Sete

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Dois segundos.

É esse o tempo de horror que me permito.

Então, abro a porta no segundo seguinte e estou atirando contra todos. Uma mistura de raiva e ódio e defesa toma conta de mim e estou usando todas as técnicas que aprendi com Hunter para atirar e me proteger. Uso a porta como escudo enquanto olho, miro e atiro. Já derrubei pelo menos dois, quando vejo o resto do meu grupo agir. Hunter está atirando a tanto tempo quanto eu, e quando menos percebo, não há mais tiros vindo do grupo inimigo.

Quando paro de atirar e abaixo a arma, consigo ver vários corpos caídos no chão. Conto rápido e vejo oito deles estirados enquanto seus sangues mancham a terra. Amanda salta do carro atrás de mim ainda com sua arma em punho e caminha cautelosamente a nossa frente.

Para em frente ao corpo e James e se abaixa um pouco, somente para ter certeza que ainda está vivo, e com um aceno de cabeça, continua a andar em direção aos dois tanques abandonados.

Me levanto da posição de ataque e corro em direção à James, o qual já está bem mais pálido do que normalmente é. Coloco sua cabeça em meu colo e afasto o paletó preto, vendo o sangue manchar a camisa branca. Ele pressiona o local do tiro com a mão, e vejo que pegou na lateral do seu corpo.

— Vai ficar tudo bem. – tento assegurar-lhe. – Devemos estar perto da Resistência. Você vai ficar bem. Temos ótimos médicos e...

Não consigo terminar a frase, pois no segundo seguinte alguém grita uma ordem e antes mesmo que eu possa erguer os olhos para entender o que está acontecendo, mais tiros são lançados e meu ouvido explode e a dor toma conta do meu ser quando sou jogada para trás pelo coice de um tiro.

Fui baleada.

E estou jogada no chão, perdendo sangue até a morte, enquanto seguro a cabeça do meu irmão que morre em meus braços.

LIGHTS - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora