Capítulo 16

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No dia seguinte, Rogéria acordou logo cedo para cuidar de suas tarefas e ir até o quilombo

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No dia seguinte, Rogéria acordou logo cedo para cuidar de suas tarefas e ir até o quilombo. Tomou café bem rápido e foi passar a roupa de cama que foi o que lhe mandaram fazer. Ao terminar saiu na carreira chamar Pedro para irem pro quilombo, mas os planos foram frustrados pelos capangas que os pegaram bem na saída da fazenda. Trouxeram Rogéria presa e o menino Pedro foi entregue ao pai para ser punido por estar ajudando uma escrava fugir.

O feitor como os patrões não estavam em casa decidiu punir a escrava fujona como faz com os outros. Tendo em vista a sinhá Isaura dizer que todos são tratados do mesmo jeito. Levou ela para uma das selas de tortura e prendeu seus pés no tronco, acorrentou suas mãos e lhe deixou a pão e água uma vez por dia.

Ela não via ninguém a não ser ele mesmo por dois dias já, esse vinha todos os dias sentava em um banquinho e ficava lhe admirando, tripudiando da sua má sorte em ter sido pega fugindo duas vezes. Ela por incrível que pareça estava muda, havia lembrado de José do Egito e estava tentando agir como ele. Ele a torturava passando as mãos em seu corpo, ela só chorava, estava se sentindo cansada de estar na mesma posição já nem sentia mais os pés, ele esperava que ela lhe implorasse para se soltar, se oferecesse, mas isso não acontecia. Ela preferia morrer do que pedir para ele lhe soltar em troca de se deitar com ele.

- Até quando vai sofrer? Abra mão do seu orgulho e se entregue a mim.

- Não estou sendo orgulhosa, só não quero fazer algo contra minha vontade.

- O coronel foi para corte com a sinhá. Está só eu aqui de cabeça na fazenda. Posso lhe deixar morrer se eu quiser.

- Que deixe, vai entregar meu corpo ao Duque? - ela diz o lembrando que o duque lhe quer.

- Acha que se você importasse para ele estava assim sofrendo?

- Não sei quer pagar para ver? - ela o afronta e ele pega o líquido que está bebendo e joga em seu rosto deixando ela ali só novamente.

Quando se vê só, ouve uma voz por trás da parede de tábuas.

- Eu vou dar um jeito de tirar você daí. - quando ela vira para olhar quem é não consegue ver, mas tem a certeza que é Tobias.

- Tobias?

- Prometi que voltava não foi? - ele diz e ela chora, ele dá um jeito de entrar, acalenta ela em seu choro colocando sua cabeça em seu ombro e alisando os cabelos dela diz: - Estamos perto de conseguir nossa liberdade. Tudo isso vai passar.

- Não me deixe de novo Tobias, prometeu cuidar de mim. - ela diz chorosa.

- Calma menina, prometi e estou cumprindo. Só não contava com o ódio da sinhá por sua família.

- Ela vai acabar me matando, se não ela mais o feitor irá.

- Nem um nem outro, o feitor está com os dias contados aqui na fazenda. Tudo vai ser diferente.

- Tobias?

- Oi minha amiga. - ele diz com uma voz carinhosa.

- Minha mãe?

- Nós a soltamos, estava trancafiada em um porão do jeito que veio ao mundo, tinha feridas por todo o corpo e está muito magra. Mas pereira a colocou no cavalo e a levou para o quilombo.

- Ele a colocou no cavalo? - ela fala lembrando que quando coloca no cavalo é porque lhe interessa.

- Sim, eles estão juntos. Ela está bem melhor.

- Que bom. - diz e adormece no ombro de Tobias, sentindo a paz e o carinho que ele lhe transmite até hoje.

- Ah Rogéria, havia esquecido seu cheiro, é tão bom. - ele sussura alisando os cabelos dela. - Pena que não sou só eu que a vi. Parece que seu coração bate por outro. Vou me contentar ser o irmão mais velho. - diz passando as mãos perto de onde está a corrente que lhe prende.

Com ela dormindo apoiada nele, eles passam a noite assim, ele na verdade não dormiu, pensando mil formas de a livrar, mas pela manhã uma boa notícia surge que o casal voltou do meio do caminho quando iam para a corte, a sinhá está indisposta e o coronel resolveu voltar, então agora o coronel pode soltar ela pelo menos do tronco.

Com ela dormindo apoiada nele, eles passam a noite assim, ele na verdade não dormiu, pensando mil formas de a livrar, mas pela manhã uma boa notícia surge que o casal voltou do meio do caminho quando iam para a corte, a sinhá está indisposta e o c...

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