Capítulo 14

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Chegando na cozinha a velha Maria fez a maior festa ao lhe encontrar, falou como estava preocupada com sua segurança e bem estar

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Chegando na cozinha a velha Maria fez a maior festa ao lhe encontrar, falou como estava preocupada com sua segurança e bem estar. Alimentou a menina e fez muitas perguntas, inclusive disse que ficou sabendo que o coronel Manoel lhe comprou do Abílio e que foi uma benção de Deus ela ter se livrado do Abílio, mas que não sabia o quão ruim o outro poderia chegar a ser.

- Maria nos deixe a sós. - ouve-se a voz de Isaura no ambiente.

Rogéria não fala nada, acena com a cabeça para a velha lhe dizendo que vai ficar tudo bem e levanta-se dando as costas para esposa de seu comprador. Quando estão as duas, Isaura se aproxima dela e fala:

- Você conseguiu voltar para me atormentar? O que fez para meu marido partir de protetor?

- Nada senhora, nem com vosso marido falo. - ela diz procurando demonstrar calma.

- Quer saber porque não gosto de você? - ela diz chegando mais perto e segurando Rogéria pelos cabelos. - Eu ia me casar com seu pai. - Isso fez com que Rogéria se virasse e olhasse para ela espantada. - Isso mesmo, sei que você é a herdeira da fazenda Primavera, a sua mãe sempre foi mais rica e mais bonita que eu, seu pai enlouqueceu quando ela apareceu com aquela pele bronzeada como a sua. - dá um puxão no cabelo dela que esta cai de joelhos com lágrimas nos olhos. - Após isso tive que me casar com o palerma do meu marido e presenciar a felicidade de sua mãe ao estar com meu homem e ainda por cima ter a filha que nunca pude ter.

Ela não solta o aperto no cabelo, Rogéria está ajoelhada, só ouve e chora, não pode se defender e nem sente que teria forças, nunca imaginaria que Isaura soubesse sua verdadeira identidade, talvez o marido dela a esteja ajudando a maltratar a filha da mulher que nenhum mal lhe fez, apenas casou-se e foi feliz.

- Coronel Abílio iria mandar te matar, ele não a queria perto da escrava que ele lutou tanto para conseguir. Sua mãe está vivendo em um porão amarrada e sendo escrava particular dele, se ele se satisfaz logo ela apanha por ter sido rápido e se ele demora ela apanha por não ter sido boa o bastante, saber isso me trouxe um pouco de alegria, mas enquanto você e sua mãe respirarem eu não vou sossegar. Quero que pague por tudo que sua mãe me fez. - ela diz com raiva. - Vai me pagar cada centavo, não vou permitir que nenhum homem lhe toque pois não quero que corra risco de nascer mais um com seu sangue. Meu irmão irá se casar com a sobrinha da princesa e você vai presenciar ele sendo feliz com outra e vou rir de sua cara nessa hora. - Rogéria não emitia nenhum som, as lágrimas inundavam seu rosto.

Sem Rogéria esperar Isaura lhe solta e começa a se bater, gritando como se fosse Rogéria que estivesse lhe fazendo mal, Rogéria fica perplexa olhando para a mulher em sua frente, Rosa entra na cozinha e agarra a menina pelos braços, em seguida chega Maria e o coronel que ouviu os gritos da mulher e saiu para ver o que era. Ao chegarem na cozinha veem Rosa segurando Rogéria e Isaura com o rosto vermelho passando a mão sentindo dor.

- Ela me atacou! - profere. - Se não fosse Rosa iria me matar. - olha para o marido com cara de choro e diz: - Afaste ela de mim por favor. - sai chorando em direção ao quarto.

O coronel sabe que foi mentira da mulher, mas não tem outra alternativa se não afastar a menina da cozinha até para seu próprio bem, ele terá que suportar os chiliques da esposa até que Lucas volte e resolva o problema com a escrava.

O coronel sabe que foi mentira da mulher, mas não tem outra alternativa se não afastar a menina da cozinha até para seu próprio bem, ele terá que suportar os chiliques da esposa até que Lucas volte e resolva o problema com a escrava

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