Ele me disse para se arrumar, e ir logo. Então eu o fiz.
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Deixei meu cabelo solto e liso, normalmente. Saio do banheiro e vejo Jack deitado na minha cama, com os olhos meio fechados, olhando o nada.
- Tô pronta. - falo, num tom de voz baixo. Jack me olha.
Ele se levanta preguiçosamente, tirando uma faca de sua manga, literalmente, e me jogando a mesma. Eu peguei antes que me acertasse. O mesmo se colocou de pé, e veio até mim, me dando sua mão com um olhar preguiçoso ainda. Peguei na mesma, calmamente.
Demorou uns segundos, mas logo tinhamos chego em algum lugar, um beco, aparentemente. Escuro e úmido, tinha um cheiro bem ruim. Jack foi andando a frente e eu o acompanhei atrás, ele me olhou de relance quando saímos do beco, mas ainda continuou andando. O segui durante umas ruas. Jack passa a andar mais devagar e se coloca ao meu lado.
- Olhe ali. - ele diz, gesticulando a uma casa qualquer. - As luzes estão apagadas, vamos invadir e matar a família.
- Oi...? - o olhei, vendo um olhar calmo no mesmo. Parei de andar, e ele também. - Uma família? Eles te fizeram alguma coisa por acaso?
- Precisa...?
- Jack.. isso é demais pra mim. Eu não conseguiria. - falo.
Ele me olha, profundamente. Eu vi Jack se virar pra mim, com uma postura estranhamente perigosa.
- Eu não estou pedindo que faça isso. - diz, inclinando pouco seu corpo a frente, ainda me encarando, sem sequer piscar. Eu me sentia estranhamente a mercê de seu ser quando ele fazia isso, uma sensação forçada de submissão. - Você vai entrar lá, e matar cada ser vivo dentro da casa.
- Jack... - eu manti um tom normal, como uma advertência, mas aparentemente ele encarou como uma súplica.
- Você concordou que iria me obedecer. - joga na minha cara.
- Mas isso é demais! Eu nunca fiz nenhuma invasão. - falo.
- Você não é assim, Mei... - inclinou levemente sua cabeça ao lado. - Sabe bem que pode fazer isso e muito mais.
Olhei a casa, olhei Jack.
- Você pelo menos sabe quem mora lá? - pergunto.
- Se preocupa com isso? - ergue as sobrancelhas. - Como pode se dizer uma assassina, Mei?
- Eu nunca disse isso. Não quero matar uma família inteira, sendo que não fizeram nada contra mim. - falo, seriamente.
- Ainda não entendeu, não é? - seu sorriso foi meio perturbador pra mim, com sua mão direita, ele segurou a ponta de meu queixo, erguendo neu rosto para cima. - A sua opinião não valhe nada. Eu não me importo com o que você pensa, Mei. Você vai fazer o que eu mandar, quando eu mandar, e como eu mandar.
