Rogéria não apanha dos capangas, eles estão cansados das loucuras do coronel só a levam para uma sala da senzala e se desculpam com ela por ter que a deixar ali. A caravana de policiais está cada vez mais próxima da fazenda, Tobias ficou em um leito de hospital imaginando como tudo esteja acontecendo e Lucas está bem próximo de chegar também indo por outro caminho, o coronel chega na cela onde ela está com equipamentos de tortura com ele.
- Rogéria, Rogéria... Quantas vezes vai precisar de incentivo para fazer as coisas corretas? - ele diz se aproximando cada vez mais dela.
- Coronel, do que fala?
- Jurema. Esse nome te diz algo? - ele pergunta.
- Ela não está no seu quarto? - até então Rogéria não sabe que Tobias a soltou então pergunta.
- Vocês a ajudaram a fugir. Eu ia embora com ela quando tudo começasse, agora estou aqui procurando minha escrava que vocês levaram de mim. - diz pegando ela pelo braço e a fazendo dar um grito. Prende no ferro seu pescoço e que nele prende também suas mãos, coloca correntes interligando seus pés e diz: - Se não me devolver ela, vão morrer todos e você assistirá.
- Coronel eu não sei onde ela está, pensei estar com o senhor. - ela diz chorando e ele começa a lhe puxar em direção ao riacho. - O que vai fazer coronel?
- Você vai me mostrar o caminho do quilombo agora, do contrário vou matar um por um na sua frente. - diz lhe puxando pelo ferro. Ela vê que há movimentação na entrada da fazenda e com esperança de ser salva diz para ele:
- Tudo bem coronel, vamos até o quilombo, verá que não está lá sua Jurema. É por ali. - indica a entrada da fazenda, sentido contrário ao quilombo.
Chegando na fazenda ao mesmo tempo está a polícia e Lucas, o duque se apressa em dizer ao policial que precisam encontrar a princesa e todos se espalham até que o delegado e Lucas veem o coronel puxando Rogéria pelos cabelos lhe fazendo por vezes se arrastar.
- Solte a moça coronel. - o delegado ordena e dos olhos de Rogéria saem lágrimas de gratidão a Deus por ela ter sido guiada até ali.
- É minha escrava delegado. Tentou fugir. - ele diz parando sem soltar ela. Lucas fica querendo ir até sua amada e a tirar dos braços do cunhado e teme pela vida dela, já que o mesmo está armado.
- Onde está a princesa? - o delegado pergunta.
- Não sei. Preciso ir, vou aplicar um castigo nessa aqui. - diz dando as costas a todos e diz: - Boa sorte para procurar vossa princesa.
Tiros são ouvidos, o delegado atirou nas pernas do coronel o fazendo cair e soltar Rogéria que com o impacto cai ajoelhada, sendo rapidamente amparada pelo duque que fica procurando as chaves nos bolsos do coronel para soltar sua amada.
- Terminou meu amor, tudo terminou. - Ele diz abraçando ela, após soltá-la. A polícia se espalhou na fazenda para procurar a princesa e encontraram Isaura presa no quarto, levaram ela para a sala, soltaram os escravos do escritório e recolheram muitos mortos e feridos.
- Não vimos a princesa em lugar nenhum. - o delegado diz ao duque.
- Isaura minha irmã onde está a princesa, nos ajude. - ele pede a irmã que está desolada em uma cadeira.
- Ouvi dizer que está no porão junto com os animais do abate. - ela diz cabisbaixa. - Ele queria me matar Lucas. - começa a chorar.
Quando chegam ao porão encontram a princesa ali muito assustada, o delegado pede que chame médicos e manda chamar a cavalaria para fazer a nova guarda da princesa.
- Delegado, estão colocando os escravos onde? - o duque pergunta.
- Na senzala, para que ninguém fuja.
- Solte-os. - a princesa fala com raiva. - São homens livres delegado, pegue com o tabelião a cópia da Lei Áurea. - ela diz tomando novamente a pose típica de uma pessoa da realeza e continua: - O coronel se sobreviver ordeno que apodreça na cadeia, Isaura que seja interna em uma clínica para loucos e não saia de lá até que vá para o cemitério. A família Castelli seja restituída seus bens e ao duque uma condecoração de primeiro ministro no Brasil.
- Alteza vou providenciar tudo imediatamente. - o delegado diz pedindo licença e se ausentando.
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Uma Escrava, uma missão
SpiritualKara é uma jovem filha de fazendeiros, se vê sendo vendida como escrava em véspera de completar quinze anos, mas ela não desfalece, o amor e paz que traz dentro de si lhe dão forças para continuar a viver e prosseguir na missão que Deus colocou em s...