❎ - - - - - - CAPÍTULO 02 - - - - - - ❎

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Capítulo fora do dos dias de atualização por quê sim

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Capítulo fora do dos dias de atualização por quê sim. Estou inspirada, e estou publicando logo porque sou ansiosa. Beijos!

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Respiro fundo, empurrando os óculos de leitura para cima enquanto analisava a tabela no Excel na qual organizava a entrada e saída dos produtos das minhas empresas fora do País, o que me dava uma certa dor de cabeça quando chegava os relatórios para me certificar de que tudo corria bem, incluindo o andamento das minhas finanças.

— Hey, Eric! — Leon adentrou meu escritório, parecendo preocupado. Leon sempre foi um grande amigo meu, um irmão praticamente. Certas coisas na máfia eu só confiava nele. Mas devo admitir que ele me ultrapassou na categoria de “cafajeste”.

— Sim? — Questiono, não tirando o olhar da tela, enquanto alcançava a minha inseparável caneca personalizada com café forte, bebericando um pouco do líquido quente.

— Sabia que sua noiva chega a qualquer momento? — Leon me avisou o que todos resolveram me dizer hoje. Parece até que eu iria receber a rainha da Inglaterra. Suspiro, novamente empurrando a porcaria do óculos que insistia em escorregar vagarosamente pela ponte do meu nariz.

— Sim. Já sei. — Respondo, vago, não dando tanta importância. Ela iria ter uma vida de princesa, assim como o pai dela me pediu para fazer, então não iria reclamar se eu não a recebesse. Eu tinha trabalho demais para resolver e não é como se não fôssemos nos vermos. Uma hora ou outra isso iria acontecer.

— E... vai ficar trancado aqui? — Leon questionou, como se fosse uma surpresa.

— Algum problema? Tem soldados, empregados, até mesmo você pode recebê-la. Se vira! — Exclamo, um tanto quanto impaciente. Digamos que paciência não é o meu forte.

— Olha, eu até faria isso, mas... a Débora está aí. — Ergo o olhar, agora realmente preocupado.

— O quê?

— Ela não permitiu que tirassem as coisas dela do seu quarto. Você sabe que sua noiva irá dormir lá, né? Bem, acho que você não vai dormir com as duas na sua cama... ou vai? — Bufo, me levantando e salvando minhas mudanças no computador, o desligando em seguida.

— Larga de falar besteiras! Óbvio que não! Eu conversei com Débora, por que infernos ela está sendo tão teimosa?! — Exclamo, abandonando os óculos em minha mesa e seguindo para a sala principal, onde vi Débora sentada no sofá, lendo uma revista como se nada tivesse acontecendo. — Débora! — Chamo, e ela me olha com um olhar inocente, como se não entendesse o motivo da minha ira. Eu a amo, mas às vezes quero esganá-la!

— Sim, amor?

— Débora, já conversamos sobre isso. Não vou repetir porque não estou com tempo para joguinhos de ciúmes. Por favor, retire suas coisas do meu quarto. Você sabe muito bem como isso funciona. — Ela bufou, largando a revista e se levantando, parando na minha frente e cruzando os braços.

— Por que está me tratando assim?! Essa mulherzinha nem chegou e já estão todos loucos querendo agradá-la! Se importa com ela, Eric?!

— Me importo porque irei me casar com ela!!! — Explodo, impaciente. Vejo Débora se calar, com os olhos marejados, e só então percebo a idiotice que falei. Não era mentira, mas Débora não precisava ouvir isso. Suspiro, buscando me acalmar. — Débora... eu não quero brigar com você. Por favor, não dificulte as coisas. Sabe bem que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Se não retirar suas coisas, vou ter que mandar algum empregado fazer isso.

— E vai deixar que seus homens mexam nas minhas calcinhas? — Provocou, me tirando o pingo de paciência que me restava. Mas antes que eu pudesse agarrá-la e mostrar quem mandava naquela porra, a porta se abriu, causando um silêncio total na sala.

Vi uma ruiva baixinha adentrar minha casa, carregando duas malas e uma mochila. Ela sorria, olhando cada detalhe da sala principal, às vezes até passando as mãos levemente nos quadros caríssimos nas paredes e nas estátuas espalhadas pelos cantos, decorando cada parte.

