PERFECT BALANCE || Timothée Chalamet (EDITANDO)

4.2 - PBS1

Aviso: o wattpad é a única plataforma onde publico minhas fics. Se você encontrá-las em qualquer outro lugar, não entre. Apenas denuncie.

Outro aviso: há um personagem importante chamado Ansel. Quando eu comecei essa fic, não sabia das acusações direcionadas a ele. Essa fic passará por uma revisão em breve e as alterações serão feitas, não se preocupem.

FLEUR

- Como eu estou? - Andrew perguntou, acomodando-se ao meu lado na parte de trás do carro.

- Como qualquer outro hétero que estará naquela festa - Holly respondeu de onde estava.

- Só faltou a barba - eu completei.

O irmão de Holly riu, mas também estava padronizadamente hétero, e deve ter percebido isso porque logo parou de rir.

- Não tenho barba porque não quero - Andrew se defendeu.

- Não é um defeito, anjo - eu falei. - Na verdade é ótimo porque as pessoas não são enganadas. A maioria desses homens, caso tirem as barbas, ficarão a cara do Adam Driver.

- Ei - Holly e o irmão disseram ao mesmo tempo. Ela porque é fã do Adam, ele porque tem barba e homem se machuca fácil.

- Ah, ele é muito feio - Andrew disse, recebendo um olhar mortal de Holly.

- Não exatamente - ponderei. - Ele não está no padrão Hollywood, que é basicamente qualquer ator chamado Chris (Evans, Pratt, Hemsworth, Pine, etc.), mas é talentoso e tem uma voz maravilhosa. Eu daria para o Adam Driver, porque ele tem muito charme e homens que não são muito bombados são bons de cama. Eu quis dizer que, caso qualquer um desses héteros barbudos tirassem a barba, ficariam a cara do Adam, mas sem o charme que ele tem.

- Estou chocado porém feliz por não ser um frequentador assíduo da academia - Andrew comentou. - Bombados claramente não são o seu tipo.

Andrew e Holly começaram um debate sobre definições de beleza e sobre como homens heterossexuais são chatos. Eu não sabia muito bem o que dizer e nem explicar o porquê daquela discussão ter começado, então simplesmente me recostei ao banco e comecei a imaginar coisas excitantes que possivelmente aconteceriam naquela festa.

É a minha primeira festa estando em uma universidade e eu preciso que signifique alguma coisa. Quero dizer, para mim, toda primeira vez é marcante. A prova disso é que eu lembro exatamente qual roupa estava usando quando fui ao cinema pela primeira vez, quando dei o meu primeiro beijo ou quando tive o meu primeiro celular. Em todas essas vezes eu tive a sensação de que estava entrando em uma nova etapa da minha vida.

- O que você acha, Fleur?

Despertei dos meus pensamentos.

- Oi?

- Quero saber o que você acha das classes dominantes tentarem reverter a situação, afirmando serem vítimas. Tipo "ah, não pode mais ser hétero", esse tipo de coisa.

Sério? Era fim de semana e tudo o que eu queria era me divertir. E, acredito eu - e todos que me conhecem podem comprovar -, não sou a pessoa mais divertida do mundo quando o assunto é falar sério.

- É só colocar os fatos sobre a mesa - falei rápido, usando a pior metáfora possível. - Ninguém é assassinado por ser heterossexual ou comete suicídio porque sofria rejeição por ser hétero.

- Pronto, meus queridos - Holly falou. - Fim de papo.

Eu suspirei aliviada.

- Aos poucos você aprende, cara - o irmão de Holly falou para Andrew. - A sociedade é, no geral, muito preconceituosa, e você acaba sendo influenciado mesmo que de forma inconsciente. O processo de desconstrução é longo, até porque ninguém é perfeito e ninguém conhece todas as realidades. Mas estar disposto a mudar já é um grande passo.