Capítulo 1

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Dizer adeus as pessoas que amamos e algo que nunca imaginamos ter que fazer, mas quando isso acontece se torna algo devastador, e o que nos resta é seguir apenas com à saudade, e isso sempre nós acompanhará....

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Depois de três anos viajando por vários lugares do mundo, com a companhia de dança do Rio de Janeiro como coreógrafa de alguns artistas da música, neste momento estava retornando para o Brasil

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Depois de três anos viajando por vários lugares do mundo, com a companhia de dança do Rio de Janeiro como coreógrafa de alguns artistas da música, neste momento estava retornando para o Brasil.

Sempre que conseguia passava pelo Rio para ver meu pai, Nick e sua família.

Nicolas, era meu melhor amigo. Na verdade era mais que isso, ele era o irmão que nunca tive e eu a irmã que ele nunca teve.

Nossa amizade começou graças às nossas mães que também eram melhores amigas. Crescemos juntos e isso ajudou Nick e eu a nós tornamos inseparáveis.

Também tinha o Rafael, o irmão de Nick, mas como ele era mais velho, então ele não ficava com a gente. Eu confesso que nem fazia questão, pois ele era muito irritante.

Quando perdi minha mãe, eu tinha 15 anos de idade. Desde então, a senhora Carmem tem cuidado de mim como se eu fosse sua filha.

Ela fez questão de pagar pelos meus estudos, pois foi mais uma das promessas que ela fez a minha mãe.

Na época meu pai não achou uma boa ideia. Mas ela conseguiu convencê-lo e no final ele acabou aceitando.

Minha família era de um mundo totalmente oposto da de Nick. Os Alburquerque eram donos de várias cadeias de hotéis pelo Brasil e fora do país, eles tinham muito dinheiro. Já meus pais eram professores de escola pública. Essa diferença de posição social nunca impediu nossas mães de serem amigas e nem de Nicolas e eu nos tornamos amigos também.

Contudo, eu nunca imaginei, nem nos meus piores pesadelos, que o motivo para me fazer retornar ao Brasil, neste momento, seria para enterrar o meu melhor amigo.

Quando meu pai me telefonou avisando do que tinha acontecido com Nick e Valentina, fiquei desesperada. Na hora eu não consegui acreditar.

— Pai, isso é mentira. — Digo com a voz trêmula.

Senti minhas pernas fraquejarem, então tive que me encostar na porta do banheiro.

— Filha, eu gostaria que fosse, mas não é querida. — Disse meu pai.

O grito que ecoou de minha garganta foi assustador... desesperador.

— Não, nãooooo. —  Grito aos prantos ao mesmo tempo em que meu corpo deslizava pela porta caindo no chão.

Ainda estava segurando o celular em minhas mãos. Escutava a voz do meu pai do outro lado da linha me chamando, mas parecia que eu estava em estado de transe.

Tudo que consegui fazer foi chorar feito uma criança pequena. Sentia uma dor terrível em meu peito, como se uma parte de mim estivesse sendo arrancada.

Você de novo? (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora