— Tudo bem, já chega — Alain interrompeu o beijo. — Estamos quase acabando esse banheiro.
— Por isso não tem problema se eu te beijar mais um pouco.
Me aproximei para beija-ló de novo, mas ele colocou a mão sobre meus lábios.
— Não, você tem a vida toda para isso.
— Por favor, não consegue entender que eu sou viciado em você?
Suas bochechas ficaram vermelhas e ele sorriu timidamente, o que só me deu mais vontade de beija-ló.
Ele se aproximou, me dando apenas um selinho e depois se levantou do chão.— Vamos acabar logo com esse banheiro e eu deixo você me beijar quantas vezes quiser.
— Bem, então está me devendo cinco beijos. — eu disse, me levantando do chão.
— Tudo bem, seis beijos.
Ele abriu um sorriso brincalhão.
— Sete e não se fala mais nisso.
— Tudo bem, oito beijos não são um problema.
— Quanto mais você demorar, sua divida mais vai aumentar — falei, enchendo o balde com água. — Por exemplo, agora já são dez.
— Dez?!
— Onze.
— Onze?!
— Agora doze.
Ele pegou o balde que já está com água de mim e jogou aonde tinha sabão.
— Agora são treze! Seja rápido!
— Cala a boca!
— Quatorze.
Os banheiros finalmente estão limpos, e minhas roupas estão grudando no meu corpo por estarem molhadas.
— Vamos ter que colocar essas roupas para secar também. — Alain disse, já se movendo para a varanda.
— Espera aí! — exclamei, indo atrás dele.
— O que foi?
— Você está me devendo uns 20 beijos.
— 20?!
— Pois é, ninguém mandou demorar demais.
— Nem fudendo que eu te darei 20 beijos.
— Não tente deixar as coisas mais difíceis.
— Estou deixando mais difíceis.
— Então é assim?
Ele abriu a porta que dava para a varanda.
— É!
Sem pensar duas vezes, o puxei pela cintura e comecei a beija-ló pelo pescoço.
— Maurice! — ele tentou se afastar mas o segurei forte. — Tudo bem, eu te dou 20 beijos.
O soltei.
— Estou esperando.
Ele se aproximou de mim e me beijou, contando até 20.
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A cidade do amor
RomanceÀs vezes eu me pergunto, o que pode ser pior do que viver em Paris, a cidade do amor, mas não conseguir acreditar nele?