De mãos atadas

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*Apollo*

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*Apollo*

  Nada podia ser feito agora, afinal Urano já tinha visto que estávamos ali.
Cronos se aproximou de mim e em seus olhos vi ódio, raiva e rancor. A vingança não era digamos algo correto, porém a julgar pelo que aconteceu na vida dele não faria menos.

    — Saim daqui. — disse Cronos e Zeus tentou se aproximar.

    — Cronos. — chamou ele e o mesmo se virou.

   — Saiam daqui, vão salvar Hades. Apollo, salve sua amada. — falou ele encarando Urano.

  Urano bateu palmas, enquanto isso sai de perto com Tânatos e puxei Zeus, se eles iriam lutar não tínhamos tempo algum a esperar.

  — Vamos logo Zeus, antes que todos morram aqui. Sabe que o poder dos titãs é mais destrutivo. — informei e Tânatos fez cara de medo rindo.

  Estava levando tudo na brincadeira ou se fazia de sério, chamamos o restante do exército e corremos em direção ao corredor, vislumbrei apenas Cronos com um sorriso para mim e continuei. Iria provar que Maira merecia um lugar ao meu lado. Sai correndo com os demais, passamos por vários salões e no fundo eu podia ouvir o barulho da luta de Cronos com Urano, tentei não olhar para trás, a meta era seguir adiante. Salvar Hades e Maira, Crio sairia dali morto se necessário, inexistente.

  Continuamos até uma sala branca, no centro existia uma poça negra, literalmente o local era todo branco e uma luz ofuscante a meus olhos. Tânatos olhou para mim e se aproximou daquele local negro no centro.

  — Dispensem os guardas, rápido. Algo está vindo e não é bom. — ordenou ele e Zeus deu a ordem sem exitar.

   Fiquei quieto esperando Tânatos falar algo sobre aquilo, mas não.

  — Vai contar o que houve? —perguntou Zeus.

  — Sinto que isso pertence a Hades, acredito ser parte de sua energia convertida em matéria negra. Vê como consome rapidamente a luz que entra por aqui? A matéria negra consome tudo, muito fácil transformar o poder de Hades nisso. — contou ele.

   Observei que Zeus estava pensativo demais quanto a tudo. Olhei para Tânatos e para aquela escuridão, sentir uma tristeza vindo dali e me dava certeza que Tânatos estava certo, era de Hades.

   — Como achar Hades? — perguntei e Tânatos apontou para o canto.

   Um espelho estava preso a parede branca e tinha leve brilho negro, me aproximei e toquei seus entalhes dourados, estava tão frio como uma pedra de gelo.  Percebi ao tocar que ele carregava diversos sentimentos, como se algo ali estivesse preso.

  — Alguma coisa está selada aqui. Consigo sentir. — informei e ouvir um estrondo vindo da parede do outro lado. Poseidon a tinha quebrado, estava com o rosto arranhado e Ares também, enfim então estaríamos todos juntos.

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