O Poder de Um Encontro

Capítulo 19

"Eu vou orar
Orar por um vislumbre de esperança"

Pray (Sam Smith) 

Stella

Acordo com metade do meu corpo sobre Pablo, eu estou com a cabeça em seu peito, seu braço está ao redor do meu corpo puxando-me para perto dele, nós estamos dividindo a cama com Bob, ele está deitado em nossos pés, minha mão está espalmada sobre o coração de Pablo, sinto as suas batidas, suspiro, eu estou tão feliz, nós estamos bem, Pablo está melhor tanto fisicamente quanto psicologicamente.

O aperto do seu braço em torno do meu corpo intensifica, ergo o olhar para olhar para seu rosto, seus olhos continuam fechados, mas há um sorriso em seus lábios, ele está acordado.

— Você fica lindo sorrindo, sabia? 

Abre seus olhos, trás sua mão para perto do meu rosto e passa o dedo levemente pelo nariz. 

— E você fica linda dormindo sobre meu peito, aliás fica linda dormindo comigo em minha cama, sabia?

Sorrimos. 

— Você é um bobo, zangado. 

Sua mão deixa meu rosto, desce por minhas costas.

— Você faz isso comigo, feliz. 

Apesar da sua frase aquecer meu coração de uma maneira boa, uma parte minha está preocupada. E se ele estiver comigo porque mantenho seus demônios adomercidos? E se for apenas sua cura? E se quando ele estiver bem desistir de mim? Ou se ele só estiver comigo, porque não teve outras experiências? Eu não sou uma garota insegura, mas amo Pablo e quero ele feliz, além de que eu mereço alguém que me ame tanto quanto o amo, um alguém com certezas e completo. 

— Como você está?

Olha para mim sem entender.

— Como você está se sentindo de verdade? — Bato com meu dedo em seu peito, sobre seu coração. — Como está seu coração? Seus sentimentos? Suas angústia? Seus medos?

É uma conversa repetitiva, mas essencial falar sobre nossos sentimentos é essencial, conhecer quem você ama profundamente é uma parte do amor. 

Pablo desvia o olhar do meu, encara o teto, eu continuo olhando para ele. 

— Estão todos aqui, lutando um contra o outro. — Suspira. — Sabe a história do anjo de um lado e o demônio do outro?

Quem suspira dessa vez sou eu. 

— Sei.

Nesse momento, eu estou nesse dilema, um anjo sussurra que Pablo realmente me ama, não importa se está ou não no fundo do posso, seu amor é real, o diabo grita que ele apenas está comigo por amenizar sua dor, sou apenas sua cura, um pequeno degrau, um escape, apenas uma parte da sua história e não seu feliz para sempre. 

— Os meus estão em guerra, berram um com o outro, gritam em minha mente. — Por alguns segundo fica em silêncio, talvez doa falar sobre. — Continuo com medo de não ser o suficiente, continuo ouvindo os gritos em minha mente de que meu DNA é danificado, mas o anjo grita que sou diferente, não preciso ser iguais aos meus pais, alias posso sim, ser igual a Carla e Leonardo.

Sua voz está embargada.

— Você está conseguindo, não é?

Meu coração está acelerado, cheio de orgulho, feliz, Pablo está encontrando a cura do seu coração, encontrando a cura da sua alma.

— Eu estou, feliz. — Beija minha testa. — Não é do dia para noite, não é de repente, é dolorido, alguns dias, eu quero desistir, doí, eu só quero um cigarro, ou correr com um carro, mas eu resisto, eu penso nos motivos para não desistir, eu luto comigo mesmo, eu digo a mim mesmo, "eu não sou como eles, eu não serei como eles, o meu DNA não me defini".