❎ - - - - - - CAPÍTULO 01 - - - - - - ❎

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Eu tinha duas regras principais na minha vida: Independência e Respeito

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Eu tinha duas regras principais na minha vida: Independência e Respeito. Se eu não recebo o que eu ofereço, bem, o preço a ser cobrado será bem alto, vulgo sua vida. É assim que funciona e nisso nada e nem ninguém vai mudar. É de dentro, algo que desenvolvi com o tempo.

Quando tinha 3 anos de idade, vi meus pais sendo sequestrados por russos. Ambos foram torturados na minha frente e só meu pai sobreviveu. Minha mãe era uma mulher forte, mas não foi criada para sobreviver, mas para cuidar. Essas duas palavras têm significados muito opostos, especialmente no mundo da Máfia.

Eu assisti “amigas” minhas crescerem sendo guiadas para serem boas esposas e perfeitas donas de casa. Muitas tinham uma fome enorme para se casar e encontrar o homem de suas vidas, mesmo que isso venha de um casamento arranjado com um completo desconhecido. É sério, eu vi isso e concluí que não era o que eu queria para mim. Jamais.

Depois que minha mãe morreu, eu fui criada entre os homens mais poderosos da Máfia brasileira - meu pai, Jordan, e meu irmão, Caio -. Portanto, digamos que fui privilegiada, já que minha educação foi diferente das demais mulheres da Máfia.

Eu brincava de luta com meu irmão quando éramos crianças, assistia aos treinamentos e meus amigos eram sempre os homens, já que eu não tinha irmã, e depois da morte da minha mãe, bem, ele nunca mais se casou ou se interessou por alguém. Então os pensamentos e a rotina dos homens da Máfia começaram a fazer parte da minha vida também. E isso começou a ser natural, tanto para meu pai, quanto para meu irmão e para mim. Então nunca sequer cheguei na ideia de querer me casar. Eu tinha outros objetivos em mente: estudar, treinar, estudar e treinar.

Sim, estudar para mim sempre foi muito importante. Porra, alguém precisa mostrar para esse mundo machista que mulher é tão capaz quanto um babaca que se sente o cara por portar uma arma. Não se preocupem, eu também consigo carregar um fuzil e garanto fazer um estrago com ele!

E treinar era outro objetivo que posso dizer já estar bastante avançada. Sempre amei aprender golpes de luta, ir à academia, ter uma boa alimentação - apesar de às vezes eu derrapar feio por conta dos hambúrgueres, mas acontece -... Tudo foi muito importante para mim, e digamos que minha posição hoje me trás muito orgulho de quem sou.

Muitas alianças nem se formaram quando os Capos de outras máfias descobriram que a “esposa troféu” seria eu em questão. Afinal, muitos sabem como funciona minha linha de raciocínio, e digamos que o que um homem machista mais odeia é ter do lado uma mulher decidida e que não diz “sim” para tudo. Prazer, eu!

Sinceramente, depois de tanto fora que já dei, não sei como ainda estou viva. Bem, talvez justamente por eu não abaixar a cabeça. E às vezes minha boca fala mais do que deve. Acontece de vez em quando, mas é normal se for analisar a minha personalidade em geral.

Mas dessa vez, eu não tive tanta sorte. Meu pai conseguiu uma aliança com um americano. Eu amo os EUA, e não abri a boca quando meu pai disse que eu iria viver lá, mas bem, ele e meu irmão ouviram muito, muito mesmo. E perderam um esportivo que custa uma fortuna quando eu resolvi dá uma “voltinha” de despedida do Brasil.

E cá estava eu, arrumando minhas malas para ir direto nas garras da Máfia americana. Eu não estava com medo, na verdade, já estava fazendo planos de faculdade e marcando os melhores lugares para visitar e conhecer. Porra, eu não vou reclamar. Estou indo para os Estados Unidos, é claro que estou empolgada!

Mas... Ao casamento... quero deixar claro que nem estou focando muito nisso. Qualquer coisa, se esse Capo forçar a barra, mato ele enquanto dorme e volto para meu País como se nada tivesse acontecido.

Não seria a primeira vez...

Bem, nas palavras do meu pai, ele parece ser um bom homem e que não me fará mal algum, mas que irá me proteger - ingênuo.

Mesmo meu pai sabendo de todas as minhas habilidades, ele ainda acredita que preciso de proteção. Certo, então.

Mas eu não iria sozinha. Estava sequestrando comigo meus melhores e únicos amigos: Mia e Jake. Ambos são meu grude inseparáveis, e já que eu ia morar fora do País, eles também iriam. Foi meio complicado eles conseguirem o Greencard, mas isso foi resolvido.

Eu iria casar com um americano, então estava mais despreocupada. Ao menos para alguma coisa esse cara serviu.

Respiro fundo, olhando em volta e vendo meu quarto quase vazio. Pego a última mala, a maior e mais cheia. Abro ela, vendo todas as minhas armas, sejam elas de corte ou de fogo, bem organizadas e prontas para serem levadas.

Em todos os meus aniversários, Jake sempre cria uma arma nova para mim, e sempre com um detalhe único, bem mais potentes que as armas normais. Dica da Amora: tenham amigos gênios.

Sorri, fechando a mala e pegando a outra menor. Eu certamente faria muitas compras lá, então não vi necessidade de levar tanta roupa.

Casar não era um problema para mim. Eu nunca me apaixonei por ninguém, então dane-se se estarei casada ou não. A questão vai depender do babaca que irei dividir o mesmo teto. Se ele for um pé no saco, bem, não vai ter aliança que me prenda. Mato todo mundo e acabou! Mas se ele for aturável, tudo certo. Curto minha vida e ele a dele. É assim que tem que ser.

E ele vai ter que aceitar minha participação na máfia!

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E aí? De primeira já dá para saber o que vai acontecer? Haha!

Atualização todas as quartas

PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero) Onde histórias criam vida. Descubra agora