Nada é o que parece

1.7K 175 110
                                    

*Apollo*

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

*Apollo*

    Ouvi aquela voz temendo pelo pior, Maira estava segurando minha mão firme. Olhei em seus olhos e senti seu medo, agora que estava ao seu lado nada mais desejava. Porém tinha medo do que Crio pudesse fazer com ela, espero apenas ter no mínimo um pouco de sua complacência.
Virei-me e vi Crio caminhar, seus cabelos longos e prateados seus com mechas negras desciam por suas costas até a cintura e seus olhos tão azuis quanto o azul do mar, me deixaram paralisado. Me coloquei a frente de Maira sem pensar duas vezes eu teria de lutar por ela agora, precisava ser sábio e dar tudo de mim por ela.

   — Acha que pode mesmo? Apollo, Apollo, você não pode comigo. Um mísero deus que acredita ser capaz de me combater. — disse Crio erguendo um cajado dourado com um par de asas na ponta.

  — Não é questão de achar, eu vou voltar com Maira. — gritei para ele.

    Crio a encarou e senti medo, uma brisa fria soprou, ele andou até perto de mim e observou Maira. Seu olhar nada demonstrava, nem ódio, raiva, complacência, nada. Ele era uma incógnita completa.

  — Você sabe o que aconteceu? —perguntou à ela, notei que a mesma estava sem palavras para dizer algo e se escondeu atrás de mim.

  — Como assim senhor? — perguntou sem jeito. Ela não sabia quem ele era, mas mantinha respeito. Assim como comigo.

  — A sua mãe? Todos que você ama, estão mortos e a culpa é dele. — Apontou para mim e senti aquela culpa em meus ombros. — Afinal escondeu seu amor dos deuses e recebeu punição por isso. — disse olhando para Maira. —Ah, você não sabia mesmo. — terminou vendo o olhar entristecido de Maira.

  Ela soltou minhas vestes e senti seus dedos deixando meu corpo, nossos olhares sumirem a medida que a tristeza tomava conta dela. Era crescente, ela estava triste. Eu tinha destruído tudo.

  — Você mentiu para mim. — falou baixo e lágrimas desceram de seus olhos. Aquele olhar de amor já não existia, apenas tristeza.

  Tentei abraçar ela, mas a mesma relutou. Após alguns segundos se acalmou, me ajoelhei ao chão com ela. Deixando Crio de lado, eu quebrei o coração dela. Sua alma estava sofrendo, Maira tinha uma tristeza crescente que estava apagando seu brilho, sua essência e a culpa era minha.

  — Sinceramente, que falsidade Apollo. Mentiu para uma garota bela dessa? Me poupe. — disse Crio e encarou Maira que se levantou com medo.

   — Você é um mesquinho, você e Cronos são da mesma laia de falsos e mentirosos. — gritei e ele me puxou, jogou-me longe de Maira.

   Crio me encarou e riu diabolicamente, apontou a mão para Maira que tentou correr, mas seu corpo novamente se congelou. Olhei sem poder fazer nada enquanto cada parte se tornava gelo, seu olhar para trás me encarando deixou-me paralisado. Ela tinha sofrido e estava sofrendo por mim, precisava fazer algo. Demonstrar a ela meu amor, Crio vai pagar, só preciso deixar Maira segura.

Uma Noiva Para Apollo Onde histórias criam vida. Descubra agora