Capítulo 37

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Quando o advogado volta ao escritório percebe uma carta junto da suposta carta ao duque

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Quando o advogado volta ao escritório percebe uma carta junto da suposta carta ao duque. Não pensa duas vezes e a abre, sabe quem a fez, sabe o que tem ali. Lê as linhas escritas por sua musa, rindo da infantilidade dela de que se pedisse ao seu proposto marido para abrir mão de um dote milionário e abrir mão de uma beleza tão exótica como a dela, teria que estar louco. Ouve batidas na porta e apressa-se a fechar tudo na gaveta com chave que lhe foi emprestada e manda que entre.

- Gostaria de falar com o senhor. - Rogéria diz vacilante ao entrar.

- Pode entrar. - ele diz seco. Não sabe como fica assim na frente dela, gosta dela, quer casar com ela e não consegue relaxar perto dela.

- Não se aborreça com minha pergunta, mas o que estão fazendo para encontrar meu irmão?

- A polícia está ciente do desaparecimento do rapaz e estão verificando entre os escravos se o localizam, provável que possa estar morto a essa altura.

Ela abaixa a cabeça, sente os olhos marejados, tem passado por muita pressão. Não sabe o que irá acontecer e a espera lhe angustia. - Doutor Teles, quando saberei quem é o tal duque?

- Kara minha flor eu não queria lhe dizer antes de resolvermos os outros problemas, mas olhe. - ele levanta e pega na gaveta a carta dela aberta por ele. - Eu a abri pois foi endereçada a mim. - ela o olha com espanto, fica ali parada lhe olhando e ele também a olhando com um meio sorriso, ele acha graça do jeito assustado dela e se segura para não rir. Os olhos dela estão muito marejados e algumas lágrimas rolam por sua face. - Não vamos tomar nenhuma atitude agora, vamos resolver sobre os outros primeiro, encontrar seu irmão e deixar seus amigos estabilizados então partiremos.

- Partiremos? - ela diz colocando a mão no peito como quem procura controlar a respiração.

- Sou duque na corte da Europa, tenho meu escritório lá também e a casa que preparei para você (com um quarto na torre para o caso de tentar fugir - ele pensa).

Ela levanta-se caminha como um animal enjaulado por todos os lados do escritório e passando as mãos na cabeça diz: - E se eu não for?

- Não tens escolha, você leu o testamento de seu pai, não tem nada aqui para você e tome leia a carta que ele me deixou. - estende a carta em sua direção.

Quando ela lê a carta se deixa cair na poltrona em frente a mesa do escritório. Não acredita que seu pai pudesse ser como esses pedaços de papel lhe mostravam, as lágrimas correm dos seus olhos, a dor de saber que está presa a este homem eternamente, é muito forte, não consegue imaginar a vida dela sem Lucas. Ele se aproxima dela, retira o papel de sua mão, guarda na gaveta e lhe diz: - Não tenho pretenção de revogar o pedido de nossos pais. Cresci sabendo que me casaria com você. Vim até o Brasil para lhe buscar e infelizmente você estava na situação que a encontrei, sinto muito ter passado tudo que passou, mas agora daqui para frente terá meu apoio. Só não me peça para lhe liberar para o ministro que isso não irá acontecer. - ela o olha com tristeza e raiva e conseguindo arrancar forças de onde não sabia que tinha diz:

- Sou mulher, marginalizada, excluída e renegada por uma sociedade machista, não posso me soltar das amarras que me prendem a você, mas posso me dar o luxo de não me entregar. Iremos para onde o senhor meu marido quiser, mas não me peça para lhe amar que isso não acontecerá.

Ele a ouve e com o orgulho ferido, apesar de não a amar para querer ser um bom marido, estar com ela pelo dinheiro e por vaidade, não queria ter ouvido dela as palavras que ouviu, se aproxima bem perto dela e diz: - Não precisa me amar minha flor, mas viverá ao meu lado, ceará comigo a noite e dormirá na minha cama. Pouco me importa os seus pensamentos se quem vai estar ao seu lado sou eu.

Ela se solta com brusquidão dele e sai correndo dali, precisa fugir da sua presença, já sente como será sua vida daqui para frente, não quer ter que antecipar e ficar mais um minuto na presença dele, sobe as escadas correndo e tropeçando por suas lágrimas lhe borrarem os olhos e entrando no seu quarto, se ajoelha e ora a Deus pedindo socorro.

Teles fica no escritório saboreando o sabor de ter feito ela engolir as palavras de afronta, não ia deixar ela subir em cima dele, agradece a ideia do amigo de criar na casa da corte um quarto que punia sua esposa toda vez que não agia segundo os costumes dele, copiou a ideia do amigo e iria com certeza usar em Kara para domar a fera que tomaria por mulher.

Teles fica no escritório saboreando o sabor de ter feito ela engolir as palavras de afronta, não ia deixar ela subir em cima dele, agradece a ideia do amigo de criar na casa da corte um quarto que punia sua esposa toda vez que não agia segundo os ...

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