9 - PBS2

8.5K 932 1.8K
                                    

Aviso: o wattpad é a única plataforma onde publico minhas fics. Se você encontrá-las em qualquer outro lugar, não entre. Apenas denuncie.

Curiosidade aleatória: eu inseri o Luke nessa fic pensando no cantor da 5sos porque EU AMO, mas o personagem se transformou em um fdp (eu não planejava isso mas às vezes a escrita me domina e eu perco o controle) e agora eu não vejo rosto nele.

***

TIMOTHÉE

Ela me beijou. Do nada. Sem que eu precisasse me ajoelhar aos seus pés e implorar — porque, sim, eu estivera prestes a fazer isso.

Eu sorri, talvez pela décima vez naquele dia. Eram nove horas da manhã e eu estava sorrindo de novo, porque nem tudo estava perdido. Se estivesse, ela não teria me beijado.

Fleur pareceu tão necessitada quanto eu. Inferno, seu toque era tudo que eu precisava.

— Por que você está com cara de idiota?

Levantei a cabeça, vendo Ansel entrar pela porta da cozinha. Era a primeira vez em cinco dias que eu o via. E ele estava falando comigo, uau. Talvez parasse de fazê-lo se descobrisse o motivo da minha "cara de idiota".

— Estava me lembrando de uma coisa — respondi, tentado soar o mais evasivo possível.

Eu sentia falta dele. Não daquele idiota em que ele se transformara, mas do Ansel que sabia conversar sobre qualquer coisa e a qualquer hora do dia.

— Hmm — murmurou, indo direto para a geladeira. — Espero que não seja nada relacionado à minha irmã.

Bufei, irritado. Eu detestava aquela versão dele.

— Você fez de tudo para que eu me afastasse dela, mas não pode fazer nada para tirar as lembranças da minha mente.

A não ser que ele batesse a minha cabeça em uma parede e me fizesse ter uma amnésia, mas eu não disse nada. Ele já parecia irritado o bastante sem que eu precisasse colocar ideias de tortura em sua cabeça.

Além da raiva, ele parecia em choque. Claro, porque, até então, eu apenas aceitara as suas imposições — e os seus socos — sem questionar ou revidar.

— Não me provoque. Eu ainda não o perdoei por ter me traído debaixo do meu nariz. Você não é homem para ela.

Eu ri. Talvez eu me arrependesse daquilo, mas, naquele momento, estava dominado por um sentimento novo que me enchia de coragem. Minha covardia machucara a mulher que eu precisava reconquistar. Deixar de ser um bosta medroso parecia um ótimo começo.

— Qual é o homem certo para ela, na sua opinião? Um homem igual a você? Porque, caralho, a Violetta parece muito feliz.

Eu ia apanhar outra vez. Senti isso no momento em que suas mãos agarraram a gola da minha camisa.

— Você ficou maluco?

— Talvez — admiti. — Ela queria ficar comigo, Ansel. Contra tudo e todos, incluindo você. Mas eu fui covarde, como sempre.

— Eu não me importo com isso — disse, mas sua voz estava baixa e ele não parecia tão assustador como antes.

— Eu amo você, cara. Muito. E sinto falta da nossa amizade. Mas amo mais a sua irmã. E sinto mais falta dela do que de você. É uma questão de prioridades aqui.

PERFECT BALANCE || Timothée Chalamet (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora