Analiso bem a situação na qual me coloquei. Eu sabia que esse dia chegaria, só não esperava que fosse tão rápido. Estava neste exato momento de frente com Jordan, atual Capo da Máfia brasileira, e decidindo se o teria como aliado ou não. Mas as alianças são feitas através de um casamento, e no entanto, eu já tenho namorada, Débora. Ela não faz parte de nenhuma família importante, ou seja, da Máfia, portanto, eu jamais poderia me casar com ela, apesar de já ter prometido isso. Vai ser difícil tentar explicar isso a ela, mas eu não posso fazer muito. Estou entre a cruz e a espada.— Os russos tentaram forçar uma aliança comigo. Eu rejeitei pelo bem da minha filha. Eles têm umas regras nojentas e que jamais concordaria. Além disso, não gosto nem um pouco do Capo Petrova. — Jordan explicou. Sorri, tomando um pouco do meu vinho.
— Bem... temos um inimigo em comum. Isso já é um ótimo começo. — Jordan riu curto, assentindo.
— De qualquer forma, se isso for se concretizar, eu quero saber como seria esse casamento. Minha filha já passou por muita coisa. Já a sequestraram incontáveis vezes. Eu quero esse acordo para protegê-la, não para fazer ela sofrer. — Suspiro, assentindo.
— Seria um casamento de fachada, Jordan. Não vou mentir e dizer que quero amá-la. Aliás, talvez sua filha pense da mesma forma que eu.
— Bem, nisso você tem razão. Ela vai enlouquecer quando souber que precisa casar.
— Mas se está preocupado com a forma como eu irei tratá-la, quero te deixar despreocupado. Não sou a favor da violência contra as mulheres e esse acordo é justamente para protegê-la, não? — Ele sorriu, assentindo.
— Em troca, você terá todos os meus soldados à sua disposição, sem contar os novos armamentos que o amigo da minha filha cria.
— Ele cria? — Questiono, um pouco surpreso.
— Sim. Jake é quem cria os nossos armamentos, ao menos a maioria. Ele é um gênio e não me pergunte como ele faz isso.
— Tudo bem, acho que estamos conversados. — Dito, assinando o documento pré-nupcial. Jordan sorriu, se levantando, fiz o mesmo, o cumprimentando.
— Certo, dentro de um mês, minha filha virá para cá. Eu só... preciso de um tempo para convencê-la. — Sorri, assentindo.
— Não tenha pressa. Boa sorte.
. . .
— Casar?! Que história é essa, Eric?! — Débora exclamou, se levantando da cama rapidamente e vestindo uma camisa minha. Deixo um suspiro escapar. Eu já sabia que não seria fácil fazer ela entender.
— Calma, Deh. Eu fiz um acordo com o Capo da Máfia Brasileira. Sabe muito bem que é necessário. O Brasil é um país na qual eu tenho interesse e eles pediram uma aliança comigo. Eles estão sendo atacados e querem proteger a filha. — Explico calmamente, mesmo tendo a certeza que Débora ignorou todas as minhas palavras e iria surtar a qualquer momento.
— Não estou nem aí! Por mim que morram! Você prometeu casar comigo! Eric... não pode fazer isso comigo. — Murmurou, chorosa. Suspiro, me levantando e indo até ela, pegando suas mãos e a beijando intensamente.
— Amor, não se preocupa. É um casamento de fachada. Eu sempre vou amar você. Tudo bem? — Ela continuou com aquele biquinho formado, contrariada, mas não disse nada, o que me deu carta branca para beijá-la e tomá-la em meus braços mais uma vez naquela manhã, tentando fazê-la esquecer esse assunto por enquanto, pois estou ciente que ainda escutaria muito dela, especialmente quando minha “querida” noiva chegasse, ou seja, daqui um mês.
Certamente uma patricinha mimada.
As mulheres da Máfia geralmente são criadas como rainhas, porém, sem consciência de que vivem entre linhas de fogo, portanto, as alianças são feitas especialmente para a proteção delas. E agora não seria diferente, o que me cansa só de pensar.
Seria uma batalha dura, mas seria bom ter mais aliados.
. . .
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PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero)
RomanceNão é toda princesa que deseja ganhar um príncipe encantado... E Amora Violet vai provar isso! PLÁGIO É CRIME!!! CRIE, NÃO COPIE :3