PERFECT BALANCE || Timothée Chalamet (EDITANDO)

14 - PBS2

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Quero dizer que sou secretamente (agora não mais) fã de quem comenta minhas fics.

***

FLEUR

Eu não estava arrependida. Não tivera tempo de me arrepender, claro, porque Timothée se saíra muito bem na missão de me manter acordada até que a exaustão me vencesse. Eu poderia parabenizá-lo quando ele acordasse, mas sabia que ele assumiria o seu eu provocante, e isso seria um problema.

Um problema porque, inferno, ele me excitava, e eu não estava em condições de...

- Bom dia - saudou com a voz rouca.

Eu estava sentada na ponta do sofá, depois de ter lutado para me desvencilhar dos seus braços sem acordá-lo.

- Bom dia - respondi, subitamente me dando conta de que estava nua.

- Eu poderia acordar com essa visão pelo resto dos meus dias.

Meu corpo inteiro se arrepiou, e eu precisei me mexer para sentir o incômodo entre minhas pernas. Era um lembrete de que eu passara da conta e precisava me controlar.

- Seus olhos estão quase fechados - resmunguei.

Ele riu.

- Conheço muito bem o seu corpo. Não é preciso estar com os olhos bem abertos para enxergar você.

Eu virei o rosto, escondendo o meu sorriso.

- Eu tô vendo o seu sorriso, minha linda.

Merda.

Voltei a encará-lo, tendo consciência de que ele também estava nu. Meu corpo continuava arrepiado, mas eu não sabia se era pelo frio, pelo olhar que ele me lançava ou pelo vocativo que usara. Todas as opções, talvez.

- Eu me esqueci de avisar que passaria a noite fora - falei, disposta a destruir qualquer possibilidade de sexo matinal.

- E? - desdenhou, pouco se importando em desviar os olhos das minhas coxas.

- Não posso deixar as pessoas preocupadas - grunhi, irritada.

Timothée finalmente subiu o olhar para o meu rosto, erguendo as sobrancelhas e abrindo um sorriso desafiador.

- Tá irritada, é?

- Nem tente - esbravejei, inclinando-me para pegar o vestido caído no chão.

Antes mesmo que eu pudesse alcançar a peça, o corpo de Timothée estava grudado ao meu, e a sua boca passeava por meu pescoço.

Eu gemi alguma coisa ininteligível e senti o seu sorriso contra a minha pele.

- Você é mesmo insaciável - murmurou.

Estremeci.

- Mas não sou de ferro - deixei escapar, me arrependendo assim que as palavras saíram de minha boca.

Ele se afastou para que pudesse me encarar. Meu rosto começou a arder, e eu quis me enfiar em algum buraco imaginário.

- Como disse?

Abri a boca, mas, em vez de falar, comecei a tossir. Era uma cena esquisita, porque estávamos sem as nossas roupas, e eu conseguia sentir que Timothée estava preparado para qualquer coisa que envolvesse gemidos e corpos suados. Ainda assim, eu parecia uma personagem caótica de alguma comédia pastelão.