Paro o carro alguns metros antes da mansão de Petrov, que estava cercada por soldados. Eles não me matariam pois certamente Petrov me quer viva. Mas eu queria entrar armada e isso eles certamente não deixariam.
Saio do carro, deixando ele ligado e o fazendo dirigir sozinho, no piloto automático. Pego uma Granada, puxando o pino e deixando dentro do carro, me afastando e observando o carro se aproximar dos soldados, que começaram a atirar sem pensar duas vezes, mas a Granada logo explodiu, atingindo a todos.
Era só o meu jeitinho de dizer que eu cheguei.
Suspiro, engatilhando a M4 e entrando calmamente na mansão, empurrando as portas de entrada, vendo Petrov na sala, me olhando sorridente, me avaliando da cabeça aos pés.
— Ah, Amora... quanto eu sonhei em te ver entrando por essa porta. E essa sua braveza só me excita ainda mais! — Petrov comentou. Suspiro, enojada.
— Onde está Yan?! — Questiono, vendo ele sorri.
— Ah, não se preocupe. Eu não o matei... ainda. — Insinuou. O encaro, impaciente.
— Eu vou perguntar mais uma única vez, se não der a resposta que eu quero, eu estouro seus miolos! Onde. está. Yan? — Questiono, pausadamente. Ele suspirou, batendo duas palmas.
— Você é tão anti-social... — Resmungou, e logo vejo dois homens aparecerem no topo da escadaria, segurando Yan, que estava sangrando na cabeça, mas já estava consciente. — Bem, o que acha de conversarmos... a sós? — Petrov insinuou, e antes que eu respondesse, vejo Yan empurrar um dos homens da escadaria, arrancando a arma das mãos do outro e socando seu rosto, o empurrando para baixo. Petrov resmungou, correndo para os fundos e falando algo ao celular. Corro até Yan, o avaliando e procurando algum outro ferimento mais grave, mas ele parecia bem.
— Você está bem? — Questiono, vendo ele assentir, com a mão na cabeça e me olhando em seguida.
— O que aconteceu com você? — Questionou, vendo os arranhões e ferimentos pelo meu corpo.
— Nada de anormal. Precisamos sair daqui. — Falo, puxando uma arma do meu coldre e lhe entregando, vendo mais soldados de Petrov entrarem na mansão, atirando em nós. Me abaixo rapidamente atrás dos corrimões da escada, disparando contra eles e Yan me ajudou.
— Pode segurá-los? — Yan questionou, me deixando confusa.
— O que está pensando em fazer? — Questiono, vendo ele se levantar, atirando nos que tentavam subir as escadarias.
— Só me dá cobertura. — Ditou, indicando com a cabeça. Assenti, me levantando e descendo as escadarias, desferindo um chute no queixo de um dos soldados, o derrubando da escadaria e fazendo ele cair por cima de outros dois. Continuo atirando, vendo Yan correr para os fundos, na mesma direção que Petrov havia ido. Ah, céus!
Depois de alguns minutos, a mansão foi dominada por soldados da Máfia canadense e americana, fazendo tudo entrar no controle. Respiro fundo, correndo para os fundos, vendo Yan terminando de amarrar Petrov, claramente irritado. Petrov estava sangrando no rosto, com o olho roxo e inchado. Certamente deve ter apanhado bastante por Yan.
— Eu vou matar vocês! — Petrov resmungou, se rebatendo. Yan suspirou, desferindo uma coronhada na cabeça dele com extrema força, o deixando inconsciente. E só então notou a minha presença.
— Não sou muito paciente. — Ditou, o que me fez sorri, um pouco cansada dessa confusão. Estendo a mão, e Yan logo a pegou, depositando um beijo curto em meus lábios, e logo retornamos para a sala, com Yan arrastando Petrov, vendo Eric e seus pais nos aguardando.
