Amor Mortal - Vol. II

Capítulo 34

- Eu preciso saber o que ele está fazendo aqui...

- Vou comprar algumas coisas pra gente levar, pode ser que não tenhamos outra chance se eles entrarem na estrada novamente. - Mason sai do carro.

- Espera! Não deixe aquele moleque te ver! - Ele bate com a porta. Espero que tenha me ouvido pelo menos.

Não muito tempo depois Mason sai do mercadinho com algumas sacolas, estava de cabeça abaixada e olhando para os lados. Discreto como um pavão, Mason. Abro a porta para ele, e ele logo entra, jogando as sacolas no banco de trás do carro.

- Eles estão saindo, vamos. - Mason diz.

Horas depois...

Depois de uma longa viagem pelo estado da Dakota do Sul, o carro onde estava James finalmente parou novamente. Nós também paramos em uma esquina um pouco distante deles para não sermos notados e ficamos observando de longe.

- Que merda! Eu tô muito apertada!

- Até que enfim você deu sinal de vida. Só fica preocupada com esses dois. Não come, não bebe, não caga... - Mason comia umas batatinhas enquanto me ajudava a vigiar o carro.

- Eu vou ali atrás do carro. Você fica vigiando?

- Claro.

- Qualquer coisa você bate no vidro.

- Certo.

Saio do carro olhando para os lados e caminho para a parte de trás. Abaixo minhas calças e começo a urinar no chão.

- Puta que pariu! - Eu falo aliviada. Fazia tempo que eu estava segurando esse xixi.

Ouço Mason bater em alguma coisa, eu rapidamente termino o que eu estava fazendo e subo minhas calças, voltando para o carro.

- O que foi? Viu alguma coisa?

- Não. É que eu fui abrir o pacote de biscoito e eles caíram todos no chão. - Ele batia na perna para se limpar dos farelos e se baixava para apanhar os biscoitos que caíram.

- Achei que estava me chamando.

- Agora não. Conseguiu se aliviar?

- Sim. Por isso odeio tomar muita água durante a viagem.

- Se fosse homem era só mijar numa garrafa qualquer.

- Credo, Mason.

- Fresca.

- Tem certeza que não viu nada?

- Na caminhonete não, a única coisa que vi de interessante foi o dono daquela concessionária saindo de carro.

- Saquei...

Horas depois...

Agora...

- Mason! Acorda! - Balanço o meu irmão que tinha pegado no sono ao meu lado.

- O que? Eles apareceram?? - Ele desperta olhando para os lados.

- Não. Já amanheceu e aquele carro não moveu um centímetro do lugar.

- Eles devem estar dormindo.

- Na rua assim?! Não pode ser, tem alguma coisa errada.

- Você ficou a noite toda acordada vigiando?

- Fiquei.

- E agora para você dirigir?

- Você dirige, dã. - Eu estava totalmente impaciente, não aguentava mais observar aquele carro de longe. - Eu vou ir até lá.