Capitulo 16

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(Sexta-feira 22/11 18h:30min)

Estela Bernardes

Eu estava em meu quarto terminando de arrumar as malas quando Raianny entra.

-Amiga você acha que a gente ganha? -ela deita na cama ao lado da mala e fica me observando.

-Eu não consigo imaginar nenhum resultado possível, mas espero que sim. -sorrio de uma forma confortante e fecho a mala- você não vai se arrumar? Temos que estar no aeroporto daqui a duas horas, não sei você lembra disso.

-Eu lembro de tudo... -sorri e se levanta- daqui a pouco to aqui de novo -e assim ela sai do quarto.

Coloco a mala no chão e vou para o banheiro, tomo um banho rápido e volto para o quarto, como o voo vai ser de noite eu vou preparada para dormir, então coloco um conjunto preto de moletom e um All-Star. Prendo meu cabelo num coque alto e apertado e em seguida puxo a mala para a sala.

Olho no relógio e já são 19h da noite, então grito Raianny que não demora muito para sair do quarto puxando sua mala, ela me observa e ri.

-Você não tem vergonha de andar assim? -me encara.

-Não. -respondo simples- agora vamos logo -falo pegando meu celular e peço um Uber.

(...)

Ao chegar no aeroporto todas as meninas estavam lá, exceto Mari e Juliana pq foram junto com seus namorados.

O Voo durou cerca de 5/6h e quando chegamos lá já era tarde, não chegamos a falar com os meninos e provavelmente isso só aconteceria depois do jogo. Então apenas aceitamos e fomos para nosso hotel pq amanhã é o tão sonhado e esperado dia.

Matheus Thuler

Acordo no dia seguinte com algumas mensagens de Estela, uma avisando que chegou e outras me desejando sorte, sorrio com aquilo e respondo um "obrigada! Hoje vai ser o dia que tu vai pegar na taça da libertadores"

Em seguida deixo o celular sobre a cama e vou para o banheiro, tomo um banho e me troco, volto para o quarto e Vinicius estava deitado mexendo no meu celular.

-Virou bagunça? -o observo enquanto passo a toalha na cabeça.

-Para de render pra Estela, ela não te quer -ele brinca.

-Mas ela vai querer pô -pisco pra ele e jogo a toalha no mesmo.

-Vai-te a merda, Matheus -ele ri- vamos descer pq hoje é o dia. -se levanta.

- O dia que a gente vai colocar o pau na mesa e mostrar quem manda -brinco e caminhamos para fora do quarto.

(...)

Estávamos no vestiário já preparados para o jogo, eu colocava minha meia enquanto Rafinha fazia um discurso motivador, cada palavra que ele diz é um arrepio diferente. Termino de colocar a chuteira e ele termina de falar, todos batemos palmas e nos levantamos, nos abraçamos e assim começamos uma oração.

A hora do jogo chega, fazemos uma fila e caminhamos juntos até o túnel, lá já era possível ouvir os gritos da torcida e nesse momento eu confesso que minhas pernas bambearam.

Em seguida caminhamos todos para o campo e começa todo aquele rolê de início de jogo, ficamos em nossas posições e assim o árbitro autoriza o início do jogo "oooooh vai pra cima deles mengo" era tudo o que se podia ouvir.

O jogo começa com muita pressão, não conseguimos jogar, o time do River é raçudo e marcador o que impede a gente de fazer o show que estamos acostumados, aos 5min entro em uma dividida, duas cabeças e 1 bola e eu fiquei na pior dessa vez, sinto uma dor forte no nariz e logo abaixo, abaixando a cabeça também, fecho os olhos os apertando e sinto o sangue escorrer, rapidamente o médico e o massagista do time correm até mim e ficamos ali por um tempo paralisando totalmente o jogo.

The Beat of my Heart- Matheus Thuler Onde histórias criam vida. Descubra agora