Sentimentos conflituosos cercavam os corredores do palácio dourado de Asgard, alguns exalavam confusão pela morte de uma suposta princesa que eles nunca conheceram com tal, outros como Thor estavam particularmente afetados, já que a imagem do corpo sem vida não deixava a mente daqueles que a viram como a garota que chegou no reino.
O deus do trovão não saiu do quarto desde que trouxeram Ravenna para o palácio, tudo aconteceu há poucas horas, sequer conseguia imaginar o que faria para falar sobre isso com seus amigos em Midgard. Ele era o culpado, se não tivesse a trago para Asgard, esses monstros nunca teriam a encontrado, ela vivia bem até que ele apareceu e arruinou tudo. Aquela foi a primeira vez em muito tempo que Thor permitiu que lágrimas escorressem por seu rosto.
O mentiroso também não estava apático, permanecia isolado na biblioteca tentando ler alguma coisa, qualquer coisa que o fizesse esquecer o rosto da garota. Seus sentimentos estavam em confusão, nunca pensou na possibilidade de ter uma filha, agora ela estava morta e ele não desejava isso. Toda a situação estava confusa, aqueles homens assassinaram a princesa de Asgard sem nenhum pedido de resgate, eles não ganharam nada com a morte dela, por que causar tanta bagunça? Loki cogitou que poderiam ter mandado matá-la para que não assumisse o trono num futuro, mas ela nem sequer havia sido coroada, Odin nunca teria feito a coroação dela, todas as justificativas possíveis para que mandassem assassiná-la não faziam sentido.
As damas de companhia de Ravenna estavam na sala de cura se revezando para preparar a garota para seu funeral, escolhendo vesti-la com um longo vestido lilás repleto de pequenas pedras no seu busto, além de pentearem o cabelo da garota numa trança solta.
Magia rondava o corpo inerte da jovem transbordando obscuridade, logo uma aura sobrenatural que soava como uma voz feminina clamava para Ravenna.
"Renascida pelas minhas mãos, sua missão neste mundo não acabou, permita que o ar penetre seu pulmão novamente. Erga-se Ravenna!"
Logo o único barulho que era possível ouvir no ambiente era o coração da garota voltando a bater, o sangue bombeava para seu corpo, o ar queimava os pulmões dela, lentamente cada órgão do seu corpo voltava a funcionar. Os cortes secos de Ravenna se fechavam, não permitindo que sobrassem cicatrizes aparentes, exceto pelo corte fundo na barriga causado pela adaga envenenada que se transformou numa cicatriz com relevo. Assim seus olhos se abriram, revelando suas íris que antes eram cinzentas, se tornaram verdes. Pois agora, ela tinha os olhos do pai.
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Ravenna
Fiksi Penggemar• Em processo de revisão • Ravenna Beaumont sente sua existência ser questionada quando perde o controle de seus supostos dons ainda tão desconhecidos, fazendo com que segredos antigos tenham que ser revelados para uma possível ajuda divina.