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τωєиτγ иιиєEra uma quinta qualquer, não tinha aula por conta da neve que se acumulou pelas ruas, estava difícil de andar por aí, e os ônibus deixaram de circular. Assim, pouquíssimas pessoas poderiam ir, de qualquer forma, o colégio foi generoso em anular as aulas.
Logo, seria a formatura. Estava bem pouco ansiosa pra isso, já que... eu vou ter que trabalhar. Isso é um saco, de verdade.
Estava com Meggie, brincávamos em seu quarto de lutinha. Ela me dava tapas e socos e eu só ria, jogando o travesseiros e ursos nela.
Em um certo ponto, a peguei no colo, deixando-a de ponta cabeça, ouvindo seus gritinhos. Joguei ela em cima de sua cama, pegando um travesseiro ao lado e batendo na mesma, ela pega outro travesseiro e me bate de volta. Logo, uma guerra começou.
- Ei, as duas. - papai surge no quarto.
Paramos e o olhamos. Meggie estava totalmente descabelada, e eu com os braços e pernas vermelhos pelas tapas dela.
- Eu e a mamãe vamos pra casa do seu tio. - ele dizia, enquanto gesticulava. - Querem vir?
Meggie me olhou. Eu fiz uma cara feia e neguei, Meggie negou também.
- Vão ficar sozinha essa noite, tem certeza? - insistiu.
Assentimos.
- Mei, cuida da sua irmã direito, tem dinheiro no balcão, dentro da bolsinha da mãe de vocês. E Meggie, acho bom fazer seu dever. - ele nos encarou, sério.
- Ok! - sorrio.
Meggie assente, parecendo alegre também.
Papai nos olha mais um pouco, e sai, se despedindo. Olhei Meggie, que estava olhando a porta, e bati o travesseiro em sua cara, ela cai pra trás e acaba caindo da cama também. Ouvi sua risada, e ri também, vendo-a se levantar toda torta.
(...)
Deitadas no sofá, cobertas e abraçadas, sendo rodeadas por diversas almofadas, travesseiros, e pacotes de salgadinho, estavamos eu e Meggie, vendo um filme qualquer. Era um desenho para crianças como a Meggie, não tinha vozes, e os sons eram apenas efeitos.
Era bem legalzinho até.
Estava prestando bem atenção, até sentir algo estranho em meu peito, uma dor estranhamente chata. Eu suspirei, desconfortável com a sensação. Meu coração acelerou fortemente, e a dor se prolongou. Passou uns minutos, e a dor foi passando, mas a sensação de desconforto ainda estava ali.
As vezes eu tenho dores assim... mas elas andam mais frequentes esses tempos.
(...)
As flores de primavera infestavam as ruas pacatas. As pessoas costumam viajar essa época, ainda mais agora que o verão está chegando. Todos se antecipam desde já.
Eu caminhava pelas ruas, observando a vasta imensidão do céu em seu estado mais comum, poucas nuvens branquinhas estavam nos cantos do mesmo, tendo também a imagem azul forte adiante. É estranho como raramente eu me permito perceber tal beleza, bem acima de minha cabeça.
Com um suspiro calmo, eu prosseguia meu caminho.
(...)
O inverno voltou, e dessa vez, estava ainda mais intenso do que da última vez. Eu ia embora de meu cursinho noturno calmamente, tendo preocupação alguma em mente.
Enquanto caminhava, uma intensa sensação de perigo preenchia meu peito, como uma séria premonição de que algo estava errado. Talvez eu só devesse estar... com medo. Afinal, eu ando saindo menos de casa, mas quando saio... eu acabo me empolgando demais.
Observava meus pés em sincronia, enquanto todo o meu corpo parecia imerso a pensamentos. Era estranho, como o tempo passava. Tudo estava lento, os dias, as noites, tudo tinha se tornado ainda mais agonizante por mim.
Isso é um inferno.
Na hora que eu ergui meus olhos, diante daquela rua estranhamente escura, meus olhar se fixou a uma luz estranha. Lentamente, eu passei a reparar melhor em tal situação. Estando do outro lado da rua, eu observava aqueles carros de polícia acumulados pela rua e até calçada, cercando uma casa.
Encarando tal cena com seriedade, eu vi com clareza, eles colocarem um homem adulto dentro de uma das viaturas, sendo seguido por uma mulher bem arrumada até.
Meu ser, se negou a parar. Eu continuava o meu ritmo comum, apenas olhando de relance para a baderna.
Um dos policiais notou minha presença, mas fez pouco caso. Assim, eu voltei meu olhar a frente, e continuei a caminhar, sem muita preocupação eminente.
Quando eu virei, a rua, entrei em um beco próximo, finalmente soltando o ar que prendia.
Por que eles estavam na minha casa?
Meu coração batia absurdamente rápido, meu corpo tremia, meu ser estava em um choque intenso de medo. Eu continuava a sentir frequentes dores e pontadas. Era como se eu de fato, fosse infartar. A dor ia se tornando imensa, e pouco a pouco, eu não me aguentava em pé.
Eles sabem...
Peguei meu celular com as mãos tremendo, apertando desajeitadamente até finalmente encontrar o mural de notícias, e logo em terceiro lugar ali, eu vi o que não queria. Apertei, com a dor apenas se alastrando em meu corpo inteiro. Passei a ler.
"[...]Os políciais averiguaram toda a casa e não enontratam nenhum dinheiro, mas algumas armas de fogo, e nenhuma licença para tê-las. Esse pai de família, também traficante e dono de uma gangue que praticava profissionalmente lavagem de dinheiro falso, finalmente foi encontrado, a polícia ainda deve estar em processo de apreensão, mas esperamos por novas informações em breve. O pouco que sabemos, é que ele tinha uma esposa, e duas filhas; uma vida estável, se fosse adquirida com dignidade.[...]"
Eu não sabia mais respirar. Todo meu corpo estava em um alerta intenso. Levei as mãos aos cabelos, abaixando meu rosto, enxergando com clareza todas aquelas lágrimas cairem no chão entre meus joelhos erguidos, onde apoio meus cotovelos.
Meu corpo, não sabia responder a qualquer mensagem comum de meu cérebro, e até mesmo a minha mente, parecia ter parado. Naquele momento eu soube perfeitamente, que eu já estava morta.
Eu ainda tentei... esperar por ele.
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maybe it's... the best. /_ Laughing Jack
FanfictionAs vezes faz bem desistir, tanto para si mesmo, quanto aos outros. Mas nem sempre para os outros. _/Em processo de revisão.