Epílogo

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Amanhã é o aniversário de um ano do meu afilhado e cá estou eu dentro do avião super ansiosa pra ver ele. Além da festa de um ano dele, eu também consegui ser transferida para a sede da ESPN no Brasil e nunca estive tão feliz, eu amava Nova York, sempre amei, mas nada é melhor do que voltar pra casa.

Quando cheguei no Brasil fui direto para a casa de Raianny, ao chegar lá minha amiga não estava, fui para meu quarto e estava tudinho jeito que deixei quando saí. Troquei de roupa, liguei o ar, me deitei e não demorou muito pra eu pegar no sono.

(...)

-Amiga! — ouço o grito de Raianny e em seguida sinto seu corpo caindo em cima de mim — Que saudade. — ela fala enchendo meu rosto de beijos.

-Sai daqui sua sapatão. — falo rindo dela e a abraço também.

-Pensei que você só chegaria amanhã. — fala me olhando.

-Fiz uma surpresa, gostou? — sorrio.

-Eu amei. — ela ri — Você não imagina a loucura que foi ajudar a organizar essa festa do Lucas. — diz se sentando na cama.

-Graças a Deus eu não estava aqui. — falo rindo.

-Pois é, jogou seu afilhado pro alto. — ela me olha rindo.

-Quem pariu que mantenha e balance. — gargalho — Brincadeira, você sabe que me esforcei pra estar com ele.

-Eu sei amor, relaxa. — ela fala olhando ao redor — Pq você trouxe tanta mala, meu Deus. — ela fala guiando o olhar para mim.

-Você não vai acreditar. — a olho também.

-Acreditar no que?? — ela me olha com um sorriso se formando no rosto — Você vai voltar?

-Simmmm. — falo empolgada e ela me abraça se deitando em cima de mim novamente — Graças a Deus minha irmãzinha voltou. — fala me apertando.

-Para de ser grudenta. — falo rindo.

-Mas amiga. — ela senta na cama me olhando séria novamente.

-O que foi? — a olho sem entender.

-Você sabe, né? — fala.

-Sei de que, meu Deus? — falo preocupada.

-O Matheus, tá namorado. — fala fazendo uma expressão meio triste.

-Ah, eu sei... ela é linda, né? Eu vi umas fotos deles — falo a olhando.

-Você tá de boa quanto a isso? — pergunta.

-Lógico, o que a gente teve acabou, nossas vidas tem que seguir, né. — dou de ombros.

-Tá bom então. — ela ri — Vou pedir japa, quer? — fala se levantando.

-Tem alguma resposta diferente de sim pra essa pergunta? — falo me levantando e abro o guarda roupa em busca de uma toalha.

-As vezes eu esqueço que você é você. — ela ri e sai do quarto.

Rio dela, pego a toalha e vou para o banheiro, que saudade que eu estava dessa casa, até das rachaduras da parede.

(...)

Chegamos ao Copacabana Palace na festa de 1 aninho mais exagerada que eu já vi em toda a minha vida, o tema era "Lucas no céu" e a decoração estava absurda de linda, logo na entrada tinha o nome dele enorme com balões e ao entrar no salão tinham balões, pois é, tinham BALÕES em todas as mesas, eu, Raianny e Vinicius caminhamos juntos pelo local e escolhemos uma mesa.

Deixo minha bolsa lá e vou procurar o local em que deveriam ser colocados os presentes e advinha? Pois é, comprei uma chuteira para o meu afilhado de um ano. Coloco a caixa dentro do lugar de colocar os presentes e vou procurar Lucas, o encontro no colo da mãe dele tirando fotos, sorrio e caminho até lá.

-Deveria ter colocado migalhas no chão pra achar o caminho de volta pra minha mesa. — Falo olhando eles que se assustam e sorriem ao me ver.

-Meu Deus como você tá linda. — Geovana fala colocando Lucas no chão e os dois caminham até mim, ela me abraça e em seguida pego lucas no colo.

-Oi amor da dinda. — falo beijando sua bochecha e ele sorri e tenta dizer algo que obviamente eu não entendi.

-Aproveita que já tá aqui e vai tirar foto com ele. — Geovana fala me empurrando pra parte de trás da mesa e eu obedeço já que não tem outra opção.

Após tirar algumas fotos eu volto para o lugar em que estava, as pessoas já estavam chegando e tinham crianças correndo para todo lado, sorrio observando aquilo e caminho até minha mesa me sentando ao lado de meus amigos.

-O pessoal é bem pontual, né. — falo olhando meu relógio.

-Eu percebi isso também. — Raianny fala.

-Vinicius, a Geovana mandou você ir tirar foto com o Lucas. — falo o olhando e guio o olhar para raianny logo depois que Vinicius se levanta e sai da mesa. — Todo mundo chega, menos o resto da tropa.

-Pois é, todo mundo é bem pontual, menos eles. — ela ri e guia o olhar para a entrada, o sorriso que estava em seu rosto perde a forma e eu pra saber o que tava rolando guio meu olhar pra lá também.

Lá estava Matheus, ele caminhava junto com Gabriel e Dayanne e os três sorriam de algo, ao vê-lo eu percebo que eu ainda sou muito apaixonada por ele, muito mais do que eu pensava... os três param na entrada olhado para o corredor e logo a namorada de Matheus caminha até eles, ao ver aquilo meu coração aperta, então guio meu olhar para minha amiga novamente.

-Será que Vicky, Fernanda, Gabriel e Gerson vem? — falo tentando focar em outra coisa.

-Provavelmente sim. — ela responde.

-Amiga! — ouço a voz de Dayanne atrás de mim e me viro para olhá-la.

-Oi amor. — sorrio — Você tá muito linda. — falo me levantando e a abraço.

-Você tá mais ainda. — ela ri — Quanto tempo, pensei que você tinha desistido da gente.

-Eu também pensei. — Gabriel fala caminhando até mim e beija minha testa. — Tá gata mesmo. — ele ri.

-Tem espaço aí? — Dayanne fala sobre a mesma.

-Sempre tem espaço pra essa quadrilha. — falo rindo.

-Bora sentar aqui, viado. — Batista grita para Matheus que procurava uma mesa.

Por incrível que pareça, Matheus ainda não tinha me visto, quando Gabriel chama ele se vira pra ver onde seria a mesa, e guia seu olhar pra mim, primeiro contato visual que temos depois de todo esse tempo, Matheus sorri de canto e eu sorrio de volta, então ele segura a mão da namorada e os dois caminham juntos até a mesa e Matheus me cumprimenta com os dois beijinhos na bochecha.

-Estela, essa é Luana, Luana, essa é Estela. — ele fala nos apresentando e eu sorrio pra ela em cumprimento.

Logo nos sentamos, as coisas pareciam estranhas, Matheus n falava muito, em compensação sua namorada não calava a boca nem por um minuto. Quando o resto nossos amigos chegaram nós demos um jeito de colocar um zilhão de cadeiras na mesa pra ficarmos todos juntos.

(...)

Eu observava a minha mesa com meus amigos ali é só consigo pensar que no dia em que eu fui assistir ao meu Flamengo no Maracanã eu não sabia que minha vida mudaria tão drasticamente, nunca imaginei que estaria sentada numa mesa com uma parte do elenco da minha seleção e muito menos que um dia poderia chamá-los de amigos.

Quando comecei meu relacionamento com Matheus eu jamais imaginaria esse fim, e pior, é difícil saber que tudo acabou por minha causa. Eu sinto falta dele, muita falta, mas não tenho o direito de expressar isso, não posso tirar o direito dele de ser feliz, mesmo que não seja ao meu lado.

Essa é minha história e esse foi o rumo louco que ela tomou...

The Beat of my Heart- Matheus Thuler Onde histórias criam vida. Descubra agora