Capítulo 13

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Anne

Quando escuto o sobrenome "Herrera". Me dou conta que só podia ser o pai ou algum parente da Mônica.

- Esse é o seu possível sócio, o pai da Mônica?

- Sim ele mesmo. Mas fique tranquila que minha conversa é apenas com Manoel, a Mônica não estará por perto - Diz ele fazendo um carinho no meu rosto e eu assenti.

Depois de algum tempo. Fui até o banheiro. Pensei em convidar a Laura, mas ela estava dançando com seu marido.

Assim que eu entrei no toalete, encontrei duas mulheres se maquiando e conversando. Passe por elas e de maneira educada dei um "Oi" e elas retribuiram o cumprimento. Depois fui em direção a um dos sanitários.

Aproveitei que já estava no toalete para retocar a maquiagem.

Estava passando baton, quando a porta do banheiro se abre e aquela mulher insuportável entra.

Devagar, abro minha bolsa e jogo meu baton ali dentro. Depois caminho para sair dali o mais rápido possível, antes que eu perdesse a paciência com aquela mulher e lhe desse um bons tapas. Mas Mônica se coloca em frente a porta.

Por um momento, me questionei se ela não estava esperando o momento certo para me encontrar sozinha. Logo conclui que minhas suspeiras eram verdadeiras.

- Achei você. - Diz a Mônica com um sorriso insuportável no rosto. - Vi quando você venho para o toalete e resolvi vir até aqui para termos um conversinha sem ninguém para nos interromper.

Ao falar isso, ela tranca a porta do banheiro.

Aquilo já estava indo longe demais. Eu estava tentando controlar minha raíva, mas era quase impossível com aquela mulher.

- Sua psicótica, o que acha que está fazendo? - Grito perdendo a paciência - Agora saia da minha frente, pois não tenho nada para falar com você.

Mas Mônica continua imóvel, impedindo minha passagem.

Neste momento, fiquei tentada em tira-lá do meu caminho arrastando-a pelos cabelos, para que aprendesse uma boa lição.

-Anne... Você não vai querer me ter como sua inimiga -Diz ela com ódio.

Lentamente, ela se aproxima de mim, iindicando que não que não iria recuar e me deixar ir.

Só que Mônica não fazia a menor ideia com quem estava lidando. Se eu tivesse que tira-lá da minha frente usando de violência não exitaria em fazer isso.

-Deixa eu ver se entendi - Digo num tom irônico - Agora você quer ser minha amiga? - Falo de maneira sarcástica.

- Mas é claro que não. Eu não tenho amigas desse tipo.

- E qual seria o meu tipo?

Neste instante, escuto uma batida na porta, e achei que seria minha saída para aquele encontro que estava fadado a terminar mal. Mas percebo que a Mônica não estava nem um pouco preocupada em abrir a porta.

Houve mais três batidas insistentes até que a pessoa desiste.

- Você não me respondeu. Qual seria o meu tipo?

Sabia que Mônica não ira me deixar em paz até que dissesse tudo que queria.

- Deixa eu ver - Diz ela fingindo pensar - Uma criola, que não tem onde cair morta, que só está sendo usada como brinquedinho como deve ser feito com alguém da sua espécie.

Não aguentei e na mesma hora que escuto aquelas palavras de sua boca, lhe dou um tapa tão forte no rosto que ela perde um pouco o equilíbrio e quase cai no chão.

Você de novo? (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora