❎ - - - - - - CAPÍTULO 17 - - - - - - ❎

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Amora já havia adormecido enquanto eu limpava o ferimento

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Amora já havia adormecido enquanto eu limpava o ferimento. Seu pescoço estava vermelho ainda, então passei uma pomada, na tentativa de diminuir a irritação na pele. Mas ao que parece, Eric realmente iria precisar de um hospital.

Ergo o corpo de Amora um pouco, com cuidado para ela não acordar, puxando o edredom e a cobrindo. Depois dessa ela precisaria dormir.

Saio do quarto, vendo Flora parada no corredor, de braços cruzados e me encarando seriamente.

— Agora vai me dizer o que estava fazendo com essa mulher no quarto?!

— Não viu que ela estava machucada, Flora?! — Ela bufou, passando a mão nos cabelos impacientemente.

— Então que fosse para o hospital. Até quando ela vai ficar aqui?!

— Flora, menos. Eu decido quanto tempo ela vai ficar ou não. Por favor, vá descansar, eu preciso sair para resolver uma coisa com meu irmão.

— Você não para mais em casa?! Quando vai ter tempo para mim? Eu sou sua noiva, Yan! — Respiro fundo, passando a mão no rosto em puro nervosismo.

— O que você precisa, Flora? — Questiono, um tanto quanto cansado. Ela refletiu, me encarando.

— Um cartão de crédito novo pelo menos. — Assenti, pegando minha carteira do bolso e pegando um dos cartões ilimitados, entregando a ela.

— Pronto. Agora vá descansar e amanhã você pode sair. — Ela assentiu, sorrindo e me abraçando, seguindo para o seu quarto.

Respiro fundo, passando a mão em meus cabelos e pegando novamente as chaves do meu carro, entrando no veículo e dando partida, indo em direção a casa de Eric. Ele iria me dá uma boa explicação por tentar matar Amora.

Assim que chego na casa dele, vejo a sala já sendo arrumada pelos empregados, enquanto  Eric estava no sofá, com um saco de gelo nas costas e Débora limpava seu rosto com um algodão úmido.

— Eric. Agora você vai me explicar o que aconteceu aqui. — Falo, chamando sua atenção.

— Você não viu?! Agora mulher é maluca! Achei que seria uma boa esposa, mas ela quase me matou!

— E teve motivos! Pois até eu estou querendo fazer isso! — Eric revirou os olhos, afastando Débora.

— Amor, vai lá para o quarto. Depois eu vou. — Ela apenas assentiu, sorrindo fracamente e subindo para o quarto, finalmente nos deixando a sós. Me sento ao lado de Eric, de frente para ele.

— Eric, uma das nossas regras mais valiosas é respeitar a família. Isso inclui as mulheres, especialmente nossas parceiras. — Falo e Eric suspira, abaixando o olhar.

— Eu sei disso. Estou arrependido de ter começado. Mas ela me comparou com aquele desgraçado do Petrov. Eu não me controlei. Perdi a cabeça e acabei... dando um tapa nela, mas aquela garota quase quebrou minha coluna na mesa! Eu realmente não quero uma maluca dessas dormindo ao meu lado. — Reviro os olhos, balançando a cabeça.

— Você é doente! Como pode não enxergar a mulher valiosa que tem? Ou melhor, que tinha. Porque depois disso, Amora nunca que iria aceitar se casar com você. — Ele deu de ombros, suspirando.

— Pouco me importa. Estou farto dela e de ver ela causando confusão com Débora e com as outras pessoas.

— Você não a entende, Eric?! Ela só está irritada. E a culpa é sua! Se você a tratasse como devia, ela não sairia por aí batendo nos outros ou fugindo de noite. Ela só quer ser respeitada e aceita como ela é. Você é tão burro de não conseguir enxergar isso?! — Ele desviou o olhar, negando.

— Eu não tenho essa sua paciência. — Nego com a cabeça, desacreditado.

— Você ainda vai se arrepender de estar fazendo isso, Eric. Vai perceber que perdeu uma joia rara. — Falo, saindo dali, e retornando para minha casa.

Retiro o paletó, deitando no sofá da sala. Eu não dormia com Flora, justamente por não querer alimentar falsas esperanças. Eu não sabia se seguiria com este acordo, apesar de ser uma boa aliança, mas eu realmente não queria que Flora entendesse errado. E como ela insistia em dormir no meu quarto, eu preferia dormir em qualquer outro lugar. E não me incomodo com isso. Já estou acostumado.

Respiro fundo, pegando um livro que eu estava lendo há algum tempo, e me acomodando no sofá, lendo até o sono me atingir, o que não demorou muito, já que o dia de hoje não foi nem um pouco convencional.

. . . . .

— Yan... — Ouço alguém me chamar. Abro os olhos devagar, achando ser uma espécie de sonho ao ver Amora, sorrindo docemente, com os cabelos levemente desgrenhados e usando um casaco masculino que ficou perfeito nela. — Yan? — Ela chamou novamente, o que me fez perceber que não era um sonho, me lembrando automaticamente de ontem.

Céus, eu estou enlouquecendo!

Alcanço meus óculos de grau na mesa de centro, os colocando e me sentando no sofá, sentindo minhas costas doer em pela noite mal dormida. Bem, quem iria dormir bem depois do que aconteceu ontem?

— Bom dia. Suas costas estão melhores? — Questiono, empurrando meus cabelos para trás, amarrando o que dava com uma liga fina, mas a franja era mais curta, então continuava solta.

— Estão. Desculpa te acordar tão cedo, mas eu queria agradecer por ontem. Você me ajudou bastante... — Murmurou, com um leve tom rosado em suas bochechas. Ela estava corada? Sorri ao pensar nisso.

— Não foi nada. Sabe que pode ficar aqui o tempo que precisar, não sabe? — Ela sorriu, se sentando ao meu lado, empurrando uma mecha do seu cabelo para detrás da orelha.

— Eu agradeço, mas... acho que aquela mulher não gostou muito de mim. Mas não se preocupa. Eu tenho amigos, tenho dinheiro. Posso me virar. — Ditou, me deixando intrigado.

— Não vai voltar para a casa de Eric? — Ela revirou os olhos, negando.

— Só se for para matá-lo. Não. Não vou voltar e não vai mais ter casamento. Não me importa o que digam.

— Mas e Petrov, Amora? Eu sei que você pode se defender muito bem... mas mesmo assim precisa de ajuda, de uma aliança para assegurar sua vida. — Comento, preocupado. Ela suspirou, dando de ombros.

— Tudo que eu sei é que não quero mais Eric perto de mim. Nem que eu tenha que arcar com as consequências. Mas... de qualquer forma, obrigada por ontem. E... me desculpa por ter te xingado no escritório. — Pediu, o que me fez ri.

— Não se preocupa. E... assim que arrumar um lugar para ficar, me avisa, pode ser? — Peço, entregando meu cartão de telefone a ela. Amora sorriu, assentindo e se levantando.

— Bom, então é isso... Até logo... — Murmurou.

— Precisa de carona? Eu posso te levar. — Ela negou, sorrindo.

— Tudo bem. Eu me viro. Vá dormir em um quarto. Sua cara grita por descanso. — Avisou, rindo docemente e acenando para mim, saindo de casa.

Por que eu não tive a sorte de tê-la ao meu lado...? Ela é o tipo perfeito!

PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero) Onde histórias criam vida. Descubra agora