19 - PBS1

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Aviso: o wattpad é a única plataforma onde publico minhas fics. Se você encontrá-las em qualquer outro lugar, não entre. Apenas denuncie.

Outro aviso: há um personagem importante chamado Ansel. Quando eu comecei essa fic, não sabia das acusações direcionadas a ele. Essa fic passará por uma revisão em breve e as alterações serão feitas, não se preocupem.

FLEUR

Eu encarava o último pedaço de torta em minha frente como se ele fosse uma obra de arte em exposição. Não sabia o paradeiro meu irmão, mas estava feliz por poder transitar pelo apartamento sem tropeçar em um dos amigos dele.

Apesar de apreciar a presença de Shawn e Andrew, fora muito difícil convencer Harry a não berrar aos quatro ventos que um maluco entrou em meu quarto e me beijou. Por isso eu fiquei aliviada quando eles voltaram apenas para informar que montariam guarda em frente à torta, já que, nas palavras de Andrew, meu irmão não tem amigos, e sim um bando de mortos de fome.

Quando eles saíram, eu pude então explicar a Harry toda a confusão com Timothée e o porquê de ninguém saber sobre nós.

- Bonito - disse ele, pensativo. - A sua preferência já foi melhor, no entanto. Eu, por exemplo.

Então eu deixei o meu rancor falar mais alto.

- Tenho preferência por homens que não traem.

E ele ficou magoado. E nós brigamos.

Eu encarava a torta não por achá-la atrativa aos meus olhos. Eu não queria comer a maldita torta. Na verdade, eu queria pegar aquele pedaço e jogar na cara da primeira pessoa que aparecesse em minha frente. Isso porque eu sabia que tal pessoa seria Timothée ou Ansel, ambos homens. Ambos abomináveis - por serem homens.

Quem me traiu? Um homem. Quem era a pessoa mais ciumenta do mundo e não podia nem imaginar que eu estava tendo um caso com seu melhor amigo? Um homem. Quem era o rascunho de vilão de filme ruim que me ameaçou? Um homem. Quem era o idiota que me prometeu sexo no dia do aniversário? Um homem. E quem era culpado por eu não ter conseguido corresponder aos estímulos sexuais do idiota? Um homem.

Timothée era o culpado pela vergonha que passei quando Dylan começou a dizer coisas tão quentes e eu permaneci seca como um deserto. O babaca também era responsável por minha briga com Harry - sim, eu decidi ignorar todos os outros fatores -, afinal, aquele show patético que ele deu é típico dos homens que estão sempre tentando "marcar território".

- Mas eu não sou um território - gritei.

Se a pobre torta pudesse falar, pediria socorro.

Timothée estava no apartamento. Quando todos foram embora, ele entrou no banheiro e estava lá desde então. Eu conseguia ouvir o barulho da água caindo e me perguntava se ele estava "conscientemente" desperdiçando água ou se morrera lá dentro.

- Um idiota - resmunguei. - Um bando de idiotas, todos eles. Idiota com barba, sem barba, com cabelo comprido, cabelo curto. Tem idiota para todos os gostos e desgostos.

Pobre torta. Ou torta de sorte, já que ela não podia me ouvir ou sentir a mesma raiva que eu. Porque era só uma torta.

A que ponto eu cheguei?

- Culpa desse idiota.

Então, decidida a ignorar o resto de bom senso que havia em mim - se é que restara alguma coisa -, eu fui brigar com Timothée. Enquanto ele estava no banho.

Eu sempre acreditei que a "atmosfera" de um lugar influencia muito as pessoas. Por isso, nunca entrei na casa em que o tio do meu avô foi assassinado, porque, na minha mente de criança, se eu entrasse seria assassinada. Ou assassinaria alguém.
Para fortalecer minha teoria, eu sentia um peso estranho em minha cabeça toda vez que visitava algum colega de escola cujos pais brigavam sempre. E quando voltava para casa, minha mãe reclamava de minha agressividade incomum.

PERFECT BALANCE || Timothée Chalamet (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora