Não passava das duas e pouco da madrugada, o som dos carros adoidados da polícia ecoavam por toda a deserta e sombria rua escura. Os poucos postes que tentavam ilumonar a mesma, só eram realmente úteis no fim e no final da rua, o seu meio, era um campo de guerra a mim.
Enfiada dentro do único beco dali, estreito, úmido e fedorento, eu me encontrava em meio a grandiosas poças de sangue fresco. Sangue de desconhecidos. Não me dava muito trabalho em cortar seus membros principais, o que mais costuma ser chato, é o pescoço. Decapitar uma pessoa não é tão legal, mais difícil do que parece.
Eu finalizei os trabalhos, joguei seus corpos em um saco preto e então os joguei dentro do lixo. Me enfiei no fundo do beco, pegando minha mochila ali no canto, tirando umas roupas novas e as deixando no chão enquanto tirava as minhas. Aos poucos me encontrava só de sutiã e calcinha, os dois com estampas de bolinhas e cor rosa clarinho.
Me vesti com as roupas limpas, pegando uns lencinhos umidecidos dentro da bolsa e limpei meu rosto. Coloquei minha touca, enfiando as mãos no grande moletom preto, pra disfarçar meus seios. Tive certeza de que estava bem disfarçada, então, peguei minha mochila no ombro. Alcancei um isqueiro do bolso, o jogando em cima daquelas roupas e saindo do beco com cuidado pra não pisar no sangue.
Olhei aos lados, e comecei a andar de cabeça baixa.
Ah, oi!! Não me apresentei. Me chamo Mei! É de origem japonesa/chinesa, meus avós tem o gene, então quiseram colocar meu nome assim. Felizmente estão mortos. Eu tenho dezessete anos, mas fui repetente, então ainda estudo no colegial. Porém, poucos tem noção da minha idade, eu não pareço ter mais que 15 anos na verdade.
Essa sou eu :) Sim, eu gosto de rosa.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Umas pessoas me consideram meio lolita, outras mais e-girl. Afinal, eu amo rosa, mas não iso como roupas. Só no dia a dia e olhe lá. As sardas são falsas, e meu rosto não é tão gordo.
Meus olhos são pouco estreitos, naturalmente. E também, tem a cor escura, um castanho comum. Deixo meu cabelo rosa, mas sua cor mesmo é preto bem profundo. E sim, eu fumo.
Como também mato.
Tive uma infância perturbada, vi minha mãe biológica ser morta e esquartejada pelo meu pai de hoje, ele foi preso, mas pôde sair depois de dois anos apenas, por causa do seu dinheiro. Ele é rico, muito rico, e foge da polícia por causa disso. Como a minha vida pode acabar a qualquer momento, eu não vejo problema em viver assim.
Se meu pai for preso, minha madrasta iria me jogar em algum orfanato barato e ficar com a herança, depois fugir. Não sou filha única, tenho uma irmã de seis anos. Ela é um amorzinho, adoro ela. Somos irmãs postiças, e as vezes, ela me ajuda em algumas coisas. Eu sou boa com ela, levo doces e bonecas novas, então ela não me dedura quando chego suja em casa.
