"A saudade é o que faz as coisas pararem no Tempo."— Mario Quintana
– Fala o que você quer- Cruzei as pernas e indaguei em um tom de tédio- Seja breve, eu não tenho a noite toda.
– Eu queria saber se você conheceu alguém novo hoje- Cruzei os braços e franzi o cenho- Mais especificamente um cara.
– Para ser bem sincera, eu conheço muitos caras todos os dias- Taehyung revirou os olhos enquanto eu o encarava- Então essa pergunta é um pouco idiota, sem contar que hoje tive que fazer várias entrevistas, graças ao seu irmão.
– Olha não é muito difícil me dizer se conheceu um cara um pouco maior que eu, bonito e que se chama Jongin- Olhei para o chão quando Kim falou o nome de um dos entrevistados, resolvi ignorar já que seria muita coincidência se fosse a mesma pessoa.
– Não- Dei de ombros antes de me levantar- Se já terminou, pode ir embora, por favor? Tenho que acordar cedo amanhã.
– Eu vou indo então- Taehyung se aproximou de mim e tocou meu ombro- Se cuida.
Apenas olhei Taehyung ir até a porta, quando ouvi a porta se fechar me joguei no sofá, suspirei antes de olhar para o teto e fechar os olhos. Sem perceber eu acabei atormentando, passei a noite no sofá naquele dia.
Taehyung on
Estava saindo do prédio de Jennie, quando vi um carro preto estacionado ao lado de grandes tonéis de lixo. Fiquei encarando o veículo por um tempo até que alguém o ligou e saiu às pressas do local. Eu sabia que era Jongin.
Peguei meu carro e fui até um dos becos de Seul, Jongin era um dos mafiosos mais poderosos da Coréia. Quando eu era mais novo acabei me envolvendo com ele, eu precisava que uns garotos parassem de importunar minha irmã, eles iriam botar um dos caras para vigiar minha irmã e em troca eu teria que pagar uma grande quantia.
Era muito dinheiro, como eu era apenas um adolescente e meu pai não poderia saber que eu havia me envolvido em problemas tive que sumir. Nunca paguei Jongin, eu sabia que era perigoso mas com o tempo acabei esquecendo, mas ele não.
Quando parei em um semáforo meu telefone vibrou no bolso de trás da minha calça, peguei o aparelho abrindo a mensagem rapidamente. O número era desconhecido, meu coração acelerou quando vi a mensagem.
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– Filho da mãe– Quando o sinal ficou verde, apertei o acelerador fazendo com que os pneus fizessem um barulho estridente.
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– Quero falar com o chefezinho de vocês– Gritei para dois homens que estavam na entrada do beco, os dois apenas me observavam – Vocês tão surdos,porra!
– Quem é tu, parça? – Um deles se aproximou me olhando de cima a baixo– Parece ser um riquinho de Gangnam.
– Meu nome é Kim Taehyung– Dei um passo à frente do cara que recuou um pouco–e se vocês não deixarem eu passar, eu vou foder com a vida dos dois.