algo acontecer comigo nesse lugar eu juro que não vou suportar mais... Isso já aconteceu comigo antes, eu não quero que aconteça de novo. Preciso fugir e encontrar Ben e James para sair desse inferno o mais rápido possível.

- Ela acordou. – Ouço o homem da cicatriz falar com outro fora das minhas vistas.

- Trás ela pra cá.

O homem com a cicatriz aparece de novo e me arrasta pelo chão até outra sala, eu me debato para tentar me livrar dele, mas era inútil. Ele tira o pano que cobria a minha boca, e eu vejo o líder de antes, que deveria nos "ajudar", sentado em uma cadeira fumando um charuto.

- Lya, né?

- Lyanna. – Respondo.

- Bonito nome...

- O que você quer? Dinheiro?

- Acertou.

- Quanto?

- Dez milhões.

- Posso fazer uma transferência.

- Não. Dinheiro vivo.

- A onde eu vou arrumar dez milhões em dinheiro vivo??

- Tem um cara pagando essa quantia pela cabeça do seu namorado.

- Ele não é meu namorado.

- Tanto faz. Se você nos pagar a mesma quantia, nós liberamos vocês, caso contrário, vamos matar vocês dois. Já aquele garoto não achei nada sobre ele, talvez ele dê uma boa cobaia ou puta.

Amor Mortal - Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora