❎ - - - - - - CAPÍTULO 06 - - - - - - ❎

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Respiro fundo, encarando Amora sem saber ao certo por onde começar

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Respiro fundo, encarando Amora sem saber ao certo por onde começar. Aquela mulher mal chegou e já estava bagunçando minha vida da forma mais inesperada possível.

— Certo. Primeiro eu quero saber tudo o que você sabe. A forma como derrubou dois dos meus melhores soldados não foi sorte de principiante. — Falo, vendo ela sorri, assentindo.

— Eu nunca vou ser a vítima, Eric. Eu cresci em meio ao mundo podre dos homens. E com o tempo entendi que, ou eu aprendia a me desenvolver, ou morreria no meio de lobos. É simples. — Ditou com um tom calmo.

— Então você foi treinada por eles? — Questiono, querendo realmente confirmar.

— Sim. Meu irmão e meu pai são muito protetores, e depois de ser tantas vezes sequestrada por inimigos, eu fui aprendendo técnicas de sobrevivência, e com isso, meu pai me treinou junto com meu irmão. Afinal, eu sou a “princesa” da Máfia, então preciso saber me defender. — Assenti, suspirando. Não sabia como iria lidar com isso.

— O que espera de mim e desse casamento? — Questiono e ela me encara, parecendo pensar bem em sua resposta.

— Posição. — Respondeu, simples e rápido. Mas eu não havia entendido o que ela quis dizer com aquilo.

— Como assim? — Ela se levantou, cruzando os braços.

— Quero participar da Máfia. Posso realmente te ajudar, Eric. Eu não quero ficar parada. — Ditou, e eu a olhei como se ela fosse uma louca. Bem, talvez seja.

— Da Máfia?! Esquece, Amora! — Exclamo, fazendo menção de sair, mas ela segurou meu braço, me fazendo encostar na mesa novamente.

— Depois de tudo acha que eu não sou capaz?! Eric, eu atiro e luto muito melhor que muitos dos seus homens. Você já teve uma pequena prova disso. Se tem tanta dúvida, vamos fazer um teste amanhã. Escolhe a prova que você quiser e eu faço. Se ainda tiver dúvidas depois disso, tudo bem. — Achei a proposta interessante. Mas pensei bem antes de responder.

— Certo... vou pensar nisso. — Ela sorriu, assentindo. — E você? Alguma pergunta a me fazer? — questiono, cruzando os braços. Mas acho que eu já tinha uma ideia do que ela ia me dizer.

— Certo. Primeiro, o óbvio. Sua namoradinha maluca. Até onde pretende seguir com isso?

— Amora, eu amo ela. E não penso em deixá-la. — Respondo sincero, vendo ela apenas balançar a cabeça positivamente.

— Certo. Então isso significa que também posso arrumar um namorado. — Ditou, e rapidamente endireitei o corpo, a encarando seriamente.

— Como é que é?! Nem pensar! — Ela me encarou, parecendo não entender. — Amora, se você faz parte da Máfia, sabe muito bem como são as regras básicas. — Ela cruzou os braços, me encarando.

— Homem pode trair, mas a mulher tem que ser fiel e ficar calada? Acho que já deu para perceber que não faço parte desse tipo. Direitos iguais, amor. Se você pode, eu também posso. — Suspiro, sabendo que isso ia ser cansativo.

— Amora, não pegaria bem, nem para mim, nem para você. — Argumento, vendo ela revirar os olhos.

— Tudo bem. Se não quer que eu seja “infiel”, saiba que eu vou exigir o mesmo. — Bufo, não sabendo mais lidar e conversar com aquela mulher.

— Amora...

— Estamos conversados, Eric! E pense bem no que vai fazer. Porque eu farei o mesmo ou até pior. — Ditou, saindo do escritório.

O nome disso é Teste de Paciência!

Depois de algumas horas a mais finalizando algumas coisas do meu trabalho, subo para meu quarto, me assustando ao ver várias roupas da Amora espalhadas pelo quarto, todas cortadas, o que me fez lembrar da briga infantil entre Amora e Débora. E por falar em Amora, logo a vejo deitada em minha cama, dominada por um sono profundo.

Depois de tudo, ela realmente devia está cansada.

Retiro meu paletó e minha camisa, seguindo para o banheiro, desejando um longo banho quente e uma noite de descanso. Amanhã eu certamente seria infernizado pelo ciúmes de Débora, e talvez ela invadisse meu quarto pela manhã.

Ainda era estranho não ter Débora ao meu lado na minha cama. Foi a primeira e única mulher que eu havia levado para meu quarto, para a minha cama, e agora havia outra, uma muito mais cabeça dura, e que se eu for analisar bem, parece ser o meu eu na versão mulher.

Após vestir uma calça de moletom cinza e secar meu cabelo com a toalha mesmo, deito no lado vago da cama, fitando Amora dormindo. Os cabelos ruivos espalhados pelo travesseiro e a respiração lenta. Quem olhasse assim, nem imaginaria o furacão de mulher que ela é quando está acordada. E lembrei vagamente, que antes de conhecer Débora, eu desejava uma mulher autossuficiente assim, que não precisava de ninguém para viver. Pode me dá dor de cabeça, mas eu realmente admiro mulheres assim, que são decididas.

É uma pena o destino ter atrasado no meu pedido de anos atrás.

PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero) Onde histórias criam vida. Descubra agora