Capítulo 40

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Entrou no quarto e se pôs a fazer as únicas coisas que ela poderia, chorar e orar, não sabe em que ponto adormeceu e acordou com vó Maria lhe chamando, trazendo uma bandeja com seu dejejum, havia amanhecido e ela ali aos pés da cama que adormeceu ...

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Entrou no quarto e se pôs a fazer as únicas coisas que ela poderia, chorar e orar, não sabe em que ponto adormeceu e acordou com vó Maria lhe chamando, trazendo uma bandeja com seu dejejum, havia amanhecido e ela ali aos pés da cama que adormeceu quando orava.

- Minha filha, quando acabará seu sofrimento? Não aguento mais lhe ver com essa carinha desde que lhe conheci. - a velha diz colocando a bandeja de lado e se sentando na cama perto da menina.

- Vó eu não sei, só sei que Deus tem o melhor para mim e quero estar na presença Dele, não vou comer.

- Não fique sem comer filha, tem que estar forte para lutar contra as injustiças a qual és acometida.

- Deus é quem lutará por mim a partir de agora. Vó preciso falar com Tobias.

- Como? Tem dois guardas do advogado na sua porta, só me deixaram entrar porque como não desceu para o café perguntei e seu noivo disse que estava indisposta e não sairia do quarto, trouxe o café e ele me autorizou entrar, ele a está mantendo presa?

- Sim e é isso que preciso conversar com Tobias. - diz levantando e pegando a bandeja para comer.

- Posso passar ele pela passagem secreta que tem nesse quarto. Mas precisa tomar cuidado, se ele a prendeu aqui, é capaz de muito mais.

- Eu acho que ele é louco, pelo que percebi ele está obcecado em me torturar só porque gosto de Lucas.

- Tenha cuidado menina, lembre da obsessão do coronel por Jurema.

- A senhora trás mesmo Tobias pra eu falar com ele?

- Vou deixar o advogado sair, ouvi que vai na corte, aproveito e trago o menino pela passagem.

- Obrigada vó. Não se preocupe Deus está no comando de tudo.

Terminou de comer, resolveu tomar um banho e trocar de roupa, ajoelhou e orou mais um pouco, lembrou de ler a palavra e ficou procurando a Bíblia por todos os lugares do quarto, quando ouviu a porta sendo destravada, pós-se em sinal de alerta em pé de frente para a porta.

- Está confortável? - ele diz olhando a cama e as almofadas desarrumadas. - Não vieram limpar?

- Estou procurando um livro. - ela diz olhando para os lados nervosa.

- O da capa preta? - ele pergunta com ar de riso. - Mandei retirar daqui, não precisa de nada lhe enchendo a cabeça.

- É a palavra de Deus. - ela se altera.

- A única palavra que deve seguir é a minha, o que quero e como quero.

- Quando me levar daqui continuarei sendo cativa? - ela pergunta lhe dando as costas com raiva.

- Depende. Vai me obedecer e fingir estar feliz ao meu lado? - ela não lhe responde, está magoada demais para responder. Ele sai lhe trancando novamente, não espera a resposta, deixa ela pensando e ela volta a chorar.

Uma Escrava, uma missãoOnde histórias criam vida. Descubra agora