O primeiro impasse

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*Apollo*

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*Apollo*

   Oito meses se passaram e mais um dia frio amanhecia, estava caminhando tanto tempo pela trilha das montanhas e de longe vi o longo lago de gelo, Crio estava perto. Finalmente eu iria encontrar minha Maira, sentia um misto de medo, alegria, não sei o que me espera. O sol estava um pouco escondido em meio a nuvens, a neve alta, árvores estavam secas, a salvo apenas pelos pinheiros que suportavam o frio.

   A fortaleza de Crio era alta e grande parte feita de cristais de gelo, alguns servos negros estavam a espreita pela floresta de pinheiros brancos para matar qualquer um que ousasse entrar ali então meu cuidado seria redobrado.
Notei que estava sendo seguido por um e não dei muita ousadia, era mais fácil continuar caminho, lutas agora seriam desnecessárias. Andei mais alguns metros e um dos servos se jogou a minha frente, seus olhos vermelhos demonstravam que em vida tinha sofrido muito.

   Ele sacou a espada dourada da bainha e apontou para mim, apenas rebati jogando uma bola de fogo que o fez gritar até seu corpo terminar de ser queimado.
   O silêncio voltou e os demais que me observam saíram correndo, o caminho tortuoso a minha frente não tinha volta.
Crio certamente estava de prontidão me esperando, mas não ia me deter. Maira era a coisa mais importante que aconteceu comigo até agora, não posso negar que em toda a minha existência nunca, nunca ocorreu de uma mulher transformar meu coração a tal ponto.

   Após a floresta branca estava o jardim de cristais, contam que Crio passeava pelo jardim todas as tardes, observando os troféus que ele já tinha conseguido. Muitos estavam ali, inimigos, amores, inclusive minha Maira. Notei que a floresta tinha acabado porém no fim do caminho me deparei com um enorme muro de cristais, finalmente eu cheguei na muralha da fortaleza.
Era muito alta, precisava entrar por algum lugar longe do portão. Afinal por mais que sabem de minha presença, quero ter certeza de como é por dentro.

   Comecei a escalar aquela muralha devagar, usei uma faca feita a mão que ganhei de Atena a muitas eras atrás. Subi devagar a muralha, próximo do topo senti os ventos cortantes do norte, estava frio. Uma das correntes de ar atingiu meu rosto e foi como se eu perdesse todos os movimentos de meu corpo.

   — Não posso deixar de continuar, ela precisa de mim. — falava a mim mesmo, enquanto escalava aquele muro.

  Quando cheguei observei lá embaixo e notei como era grande o palácio de Crio, os jardins e o lago congelado na verdade era uma vista muito bonita, a julgar os acontecimentos. Vi um aglomerado longe próximo ao portão, certamente estavam achando que eu entraria por lá. Vi alguns pássaros de cristal, voavam por todo o céu vigiando a comando de seu mestre.

  Escondi na neve que estava acumulada no topo, para que não fosse notado de momento. Assim que passaram continuei caminho pelo estreito topo, o vento contra mim tornava mais difícil a caminhada, vi um pinheiro alto a frente. Me aproximei e comecei a descer devagar entre os galhos, um dos galhos arranhou meu rosto enquanto descia e fez um belo machucado.

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