12 - PBS1

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Aviso: o wattpad é a única plataforma onde publico minhas fics. Se você encontrá-las em qualquer outro lugar, não entre. Apenas denuncie.

Outro aviso: há um personagem importante chamado Ansel. Quando eu comecei essa fic, não sabia das acusações direcionadas a ele. Essa fic passará por uma revisão em breve e as alterações serão feitas, não se preocupem.

FLEUR

Eu tinha sete anos quando vivi minha primeira "aventura". Era uma manhã parcialmente ensolarada e eu, no auge da minha riqueza, movi minha bunda coberta por um pijama rosa até a venda que ficava no final da rua. O trajeto não era longo, mas eu me senti uma verdadeira desbravadora. No caminho encontrei Glenda, a filha da vizinha. Era mais velha que eu, mas muito menor - e mais esperta. Contei a ela sobre o plano de comprar doces com os meus cinquenta centavos. Glenda, obviamente, aceitou ir comigo de imediato.

Apesar da ousadia em sair de casa sem avisar meu pai ou minha mãe, eu ainda era muito tímida para efetuar a compra. Sendo assim, dei a Glenda a missão de escolher e pagar os doces. Foi justamente por isso que, gastando apenas vinte centavos, ela me devolveu dez centavos do troco e ficou com os outros vinte - só consegui recuperá-lo quando chegamos em sua casa e a mãe da menina, muito apaziguadora, disse que era Glenda quem deveria ficar com os dez centavos e eu, com os vinte. Na época eu achei tudo muito justo, mas agora percebia que ela, além de ter conseguido doce de graça, ainda me levara dez centavos.

Mas não era por isso que eu estava lembrando do ocorrido. O fato é que eu saíra de casa sem permissão, coisa antes nunca feita. E, conhecendo o meu pai, eu sabia o que me aguardava. A sensação de êxtase por ter comprado os doces dividia espaço como o medo de apanhar. Pior, com a certeza de que apanharia. E, bem, eu apanhei.

E agora, no carro de Timothée, fazendo o mesmo barulho irritante com a capa do meu celular, eu me perguntava se valia a pena enfrentar o interrogatório de Ansel só por ter desfrutado de um orgasmo. Muitos orgasmos, na verdade.

O problema era que meu irmão nos mandara ao supermercado. Bem, nós não tínhamos nada além de sorrisos pós-sexo e várias mensagens do meu irmão. As compras? Não.

- Ele vai nos matar - choraminguei. - E da maneira literal.

Timothée riu. Seu cabelo estava incrivelmente rebelde, o que era sexy. A camisa não cobria as marcas deixadas por minha boca em seu pescoço, o que me deixava vermelha a cada vez que olhava.

- Vamos pensar em uma boa desculpa - garantiu.

- Está pensando em uma agora?

- Não. Estou pensando em quando você ficou de...

- Não ouse terminar - ameacei, mortificada. - É sério, cara, meu irmão deve estar muito preocupado. E assim que se certificar de que estamos inteiramente bem, ele ficará furioso e desconfiado.

Timothée suspirou.

- Eu sei, gata. Só não quero estragar o dia pensando no seu irmão e na merda que é isso tudo.

Saber que ele não queria estragar o dia - o nosso dia - me deixou estranhamente feliz. Que merda estava acontecendo?

- Ei - ele pigarreou, parecendo perturbado.

- Sim?

- Não vai ficar nada estranho entre nós, não é? Digo, não é como se...

- Eu sei o que é sexo casual entre duas pessoas com tesão, cara. Não precisa me ensinar a como me comportar agora que transei com você.

- Uau. Não precisa se alterar.

- Não estou alterada.

Se eu estava? Um pouco, talvez. Por mais moderna que eu tentasse ser, continuava achando desconfortável ter a famosa conversa cujo tema principal era "ei, você sabe que eu não quis/quero nada além de sexo, não é?" Sobretudo minutos depois de transar.

PERFECT BALANCE || Timothée Chalamet (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora