Capítulo 7

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Os dias tem passado voando, com a chegada do duque o clima na fazenda, ficou até mais ameno ele vigia de perto a sinhá impedindo que ela faça algumas atrocidades

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Os dias tem passado voando, com a chegada do duque o clima na fazenda, ficou até mais ameno ele vigia de perto a sinhá impedindo que ela faça algumas atrocidades. Mas Rogéria não é mais a mesma, tornou-se pensativa desde que  o  duque ia lhe derrubando com o cavalo, quando vinha a galope para impedir que um negro fosse chicoteado.

Ela ainda não o tinha visto, na ocasião caiu sentada no gramado e ele a olhou com cara de quem pedia desculpas e seguiu seu caminho, mas a menina ficou ali parada feito uma planta olhando para onde o cavalo branco e seu lindo cavaleiro seguiam. Rosa se aproximou dela para lhe ajudar e  lhe disse que era o duque Lucas Leonel, dono de todas as terras e irmão de Isaura. Outra coisa que anda acontecendo na fazenda Riachuelo são cultos em adoração a Deus. Rogéria andou fazendo perguntas da Bíblia para a boa e velha Maria e esta decidiu que era hora de lhe passar os ensinamentos bíblicos que aprendeu com o rei do quilombo.

- Menina? - Maria chama sentindo que a neta está nos ares. - Menina acorda deixa para dormir na glória. - brinca com uma de suas próprias brincadeiras e não consegue fazê-la despertar do mundo de pensamentos que lhe invadiam a mente lhe deixando um tanto distraída.

Resolveu se aproximar dela, sentou ao seu lado tomando o cuidado que a sinhá Isaura não a veja e pegando em seu ombro lhe chamou com amor. - Minha filha o que assuncedeu para vosmecê esta neste estado? 

A menina lentamente olha para ela e com um jeito displicente de falar lhe fala: - Não houve nada vó. - volta a apoiar a cabeça no braço e completa: - Pensando na vida.

- Faz meia hora que lhe chamo e não me ouve. - a velha diz sorrindo. - Isso ta me cheirando a rolo de coração!

Ela a olha se recompondo e pergunta o que a boa senhora deseja. - Pereira que nos encontrar a noite perto do riacho, tem uma missão para ti. - ela diz em tom baixo olhando para os lados.

Já fazia uns dias que o Pereira não estava na fazenda, havia ido levar suprimentos de medicamentos no quilombo e a viagem dura uns dias. Como o duque estava na fazenda lhe dava cobertura, todas as vezes que o feitor perguntava pelo Pereira o duque dizia que havia lhe pedido algo. Mas agora Rogéria estava curiosa para saber o que seria essa missão.

- Vó a senhora acha que Deus pode salvar os escravos como salvou o povo do Egipto? - pergunta mudando de assunto ao sentir Rosa entrar na cozinha desconfiada como sempre.

- Que foi Rosa? - Dona Maria pergunta com um jeito de quem não suporta a menina.

- Nada uai, já terminei na casa grande, sinhá Isaura andou fazendo perguntas sobre tu Rogéria. - ela diz com tom envenenado.

- E o que a bruxa perguntou. - Rogéria pergunta levantando e indo até o filtro de barro tomar um copo com água.

- Se não te conhecia. Ela acha que você cresceu por aqui por perto. - Rogéria engasga com a água e a velha se mete defendendo o segredo de Rogéria.

- Ora essa todo mundo sabe que a menina veio de longe, meu Tobias a trouxe de longe, essa bruxa está procurando conversa.

- Eu não sei de nada. - Rosa fala levantando as mãos em sinal de rendição. - Abre teu olho com ela, sou sua preferida e já pude sentir que não simpatiza com sua pessoa. - sai rebolando mais que o normal as cadeiras magras e envenenadas.

- Essa daí é uma cobra. - Dona Maria fala olhando para onde a outra saiu.

- Liga não vó, ela só queria mexer comigo.

- Não sei, Isaura anda mesmo te olhando, comentou que você é muito bonita, invejosa como é não duvido que seja verdade. - fala passando as mãos no avental e indo para fora da casa.

Rogéria permanece na cozinha, está se sentindo estranha, pega-se pensando no duque diversas vezes, já cheirou a camisa dele antes de lavar, brechou ele na cocheira e na senzala, não sabe o que dá que fica lhe olhando direto. Sua mãe mãe sempre lhe ensinou sobre o amor, mas ela nunca viveu um, nessa ocasião não poderia se apaixonar por um duque estando como escrava. Tinha mais que o tirar da cabeça e se concentrar na missão que Pereira iria lhe dar.

 Tinha mais que o tirar da cabeça e se concentrar na missão que Pereira iria lhe dar

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Uma Escrava, uma missãoOnde histórias criam vida. Descubra agora