Capítulo 4

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Narradora...

Horas antes...

Num bairro pobre de Monterrey...

Lais trabalhava como entregadora para sustentar sua filha Estefânia, Fanny, e ajudar seu pai, que trabalhava com lanches rápidos. Ela havia preparado o café, seu pai também estava desperto, apenas Fanny ainda dormia tranquilamente, que a garota de dez anos estudava a tarde. Seu pai, Henrique lia tranquilamente seu jornal, ele estava cansado de se preocupar com sua filha que arriscava sua vida para dar uma vida digna a sua neta, enquanto que o pai da menina nem se importava com a mesma.

- Filha você trabalha demais; diz enquanto folheia o jornal - Você deveria cobrar pensão aquele desgraçado que te engravidou!

- E para quê me diga meu pai? - Lais detestava falar de seu ex, mas mesmo assim seu pai insistia com esse assunto que a desagradava em demasia; para que ele tire minha filha de mim? Não, obrigada, e se não se importa preciso voltar as empresas Lascurain antes que a dona chegue por e me demita por eu não estar trabalhando como deveria...

- Não foi esse o destino que sonhei para minha única filha...

- Nem eu meu pai; suspira resignada - Mas não troco meus momentos ao lado de Fanny por nada neste mundo...

Assim ela se despede do pai, sobe na moto, coloca o capacete e segue em direção ao seu destino, as empresas Lascurain.

Ana

Agora...

Eu tive de vestir um terno daqueles de mordomos de filmes antigos, e devo dizer que não tinha ideia de como me mover todo preso naquelas roupas convencionais. Ao sair do quarto me deparo com os sete filhos da senhora Lascurain.

- Se prepare para a guerra babá; começa o mais velho dos irmãos - Você não vai durar um dia nesta casa.

- Eu não teria tanta certeza...

- Agora clones! - Eu não entendo nada quando os gêmeos me jogam tinta; está pronto para desistir?

- Ainda não...

Eu procuro o banheiro dos funcionários, quando no meio do banho a água começa a ficar gelada. Eu não podia provar, mas eu sentia que a culpa era dos sete. Ao sair do banheiro todo enrolado na toalha como uma múmia asteca vejo os sete me encarando.

- Ainda acha que pode continuar? - Pergunta Denny de nariz em pé como sempre; se eu fosse você desistiria de uma vez, porque seu tormento está apenas começando.

- Eu não vou desistir Danny...

- É Denny...

- Que seja DENNY... Eu preciso deste emprego e não vou desistir dele.

Saio de perto deles de cabeça erguida, e como meu uniforme estava sujo de tinta eu tive de vestir a roupa que estava.

- Espero que a doutora gelo não me dê uma bronca por isso...

Ana

- Sua nova ideia foi genial Johnny; ele se mantinha sério - Meus parabéns pela iniciativa.

- Obrigada senhora Lascurain, é um prazer trabalhar para a senhora; se aproxima de mim de modo sugestivo - Posso chama - lá de você? Acho - a jovem demais para trata - lá por senhora.

- Claro Johnny; fico sem jeito - Mas me fale mais desse seu projeto...

Um tempo depois...

Eu volto para casa e encontro o senhor Leal com a roupa que usou na entrevista de emprego, o que me incomodou e muito... Já que naquela roupa ele estava simplesmente irresistível... Foco Ana Lascurain, você tem sete filhos e este homem lindo a sua frente é o babá deles.

- Senhor Leal onde está o uniforme que Bruna lhe deu?

- Veja bem... É que...

- Nesta casa temos regras de etiqueta e decoro; o olho de cima a baixo - E isto inclui usar o uniforme senhor Leal... E não está roupa vulgar, estamos entendidos?

- Sim senhora gelo; digo baixinho para ela não ouvir - Sim senhora Lascurain, é que meu uniforme está sujo de tinta.

- E como você o sujou senhor Leal?

Nesse momento as crianças apareceram com expressões muito suspeitas.

- Entendo agora senhor Leal... Podem me explicar o porquê do senhor Leal ter tomando um banho de tinta?

Trilogia amores latinos: livro 1 era para ser você... (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora