Asgard
Nos corredores do palácio somente ecoava um brutal silêncio, o receio que rondava a mente dos servos e soldados era justificado pela princesa de Asgard que permanecia isolada, presa dentro de seus próprios poderes. Esse medo não impedia Lady Sif de manter o treino árduo dos futuros soldados que iriam formar o exército do rei, seus gritos podiam ser ouvidos por todo o campo de treinamento, ditava ordens que eram rapidamente atendidas.
— Mantenham os pés firmes no chão, soldados! — gritou mais alto que o som das espadas. — Não quero perder meu tempo dando ordens desnecessárias, façam o que eu mando.
Os passos calmos de Fandral foram notados, olhando ao redor, ele ficou impressionada com a eficiência dos jovens soldados e também um pouco de pena por estarem sendo treinados pela guerreira, Sif poderia ser um pouco grosseira quando queria.
ㅡ Olá, Fandral. ㅡ ela disse quando o guerreiro chegou perto o suficiente para escutá-la. ㅡ Pode aguardar por um momento enquanto encerro a aula?
O loiro assentiu. A guerreira liberou os alunos avisando que outro treinador iria fluir com os ensinamentos. E assim, ambos se distanciaram do centro de treinamento para caminharem até o lado de fora do palácio onde seus amigos que já se encontravam próximos de seus cavalos.
— Estão atrasados. — acusou Hogun. — Não percam mais tempo, temos que sair antes que escureça.
— Relaxe, meu amigo, teremos a noite toda. — retrucou o charmoso Fandral. — A floresta não fugirá de nós.
Todos subiram em seus cavalos, cavalgando até o limite de civilização asgardiana para chegar até o coração da floresta que cercava Asgard.
Anualmente, os guerreiros adentravam as árvores para acampar durante uma noite inteira, esse é um costume tipicamente vanir que foi ensinado a Hogun enquanto ele ainda era uma criança por seus pais, antes mesmo de começar a viver em Asgard, essa era uma forma de fazer com que se aprendesse a respeitar a terra que se pisa e valorizar o que se possui. No início, o guerreiro reproduzia este ritual sozinho, porém com o tempo seus amigos também o acompanharam na jornada virando assim um evento anual para os companheiros.
— Fico triste de saber que Thor não poderá estar conosco este ano. — disse Volstagg. — É ainda mais triste vê-lo se afastar tanto de nós.
— É compreensível sua ausência, há dias que Thor está preocupado com o rumo das coisas em Asgard.
— Entendo toda a situação com a garota, Fandral. — continuou o ruivo. — Mas não negue que desde que ele começou a lutar com esses Vingadores, ele está distante.
— Está acontecendo coisas em Asgard que nós nunca pensaríamos que teríamos que enfrentar, coisas que talvez não tenhamos entendido a gravidade ainda. — falou Hogun com seriedade. — Todos estão com medo do futuro, pavor da imagem que está sendo mostrada do rei, o receio de não saber quem será o próximo a se sentar no trono de ouro, tudo piorou depois que a princesa foi descoberta, alguns acham que ela assumirá o poder.
— Isso é loucura! — exclamou Sif. — Não podem permitir que a filha de um traidor seja rainha, seria o mesmo que entregar a coroa para Loki.
— Se Ravenna não assumir, quem faria?
— Um dos membros da realeza Vanir viria proclamar seu direito ao trono. — respondeu Hogun, olhando para Volstagg. — Muitas disputas aconteceriam, o conselho não pode negar a herança de Freya e Frey ao reino.
— Ah não. — choramingou o guerreiro de cabelos de fogo. — Não quero ter que me curvar perante a um vanir, é um povo estranho, cheio de bruxarias e aquelas flores horríveis.
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Ravenna
Fanfiction• Em processo de revisão • Ravenna Beaumont sente sua existência ser questionada quando perde o controle de seus supostos dons ainda tão desconhecidos, fazendo com que segredos antigos tenham que ser revelados para uma possível ajuda divina.