Sem que eu esperasse, a mãe de Yan me abraçou fortemente, me surpreendendo. Olho confusa para Yan, mas o mesmo estava tão surpreso quanto eu.
— Eu a julguei tão mal! — Exclamou. Isso devia ser uma pegadinha, claro que era!
— Como é? — Questiono, perdida. Ela sorriu, enxugando as lágrimas.
— Você salvou o meu filho. Você não o deixou para trás. Foi até o fim, arriscou sua vida por ele. Como mãe, eu devo minha vida a você. Não sei o que seria de mim se acontecesse algo com meus filhos. Muito obrigada, de verdade. — Declarou, me deixando ainda mais surpresa por suas palavras.
— Hm... Obrigada. — Balbucio, não sabendo ao certo o que dizer.
— Todos estão bem? — Yan questionou. Eric nos olhou, parecendo chateado, e apenas recolheu as armas, se retirando da mansão. Yan suspirou, querendo ir atrás dele, mas segurei seu braço, chamando sua atenção.
— Me deixa conversar com ele. — Falo, vendo ele me olhar confuso.
— Tem certeza? E se vocês... — Murmurou, chateado. Sorri, negando.
— Yan, depois do que fiz hoje por você, pode ter certeza que eu não me casaria com qualquer outra pessoa que não fosse você. Mas... eu preciso esclarecer algumas coisas com ele, ou então esse clima chato vai continuar para sempre. — Falo e ele assente.
— Eu vou levar Petrov para o Galpão. — Assenti, sorrindo e me despedindo com um beijo, saindo da mansão, avistando Eric encostado no carro, de braços cruzados e observando seus soldados limparem a bagunça que fizeram.
— Bom trabalho hoje... — Comento, chamando sua atenção. Ele me encarou, suspirando e desviando o olhar em seguida.
— Você fez quase tudo sozinha. Você que merece os créditos. — Balbuciou, o que me fez sorri, observando seus homens carregando os corpos e limpando o mar de sangue que havia ali.
— Eu também sou humana, Eric. Eu também canso. Yan estava cuidando de Petrov e russos não paravam de entrar na casa. Eu já havia sofrido um acidente na estrada, então... eu estava esgotada. Sorte que seus homens e a máfia canadense chegaram no momento certo. Um bom trabalho em equipe. — Ele me encarou, duvidoso.
— Eu fui um completo idiota com você. Desculpa... — Assenti, sorrindo.
— Tudo bem, são águas passadas. Além disso, ficamos quites.
— Então... o que isso significa? — Dou de ombros, estendendo a mão cordialmente.
— Amigos? — Questiono, e ele olha para minha mão, notando a aliança em meu dedo.
— Pelo visto é sério mesmo, não? — Suspiro, cruzando os braços.
— Eu não sou de brincar com as pessoas, Eric. Yan... é um homem maravilhoso. E eu estou descobrindo novos sentimentos com ele. Sentimentos bons. Você ama a Débora, não precisa mais negar. Petrov foi capturado, não precisa mais se preocupar com essa aliança entre você a máfia brasileira. Yan se preocupa muito com a família, e eu não quero esse clima chato entre nós a cada vez que nos encontramos. Podemos dá uma trégua? — Questiono, vendo ele suspirar, hesitante.
— Tudo bem... Se você prefere assim... — Murmurou. Sorri, o abraçando amigavelmente. — Eu realmente deixei um tesouro escapar... — Sussurrou, chateado. Me afasto de seu abraço, negando.
— Acontece que esse tesouro nunca te pertenceu. — Rebato, lhe virando às costas e encontrando com Yan, entrando no carro com ele e recebendo assistência médica dos homens que trabalham na máfia.
Minha escolha estava mais do que certa.
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PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero)
RomanceNão é toda princesa que deseja ganhar um príncipe encantado... E Amora Violet vai provar isso! PLÁGIO É CRIME!!! CRIE, NÃO COPIE :3