Problemas sórdidos

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*Apollo*

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*Apollo*

  Tânatos tinha alguém, na verdade a maioria dos deuses já estavam bem digamos resolvidos entre si. Olhei para o jovem que me salvou e notei que era novo ainda, provavelmente teria muito a viver no campo de batalha ou uma morte rápida no mesmo.

   — Senhor Apollo? — perguntou o jovem.

   — O que foi? Pergunte. —.falei me encostando na borda ao canto  enquanto a água curava meu corpo.

  — Tifão é muito ruim? Dizem que o senhor enfrentou Crio frente à frente. —comentou o rapaz sem jeito.

   O encarei e vi que não tinha maldade em seus olhos, apenas uma alma curiosa que acredito estava apreciando minha presença. Não é para qualquer mortal ficar próximo a um deus.

  — Tifão sempre foi cruel, Crio acredito que seja algo muito sombrio e sem amor. Algumas de suas atitudes são tão estranhas, não entendo ainda os motivos que o fizeram ajudar Cronos e sua laia. — argumentei batendo com o punho na água e fazendo com que algumas gotas caíssem ao chão. O céu estava azul e aberto, não tinham nuvens ali e uma brisa refrescante envolvia o lugar. 

  —.Dizem que você amava alguém? —comentou ele tocando onde mais me doía.

  — Sim, eu amo, ela ainda vive acredito eu. Preciso destruir Crio para ter uma vida em paz com ela. — falei cabisbaixo.

   — Eu achava o senhor malvado, ouvi muita histórias suas quando mais novo. Principalmente que tinha ajudado Cronos. — comentou o jovem.

  — Isso foi a muito tempo atrás, hoje já não sou mais assim. Na verdade eu nunca fui, Cronos tomou meu amor de mim e isso me fez ficar a sua mercer. —finalizei. Encarei ele em seus olhos e tentei me levantar consegui sentar na borda da fonte e em silêncio continuei ali.

   — Ele vai chegar como no inferno? Tifão? — insistiu em perguntas o jovem.

  — Eu ouvi algo sobre uma mulher que Tânatos teve contato, acho que ela ajudaria ele. — contei e tossi um pouco de sangue ainda.

  — Deite na fonte senhor, Hypnos a guardava, mas agora não está aqui. O senhor precisa descansar. — disse se levantando e me deixando a sós.

   Voltei a me deitar dentro da água, a água rasa passava por mim, estava quente e era relaxante. Fechei meus olhos e me concentrei em tentar lembrar o que os servos de Crio falavam, sei que tinham problemas e contaram sobre os planos dele.
   Fechei meus olhos e tentei puxar do fundo de minha memória, o frio, a dor, os murmúrios  de suas bocas, tentei muito ouvir, mas só ouvia mesmo a sorte onde contavam da garota.
Sinto temer por Hades, se ele não proteger seu império Tifao vai destruir tudo. Fechei meus olhos e fiquei aguardando alguém me dando uma luz.

   Ouvi passos e a presença de Poseidon, fiquei quieto aguardando que fosse curado só um pouco mais. Senti que o clima não era dos melhores, afinal uma guerra estava chegando e guerras acabam com os mortais. Eles não suportam a dor de uma guerra, quando isso acontece muito sangue se derrama e demora anos para que possamos voltar a população ao que era.

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