BÔNUS

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Aviso: o wattpad é a única plataforma onde publico minhas fics. Se você encontrá-las em qualquer outro lugar, não entre. Apenas denuncie.

P.S.: é normal não entender nada desse "capítulo". Pelo menos por agora.

Em algum lugar do mundo, um poeta escreveu palavras amorosas sobre as mães.
Não conhecera a sua, e o que escrevia era um delírio utópico. Ninguém ousou contrariá-lo, no entanto, porque estereótipos são confortáveis para todos.

Ah, quanta ingenuidade... Alguém sempre ousa usar a voz para contrariar, mesmo que ninguém ouça.

Em algum outro lugar do mundo, um poeta descreveu as mães como imagem e semelhança de um Deus que protege os seus de maneiras estranhas e incompreensíveis, mas ninguém ousou aceitá-lo.

A pequena mulher de cabelos longos e olhos alegres, no entanto, era a exceção, mesmo que não soubesse disso.

Em sua modesta casa no interior, ela andava de um lado para o outro, procurando preencher um vazio incômodo em seu peito enquanto esperava as visitas.

Julgavam-na, ela sabia, porque estereótipos são confortáveis, e ela não se encaixava neles.

Ah, as mães defendem suas crias com unhas e dentes e atacam qualquer um que ameaçar seus protegidos. Por isso, todos comentavam o quão absurdo era manter a amizade com quem fizera seus filhos de idiotas.

Mas, em algum lugar do mundo, o poeta descreveu as mães como criaturas que escrevem certo por linhas completamente tortas e, às vezes, até com canetas sem tinta.

- Não consigo entender como isso pode ser bom - uma jovem respondeu à proposta da mulher de olhos alegres, depois que já estavam protegidos dos olhares afiados da rua.

- Nem eu - o rapaz concordou.

Os visitantes pareciam estupefatos porque, bem, não era isso que uma mãe devia fazer.

- Nem eu - a mulher segredou em tom alegre. - Isto pode ser um completo desastre. Mas há em mim um instinto que insiste em afirmar que será divertido.

- Não sei para quem - ele resmungou.

A mulher adquiriu uma expressão mais séria.

- Vocês não estão bem aqui. A maldade das pessoas está consumindo a essência dos dois.

Os jovens se encararam, assustados.

- Precisam se encontrar - continuou. - E o futuro não é bom quando não resolvemos as pendências do passado.

- Você está sugerindo que usemos os seus filhos para resolvermos nossa vida?

Ela sorriu, paciente.

- Eles também não estão bem. Eu sinto. Precisam disso tanto quanto vocês dois.

O silêncio seguinte denunciava que os três estavam imersos em pensamentos. Duas cabeças confusas. Uma, decidida.

- Sim, vocês vêm comigo.

PERFECT BALANCE || Timothée Chalamet (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora