_ A garota, aquela pôs fim ao experimento. Como era mesmo o nome dela?
_ O que você sabe sobre a Tris? - Digo a raiva borbulhando na minha voz.
_Isso, esse era o nome dela! Eu sei o que todo mundo sabe na verdade. Vocês estavam o tempo todo na tv! E sabe, não tem muita coisa divertida para se fazer por aqui.
_ Como assim? - Christina verbalizou a pergunta que está ecoando na minha cabeça.
_ Claro que não passava em na rede de televisão doméstica, mas conseguimos capturar a frequência UHF de transmissão das câmeras de segurança da Base em NY e vocês eram a atração! Praticamente 24 horas por dia, nenhuma tomada era cortada para nossa cidade. Então imaginávamos naquela ocasião que estávamos todos seguros, até que um grupo de forasteiros foi encontrado desacordado nos limites da cidade. Nós os recolhemos para o hospital e quando percebemos dois terços da nossa população foi contaminada pelo maldito vírus. E o resto vocês já sabem.
_ Tris!!!, você viu a Tris? Ainda tem as imagens das câmeras de NY, podemos ver a base? - Eu digo e meu grau de desespero deve ter me traído pois vejo que ele está me olhado e sorrindo num tom de deboche que neste momento pouco me importa, tudo que eu quero é saber se ele tem imagens de lá.
_ Reconheço você agora! Você é o namorado dela!
_ Sim, eu sou, bem eu era...
_Era? Terminaram? Interessante. - Ele fala levantando uma sobrancelha como se essa informação lhe interessasse de alguma forma... Isso me irrita.
_ Ela morreu! Você não acompanhou pelas câmeras! - Christina abandou o tom amistoso e agora está gritando com Sean.
Ele solta uma gargalhada.
_ Se vocês dizem, quem sou eu para contradizê-los.
Nesse momento não consigo me conter, quando me dou por conta estou agarrado ao colarinho do imbecil cedendo por respostas. Os três capangas que o acompanharam estão com suas armas apontadas para a minha cabeça.
_ Calma gente! Calma! Tobias, solta ele! - Christina tenta conter a situação.
Eu afrouxo as mãos mas não solto estou exitante.
_ Easy, easy amigão. Se eu fosse você não contaria com a morte da sua garota. Pelo que soube ela está bem viva na base militar de NY
_ Ela está viva! - Estou em transe, solto o colarinho do imbecil e vou me afastando, atordoado com a informação.
_ Não faz sentido! Três anos se passaram! Ela teria feito contato, ela teria voltado! - Christina diz mais para si mesma do que para Sean.
_ Talvez ela não seja livre para decidir. - Sean argumenta.
_ Mas ela é inconsequente o bastante para não respeitar regras e normas. - Christina contra-põe.
_ Eles devem ter encontrado um jeito de fazê-la prisioneira.
_ Nós, somos nós quem a mantém presa aquele lugar. - Eu tenho um insight, é claro, devem estar ameaçando as nossas vidas, porque outro motivo ela aceitaria ficar longe de todos, longe de mim.
_ Pode ser sei lá. Mas pelo que vimos ultimamente ela está no exercito, tem uma alta patente, pois a vemos treinando e comandando soldados. Até cheguei a cogitar a possibilidade dela ter mudado de lado. Mas não me arrisquei a ir até lá para descobrir.
_ Posso vê-la? - Eu suplico.
_ Agora são dois pedidos: O soro antiofídico e a ver a garota. Não sei o que mais você poderia me dar em troca. - Ele diz num arrogante e extremamente impertinente e eu me dou conta que havia esquecido completamente de Cara e do seu soro. Tamanho é meu egoísmo.
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Convergente II
Ciencia FicciónEnquanto uns tentam se recuperar de suas perdas, o Governo mantém sua trama bem amarrada. O fim do Experimento Chicago teve um preço alto para Beatrice Prior, mas algumas pessoas são difíceis de ser controladas e existem chamas impossíveis de serem...