❎ - - - - - - CAPÍTULO 20 - - - - - - ❎

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— Amora, eu quero entender que palhaçada é essa?! — Meu pai exclamou ao telefone, impaciente

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— Amora, eu quero entender que palhaçada é essa?! — Meu pai exclamou ao telefone, impaciente.

— Pai, se acalme. Eu tenho meus motivos. O Yan não te contou? — Ouço ele suspirar, claramente irritado.

— Sim! Ele me contou tudo que aconteceu, mas eu quero ouvir de você! Que história mais absurda é essa?! Você fez Yan cancelar um possível acordo e agora vai casar com ele?! Sabe muito bem que as pessoas vão comentar isso, e não vão ser elogios. — Reviro os olhos, parando em frente ao espelho e penteando meus cabelos.

— Que falem! Eric esgotou minha paciência, papai. Ele teve a coragem de me bater!

— Sim, e saiu com uma costela quebrada pelo o que eu soube! Por que estavam brigando?! Ele era um rapaz tão gentil.

— Gentil é cacete! Ele já tinha uma namorada e disse que não iria terminar com ela. Nós brigamos e acabamos em uma briga. O Yan me ajudou muito, papai. E... eu não me importo de casar com ele. — Murmuro, suspirando fundo. Meu pai passou alguns segundos em silêncio, mas logo falou:

— Tudo bem, Amora... Ele também é um ótimo aliado. E espero que ele realmente te proteja. Você se sente melhor com ele? — Sorri, me sentando na cama.

— Sim, pai. Ele me entende. E nunca duvidou do meu potencial.

— Ai... tudo bem, filha. Enquanto você se sentir bem, eu aceito. — Sorri, suspirando.

— Obrigada, papai. Eu te amo muito.

— Eu também te amo, meu amor. Fica bem.

— Pode deixar! — Me despeço, encerrando a ligação e vestindo o roupão de banho. Não demorou nem cinco segundos para alguém bater na porta do meu quarto. Abro a porta, vendo uma senhora, vestindo um uniforme e me olhando amigavelmente.

— Suas coisas chegaram, senhorita. — Informou, entregando minhas malas. Ah, isso foi um alívio enorme.

— Nossa, que rápido! Muito obrigada, senhora. — Agradeço, vendo ela sorri e se retirar. Carrego minhas malas para dentro do quarto, fechando a porta. Confiro se minha mala com as armas estavam intactas. E felizmente estavam.

Aproveito para procurar uma roupa para vestir. Um shortinho preto brilhante, uma blusa branca de ombro caído, e levemente transparente, revelando um pouco o sutiã de mesma estampa que o short e coturnos negros.

Após secar meus cabelos com o secador, prendo em um rabo de cavalo alto e passo um brilho labial, apenas para minha boca não ressecar. E estou pronta! Para fazer o quê? Essa é a questão ainda não resolvida.

Resolvo descer para conhecer a mansão. Era realmente linda e de arquitetura moderna. Havia quadros de pintores famosos por todos os lugares, e logo descobri uma enorme biblioteca, com uma vasta escolha de livros. Alguns até estavam sob a mesa, com páginas marcadas. Já notei o quanto Yan gosta de ler e que talvez esse seja seu passatempo favorito.

Após me perder algumas vezes, finalmente encontro a cozinha. Aquela mesma senhora que levou minhas malas estava lá, preparando o jantar.

— Olá! — Chamo sua atenção. Ela me olhou, surpresa com minha presença.

— Ah, oi senhorita. Precisa de alguma coisa? — Questionou, prestativa. Sorri, ponderando.

— Sim. Que pare de me chamar de senhorita. Me chamo Amora. — Ela sorriu, envergonhada, mas assentiu.

— Tudo bem, menina Amora. Deseja comer alguma coisa? — Penso à respeito. Eu realmente estava com fome.

— O que tem pronto aí? — Questiono e ela dá de ombros, conferindo a geladeira.

— Muitas coisas. Frutas, bolo...

— Eu quero um pedaço de bolo, por favor. — Peço, nem deixando ela terminar. Ela riu, assentindo e pegando o bolo lindo e de chocolate. Ela cortou um pedaço generoso para mim, na qual agradeci, pegando um garfo pequeno para começar a comer. — Como você se chama? — questiono, me apoiando no balcão enquanto saboreava meu bolo.

— Magda.

— Escuta, Magda... Como é o Yan? Você deve conhecê-lo, não? — Questiono, curiosa. Ela sorriu de imediato, mexendo um molho na panela. Eu resolvi ajudar, cortando alguns legumes.

— Ah, o Yan é um tesouro que Deus me deu. Eu conheço ele desde que nasceu, peguei ele nos braços. Depois que ele veio morar sozinho ele fez questão de que eu viesse junto. Sabe o que ele disse para os pais? Que me levar com ele significava ter um pedacinho da mãe dele com ele. — Falou, emocionada. E eu estava sorrindo que nem uma idiota ouvindo isso e imaginando uma cena linda.

— Que amor...! — Exclamo e ela assente.

— Sim... Até demais. Yan sempre foi um menino de ouro. Gentil com todo mundo. Muitas vezes esqueceu até de si mesmo. Fiquei tão aliviada quando ele decidiu morar sozinho. Os pais dele faziam muito a cabeça do meu menino. Às vezes Yan queria brincar na rua com os amiguinhos de escola, mas os pais proibiam, mandando ele estudar e treinar. — Comentou, suspirando pesado. — Mas isso nunca lhe tirou a educação e a gentileza. Eu já estive doente, muito doente. Ele não me deixou trabalhar por dois meses, contratou os melhores médicos e continuou me pagando o salário, mesmo que eu só estivesse lhe dando despesas. Eu nunca vou encontrar um homem tão bom como ele. — Sorri, sabendo que eu havia feito a escolha certa. Yan era exatamente o tipo de homem que eu admirava. Não é por causa da riqueza e poder que deixa os outros de lado. Não. Ele ajuda e faz o possível para que os outros se sintam bem.

— Boa noite! — Yan exclamou, entrando na cozinha e sorrindo para nós duas. Ele abraçou Magda, lhe dando um enorme beijo na bochecha, que me deixou sorrindo que nem uma idiota, e logo veio em minha direção, beijando o topo da minha cabeça. — Espero que tenha sido bem recebida. — Yan comentou, risonho.

— Ah, eu conheci uma linda admiradora sua. — Brinco, sorrindo para Magda, que estava vermelha de vergonha, sorrindo largamente.

— Ah, então quer dizer que as duas estavam falando de mim? — Yan brincou.

— O quê? Jamais. — Me faço de desentendida, pegando meu bolo e saindo da cozinha indo até o sofá e me sentando no mesmo, ainda rindo da conversa.

— Espero que ela tenha lhe dito coisas boas de mim. Minha orelha esquerda já estava ardendo. — Yan brincou, se sentando ao meu lado. Eu ri, revirando os olhos e comendo um pedaço do bolo.

— Só falamos mal mesmo. — Provoco, vendo ele me olhar incrédulo.

— O que eu fiz para vocês?! — Questionou, se fazendo de magoado.

— Quer um pedaço? — Lembro de oferecer o bolo.

— Achei que não ia oferecer. Eu aceito. — Falou, rindo e abrindo a boca. Sorri, desacreditada, pegando um pedaço do bolo e lhe dando na boca, mas acabei sujando ele com calda de chocolate sem querer, já que eu usava garfo e não colher.

— Ah, merda! Desculpa. — Peço, limpando o canto da sua boca, mas com as mãos eu estava só espalhando mais ainda. Yan segurou meu pulso gentilmente, me encarando.

— Eu conheço um método melhor... — Balbuciou, se aproximando de mim. Eu nem ao menos consegui me mover.

Bem... talvez eu não quisesse me mover.

PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero) Onde histórias criam vida. Descubra agora