Que gata... — Ouço Leon murmurar atrás de mim, não tirando os olhos da ruiva, que trajava um shortinho básico, jeans rasgado, e uma camisa preta com a estampa de alguma banda de rock na qual desconheço.

— Hey, tudo bem? — Ela se aproximou, finalmente notando nossa presença. Falava um inglês perfeitamente, o que eu também não esperava. Bem, talvez sim, já que ela foi provavelmente muito bem educada pelos pais.

— Quem é você? — Débora questionou, sem a menor discrição da sua raiva. A ruiva a olhou de cima abaixo, mas não retirou o sorriso. Mas algo me diz que aquele sorriso estava apenas disfarçado de doçura.

— Amora Violet. É aqui que mora um tal de... — Ela remexeu no bolso do short, pegando um pedaço de papel e o lendo. — Eric Graham? — Murmurou, o que me fez perceber que eu estaria completamente ferrado. A ruiva maravilhosa era a minha noiva, e eu certamente não teria um minuto de sossego com Débora. Ela certamente iria se tornar mais ciumenta do que já é.

— Sim, sou eu. — Falo, vendo ela finalmente me encarar nos olhos, assentindo.

— Menos mal. Você anda e não usa bengala. — Brincou, rindo do próprio comentário. Leon riu também, mas assim que eu o olhei, ele se calou, fingindo não achar nada engraçado. — Onde é meu quarto? Aliás, eu trouxe meus amigos para conhecer a mansão, caso não se importem. Bom, eu vou morar aqui, então tenho direito também, né? — Brincou, e só então vejo duas pessoas entrando em minha casa. Um rapaz, parecendo ser até jovem, e uma moça, que parecia ter a mesma idade que Débora e Amora.

— Olá! Eu me chamo Jake e essa é minha amiga Mia. Tudo bem? — O rapaz se apresentou, estendendo a mão, o que me fez recordar a conversa com Jordan.

— Jake? Você é quem cria as armas para a máfia brasileira? — Questiono, vendo ele sorri.

— Eu mesmo. É quase um Hobbie. — Brincou, risonho, cumprimentando Débora e depois Leon, e acho que não fui o único a perceber uma certa demora entre os dois, mas não me importei. Eu só estava estranhando a quietude de Débora, mas a cara de irritada dela estava bem nítida.

— Olá. Eu sou a Mia, como o intrometido já disse. — A morena cacheada se apresentou, sorrindo docemente e apenas acenando, correndo para acompanhar Amora que não esperou ninguém para acompanhá-la pela casa. Elas duas subiram as escadarias, rindo e conversando, como se já fossem de casa. Brasileiros são bem desinibidos pelo visto.

— Quem essa garota pensa que é?! — Débora finalmente quebrou o silêncio, quando ficamos novamente só nós três na sala.

— A nova dona da casa? — Leon provocou, e Débora arremessou a revista que lia no mesmo, que se escondeu atrás de mim, rindo.

— Dona coisa nenhuma! É só um troféu que Eric está sendo obrigado a manter aqui!

— Devo dizer que está devidamente enganada. — Leon ditou, certamente querendo deixar Débora mais irritada do que já estava. E nessa brincadeira, o final só sobrava para mim. — Eric não foi obrigado a nada. Ele está cumprindo uma regra que poderia ser cumprida daqui à anos. Mas ele escolheu ser agora. Então, baby... A ruiva acaba de tirar sua coroa de dona da casa. — Provocou, fazendo Débora espumar de raiva.

— Eu te odeio, idiota! — Exclamou, brava, e logo me encarou. — Não pense que vou aceitar isso, Eric. Não mesmo! — Ela não esperou uma resposta. Apenas saiu de casa, batendo a porta.

— Obrigado. — Ironizo, encarando Leon, que apenas sorriu inocente.

— De nada, chefe!

Ótimo! Trabalho triplicado!

PROMETIDA AO DIABO - A Era Das Alianças (Romance Hetero) Onde histórias criam vida. Descubra agora