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ѕєνєи ϲαρ

Ainda na mesma noite, eu me encontrava em meio a uma rua deserta como o normal. Na verdade, eu estava perseguindo uma pessoa. Um homem, de porte grande, ele tinha assobiado pra mim, então estou esperando minha deixa. Enquanto ele andava, falava no telefone, parecendo entretido na conversa.

Quando ele finalmente desligou aquele maldito celular, eu passei a andar mais rápido. Mas ele pareceu estranhar algo, e se virou, eu praticamente me joguei dentro de um beco que estava bem ao meu lado. Fiquei quieta, mas quando olhei pro lado, dentro do grande latão de lixo, vi um pedaço de madeira. O peguei. Olhei de relance para trás, e ele estava andando.

Eu respirei fundo.

Passei a correr até ele, em silêncio. E de repente, deu uma paulada em sua cabeça, fazendo a madeira quebrar. Ele cai duro no chão. Peguei em seu pé e o arrastei pra dentro do tal beco com pressa. Fui até o fundo do mesmo, bem fundo, e o coloquei ali no canto. Suspirei, cansada.

Ia andando, mas de repente, algo pegou meu pé. Eu tropecei e cai ajoelhada no chão. Olhei pra trás e era o cara, ele tinha acordado. Brutalmente eu chutei sua cara, ele geme e eu me levanto. Pego meu canivete e quando ia o cortar, ele tira algo de sua cintura, mirando em mim perigosamente.

Era uma arma.

- Sua vadiazinha burra... - disse, fraco pela pancada.

Eu estava travada.

Mas, de repente, eu vi o vulto de algo se aproximando numa velocidade anormal. Eu não tive tempo de desviar o olhar, apenas vi a cabeça do homem se estourar na parede ao lado. A marreta, o objeto que lhe atingiu com tanta força, caiu no chão junto ao corpo do cara. Todo o seu sangue, pareceu ter feito questão de jorrar em meu corpo.

Lentamente eu rolei meus olhos pro lado, ali vendo, algo estranho.

Uma pessoa... um homem com cabelos medianos, e fantasiado. Eu o encarei com seriedade, vendo ele se aproximar com uma indiferença pura. Eu não conseguia piscar.

Suas roupas variavam de preto a branco, listradas, possuía um nariz pontudo também nessas cores, seu rosto tinha uma maquiagem totalmebte branca, seus olhos pretos, e a boca também com um batom preto formando um sorriso medonho por mim. Seu ser, era medonho. Usava uma camisa listrada de manga cumprida, uma calça pouco larga de cor única, meias na canela, e eu via em suas mãos luvas negras... deviam ser luvas... com unhas compridas. Não exatamente garras, mas se pareciam muito. Seus olhos, por fim, eram cinzas quase brancos.

Antes que eu conseguisse ter o mínimo de noção, sons estranhos foram ouvidos, que se mostraram, sirenes da polícia. Eu congelei mais ainda.

O ser, se agachou, pegou a marreta, se levantou, e me olhou. Seu olhar dava medo. E então, ele estendeu a mão. Eu o encarei, e encarei sua mão. Provavelmente... ele quer me ajudar.

Mesmo hesitante, eu peguei em sua mão, vendo seu rosto se deformar em um sorriso grandioso. Os seus dentes eram comuns... só os seus caninos que eram mais afiados que o comum. Eu não sabia falar naquele momento. E foi quando, de repente, uma tontura começou a me atingir.

Em volta tudo se tornava preto lentamente, mesmo que eu ainda me sentisse em pé e acordada. A sensação que eu senti naquele momento, foi indescritível. Até que meus pés pareceram tocar o chão. O sentimento foi tão, que eu acabei cambaleando e precisando fechar os olhos por causa da tontura.

Quando eu olhei em volta, meu coração pareceu parar. Eu não estava no beco, não estava em lugar algum. O lugar que eu estava, era sinplesmente no meio de um campo imenso, formado apenas por grama. O céu nublado, transparecendo que poderia chover a qualquer hora. O vento era gélido, trazia um aroma estranho de morte.

Eu girei meu corpo, enxergando no fim de todo aquele campo, uma tenda estranha. Branca, bem grande até. Como um... circo...? Eu não estava mais ao lado daquele palhaço estranho.

Ainda estava com as mesmas roupas, e também, ensanguentada. Olhei ao chão, vendo ali, a marreta coberta de sangue. Olhei o tal circo, e olhei a marreta no chão.

Nunca se sabe...

Peguei a marreta e fui andando a frente. Quanto mais me aproximava, mais aquela coisa parecia crescer. Já meio assustada, eu parei em frente a entrada do lugar, que estava fechada. Suspirei, andando a frente, e empurrando a cortina pra poder entrar. No momento que pisei dentro do lugar, um espasmo forte me atingiu.

Por que... tantos corpos...?

- Bem vinda!! - uma voz me chama atenção, eu olhei pra frente, e ele estava lá, aquele ser listrado, que mais parece um palhaço depressivo. - A mi casa. - diz com sotaque espanhol.

- Eu morri...? - pergunto, o olhando. Ele estava afastado, sentado em cima do que parecia ser um "palco" redondo e bem pequeno, aqueles palcos onde mágicos sobem para fazer seus truques.

- Ainda não. - sorri.

- Como eu vim parar aqui? É um sonho? - olhei em volta.

- Te trouxe pra cá. - sua voz era estranhamente elegante, sei lá, tinha um tom meio sensual quando ele falava. Mas todo o seu ser, era estranhamente terrível.

- Então, me matou? - pergunto.

- Você não morreu, garota. - me encara, sério. - Estamos em minha casa, já disse.

O encarei uns momentos.

- Onde é a sua casa...? - pergunto.

- No inferno. - ele foi sarcástico, mas isso me deixou confusa. - De qualquer forma, deveria ser mais formal comigo. Eu te salvei.

- Tem certeza que eu não morri? - ele me olha feio. - Espera... me salvou?

- Os vizinhos denunciaram você, quando atingiu o cara com aquela madeira. - vai dizendo. - Olha, aquilo foi bem arriscado, mas eu amei! - ele ri, e sua risada, conseguiu superar toda a estranheza em seu ser. Seu riso, me deu arrepios.

- Moço... eu posso ir embora?

- Mas você acabou de chegar! - diz. - Fica mais um pouco, posso te deixar aonde quiser depois.

- O que quer... de mim? - perguntei, franzindo o celho. Ele parecia nem se incomodar com a marreta em minha mão.

- Hum... não sei. Você é bem divertida, Mei, seria legal se pudessemos brincar. - sorri.

Ele sabe o meu nome?

- Você é algum demônio...? Não tô entendendo nada. - falo.

- Me chamo Jack. - seu sorriso continuava ali. - E sim, eu sou um demônio. O seu demônio.

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maybe it's... the best. /_ Laughing JackOnde histórias criam vida. Descubra agora