005

172 15 3
                                    

ஜ۩۞۩ஜ
ƒινє ϲαρ

Era de noite, eu lavava a louça da janta enquanto meu pai conversava com Meggie sobre a escola. Os dois conversavam em silêncio, mamãe estava na sala mexendo em seu celular.

Eu olhei para a janela a frente, enxergando oa dois na mesa, lado a lado, gesticulando um ao outro.

- A professora me ligou dizendo que você chorou a primeira aula toda, por que? - papai pergunta.

- Eu estava com medo. - Meggie não hesitou.

- Do que?

- Eu quase fui atropelada. - disse.

- Mei estava com você?

- Ela me salvou, mas brigou comigo.

- Mas ela fez certo. Você está errada.

Discretamente, eu sorri, voltando a minha concentração nos pratos. Em pouco tempo, voltei a olhar o vidro.

- Por que foi para o meio da rua? Queria morrer? - papai parecia bravo.

- Mei estava sendo malvada.

- O que ela te fez?

Eu senti o olhar de Meggie, enquanto voltava a lavar a louça quieta. Papai também pareceu me olhar, novamente, eu olhei o vidro, vendo Meggie pronta pra falar algo, mas de repente, ela me olhou de novo, notando pelo reflexo so vidro, que eu também a encaro. Abaixei o olhar antes que papai notasse.

- Mei. Você fez algo a Meggie? - ele perguntou.

- Ela anda fazendo coisas estranhas, briguei com ela por isso. - falo, ainda de costas.

- Tipo o que? - pergunta.

Me viro, vendo o olhar de Meggie em cima de mim.

- Ela corre pela casa de madrugada, atrás de um amigo imaginário. - eu gesticulo enquanto falo. - As vezes eu entro no seu quarto, e ela age como se estivesse brincando com alguém, mas quando me vê, para. - continuei.

Papai olhou Meggie, que me olhava, mas logo me olhou de novo.

- Por que não me disse nada? - ele pergunta me olhando, e também gesticulando.

- Eu não queria que você brigasse com ela. - gesticulo. - Essa é uma fase normal em ter esse tipo de coisas... ela só transformou isso em algo bizarro. - meu tom de voz era normal.

- Isso é verdade, Meggie? - ele olha pra Meggie, também gesticulando.

Meggie abaixa o olhar, e assente. Ele estrala os dedos, chamando a atenção dela de novo.

- Preciso te levar em um médico, ou você vai parar de agir como uma estranha? - papai continuou.

Eu me virei, e voltei a lavar a louça.

Não demorou muito, e eu ouvi ela fungar, olhei de relance pra trás, vendo-a descer da cadeira as pressas e sair correndo pro andar de cima.

- O que ela fez? - mamãe surge, olhando Meggie subir as escadas chorando.

- Mei disse que ela tem um amigo imaginário, mas que deixa ela acordada de madrugada, e fica brincando com ela. - diz papai.

- Eu hein... você viu alguma coisa estranha, Mei? - pergunta.

Termino de lavar a louça, pegando um pano de prato próximo e secando as mãos, me viro.

- Ela fica rindo sozinha no quarto. - falo, soltando um vago suspiro. - Levei ela pra dormir comigo esses dias, talvez seja só... solidão.

- Vocês vivem juntas, por que ela iria se sentir solitária? - meu pai indaga.

- Por ser diferente. - falo, atraindo o olhar dos dois. O que me fez erguer as sobrancelhas. - Ela... não é como os colegas dela da escola, deviam pensar que talvez isso possa interferir bastante no psicológico dela.

Os dois se entre olham.

- Ela tá certa, Roger, a gente não faz muito pela Meggie. - mamãe começa.

- Claro que a gente faz, ela viu isso de amigo imaginário em algum filme, e agora ta fazendo igual!

- Você nem pensa no que fala pra ela, e se a menina entra numa depressão?! Já basta ser surda!

- Você fala de mim, mas sequer pensa nas suas próprias palavras, né Rebecca?

Os dois começaram a discutir, e eu sai da cozinha. Subindo as escadas com um sorriso em meu rosto.

ஜ۩۞۩ஜ

maybe it's... the best. /_ Laughing JackOnde histórias criam vida. Descubra agora