Capítulo 27

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Anne

Tentei abrir meus olhos, mas sentia minhas pupilas pesadas, fiz um esforço enorme para tentar abri-los

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Tentei abrir meus olhos, mas sentia minhas pupilas pesadas, fiz um esforço enorme para tentar abri-los. "O que será que eles me deram?", penso ainda meio grogue.

Tentei me mexer, mas tinham me amarrado a uma cadeira. Lentamente, levantei a cabeça e me perguntei onde eu estava. O lugar estava todo destruído,  sujo. Me dei conta que era um galpão abandonado.

Virei a cabeça para o outro lado e vi aquele homem que me dopou conversando com a doente da Mônica.

Tentei gritar por socorro, por ajuda, mas minha boca estava seca e ainda estava sobre o efeito do sedativo que eles me deram.

As lágrimas rolaram desenfreadas pelo meu rosto. Estava sentido tanto medo, pois sabia que a Mônica ia me matar.

Aquela mulher era doente e colocou na cabeça que eu era uma pedra no seu caminho. Então, faria tudo para remove-la.

Consegui controlar meu pânico, e pensar o que poderia fazer para sair daquela situação. Tinha que fazer algo, não podia morrer assim.

Aproveitei que eles estavam distraídos conversando e tentei me soltar daquelas cordas.  Puxei minhas mãos, mas não consegui me libertar.

Me senti fraca e vi tudo girando a minha volta. Minha visão ficou escura, então, fechei os olhos e respirei devagar, quando votei a abri-los me sentia um pouco melhor. Com certeza, devia ser os efeitos do sedativo que eles haviam me dado.


- Ei, a mocinha já acordou? - Escuto o capanga da Mônica falando.

Ela, então, começa a caminhar na minha direção com um sorrisinho no rosto. Em seguida Mônica puxa uma cadeira, sentando-se de frente para mim.


- Anne, minha querida. Como se senti? - Diz ela de maneira sarcástica.

Ergui o queixo encarando ela bem no fundo dos olhos, vi o ódio estampado neles.

- Parece que perdeu a língua- Diz ela diante do meu silêncio.

Mônica levantou e pegou uma arma que estava sobre um latão enferrujado que tinha alí. Depois voltou a se sentar.

- O que vai fazer comigo? - Pergunto tentando não demostrar meu pânico.

Ela começa a rir quando escuta minha pergunta. Depois desliza a arma pelo meu rosto.

Eu podia ver pela fisionomia da Mônica que ela estava totalmente fora de si. Transtornada.

Você de novo? (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora