Capítulo 14

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"Eu não posso sentar e esperar
Não posso apenas sentar e rezar, para que
Eu possa encontrar o amor, quando
Tudo que vejo é dor"

Preach (John Legend)

Stella

Bato na porta, logo em seguida levo minha mão para a maçaneta e a giro, a porta abre, eu entro.

— Cheguei. 

Grito, o apartamento é sofisticado, entrada fica em uma enorme sala de estar, ao olhar cuidadosamente pelo ambiente percebe detalhes que demonstram que o apartamento é 1o lar de uma família, há brinquedos pelo espalhados, porta-retratos sobre os cômodos, almofadas pelo chão e uma cama de um cachorro ao lado do sofá 

— Estamos na cozinha.

Fernanda é quem responde com um grito, sorrio e caminho para a cozinha. O almoço da semana é em sua casa, não há formalidade, a porta fica aberta, apenas devemos entrar e anunciar nossa chegada. 

Júlia e Helena estão preparando nosso almoço, Júlia em frente ao fogão mexendo com uma colher em algo dentro de uma panela, Helena ao lado cortando legumes sobre o balcão. Fernanda que não tem aptidão nenhuma com cozinhar está sentada em uma cadeira perto da mesa, uma pequena criaturinha suga seu seio.

— Nós estamos interrompendo o almoço de alguém.

Fernanda sorri, Lorenzo que está ao seu lado desenhando desvia o olhar do desenho e olha para mim. 

— Tia, Stella.

Deixa o seu lugar e corre em minha direção, abaixo-me para o abraçar, ele põe seus pequenos braços ao redor do meu pescoço, beijo seu rosto.

— Oi, pequeno.

Beija minha bochecha, olha para meu rosto.

— Eu estou desenhando. 

Sorri animado, Lorenzo é tão parecido com o pai, mesma cor de pele, olhos, cabelo e o sorriso são idênticos.

— É!? — Passo minha mão por entre seus fios de cabelo cacheados. — Eu quero ver esse desenho.

Eu fico em pé, entrelaço minha mão na sua e seguimos para a mesa. Beijo o rosto de Fernanda e o de Nicholas, sento ao seu lado com Lorenzo em meu colo. 

— Oi, irmãzinha.

Júlia vira-se, olha para mim com um olhar debochado e um sorriso cínico, ela está me provocando por não ter cumprimentado Helena e ela, aponto a língua para minha irmã e para irritá-la olho para Helena que continua de costas para mim. 

— Oi, cunhadinha, tudo bem? 

Helena apenas vira a cabeça para o lado e encara-me, há um sorriso em seus lábios.

— Oi, cunhada, eu estou bem e você?

Júlia suspira alto, nós três, Fernanda, Helena e eu, rimos. 

— Vocês são umas idiotas.

Desvio o olhar para Júlia, ela revira seus olhos, tão dramática, nós sabemos que é um drama encenado, ela poderia ser uma atriz. Lorenzo mexe-se em meu colo, olho para ele que olha para mãe.

— O que é idiota, mamãe?

Eu quero rir, mas não posso, seguro meu riso, Fernanda fuzila Júlia com o olhar.

— Obrigada, Júlia. — Olha para o filho com carinho. — Algo muito feio, filho, não repita essa palavra.

Ele assente e volta sua atenção para seu desenho, Fernanda suspira aliviada, eu não consigo mais segurar, eu sorrio, Júlia e Helena também estão sorrindo. 

O Poder de Um EncontroOnde histórias criam vida. Descubra agora