Anne
Quando escuto o sobrenome "Herrera". Me dou conta que só podia ser o pai ou algum parente da Mônica.
- Esse é o seu possível sócio, o pai da Mônica?
- Sim ele mesmo. Mas fique tranquila que minha conversa é apenas com Manoel, a Mônica não estará por perto - Diz ele fazendo um carinho no meu rosto e eu assenti.
Depois de algum tempo. Fui até o banheiro. Pensei em convidar a Laura, mas ela estava dançando com seu marido.
Assim que eu entrei no toalete, encontrei duas mulheres se maquiando e conversando. Passe por elas e de maneira educada dei um "Oi" e elas retribuiram o cumprimento. Depois fui em direção a um dos sanitários.
Aproveitei que já estava no toalete para retocar a maquiagem.
Estava passando baton, quando a porta do banheiro se abre e aquela mulher insuportável entra.
Devagar, abro minha bolsa e jogo meu baton ali dentro. Depois caminho para sair dali o mais rápido possível, antes que eu perdesse a paciência com aquela mulher e lhe desse um bons tapas. Mas Mônica se coloca em frente a porta.
Por um momento, me questionei se ela não estava esperando o momento certo para me encontrar sozinha. Logo conclui que minhas suspeiras eram verdadeiras.
- Achei você. - Diz a Mônica com um sorriso insuportável no rosto. - Vi quando você venho para o toalete e resolvi vir até aqui para termos um conversinha sem ninguém para nos interromper.
Ao falar isso, ela tranca a porta do banheiro.
Aquilo já estava indo longe demais. Eu estava tentando controlar minha raíva, mas era quase impossível com aquela mulher.
- Sua psicótica, o que acha que está fazendo? - Grito perdendo a paciência - Agora saia da minha frente, pois não tenho nada para falar com você.
Mas Mônica continua imóvel, impedindo minha passagem.
Neste momento, fiquei tentada em tira-lá do meu caminho arrastando-a pelos cabelos, para que aprendesse uma boa lição.
-Anne... Você não vai querer me ter como sua inimiga -Diz ela com ódio.
Lentamente, ela se aproxima de mim, iindicando que não que não iria recuar e me deixar ir.
Só que Mônica não fazia a menor ideia com quem estava lidando. Se eu tivesse que tira-lá da minha frente usando de violência não exitaria em fazer isso.
-Deixa eu ver se entendi - Digo num tom irônico - Agora você quer ser minha amiga? - Falo de maneira sarcástica.
- Mas é claro que não. Eu não tenho amigas desse tipo.
- E qual seria o meu tipo?
Neste instante, escuto uma batida na porta, e achei que seria minha saída para aquele encontro que estava fadado a terminar mal. Mas percebo que a Mônica não estava nem um pouco preocupada em abrir a porta.
Houve mais três batidas insistentes até que a pessoa desiste.
- Você não me respondeu. Qual seria o meu tipo?
Sabia que Mônica não ira me deixar em paz até que dissesse tudo que queria.
- Deixa eu ver - Diz ela fingindo pensar - Uma criola, que não tem onde cair morta, que só está sendo usada como brinquedinho como deve ser feito com alguém da sua espécie.
Não aguentei e na mesma hora que escuto aquelas palavras de sua boca, lhe dou um tapa tão forte no rosto que ela perde um pouco o equilíbrio e quase cai no chão.
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Você de novo? (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 1)
RomanceAnne de Souza é uma mulher negra, muito obstinada, sincera e que luta para conquistar o que quer. Em sua juventude ela acaba tendo uma noite totalmente diferente ao lado do irritante Rafael Albuquerque. Ela sábia que era errado se deixar ser beijado...