Capítulo 14

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Rafael

Depois daquela confusão na festa de ontem a noite e do que a Anne me falou sobre a Mônica, confesso que fiquei preocupado. Tinha que tomar providências para que aquela maluca não voltasse a se aproximar da gente.

Então, aproveitei que Anne estava dormindo e resolvi ligar para o Manoel.
Além disso, não queria mais fazer sociedade com ele, iria conversar com Fernando para que ele entrasse nesta comigo, se não teria que achar outro pessoa de confiança.

Peguei meu celular e disquei o número do Manoel.

- Olá Rafael - Diz ele do outro lado da linha.

- Oi Manoel. - Digo um tanto impaciente, pois queria ir direito ao ponto.

- Acredito que esteja me ligando para falarmos sobre o que aconteceu ontem na festa? - indaga ele.

- Sim. Eu pretendia ir até sua casa para conversarmos pessoalmente, mas sei que sua filha estará aí, então, prefiro tratar com você por telefone mesmo.

- Entendo, depois do que sua esposa fez...

- Eu acho melhor você se calar e ouvir o que tenho para dizer - Interrompo-o de maneira rude - Você ser totalmente  direto com você, não vou mais precisar dos seus serviços na construção do meu hotel... - antes de concluir Manoel me interrompe.

- Mas  Rafael...

Manoel tenta falar mas o corto antes dele continuar.

- Sem mais. Não vou fazer negócios com uma pessoa que não tem pulso com a própria filha. Você não percebe que sua filha está passando de todos os limites, esse obsessão que ela tem por mim é doença. E outra, se você não der um jeito de manter Mônica longe da minha família, vou ser obrigado a tomar providências e com certeza você não vai gostar.  - o ameaçou e sem esperar pela sua resposta desligo o telefone.

- Está tudo bem? - escuto a voz de Anne atrás de mim.

Me viro e avisto ela vestida com a minha camisa. Caminho em sua direção e envolvo meus braços em volta da sua cintura e a puxo para perto de mim.

- Estava falando com Manoel sobre o a Mônica e também disse que não iria querer mais seus serviços para o meu negócio - Digo simplesmente.

- Não acredito que você não vai fazer mais negócios com ele. Isso é culpa minha - afirma ela com um olhar tristonho.

- Ei, está tudo bem. Eu vou falar com o Fernando, para que ele me ajude no que preciso - digo tentando tranquiliza-la.

Deposito um beijo na ponta do nariz de Anne e a abraço. De repente, me dou conta que não podia mais imaginar minha vida sem ela.

Então, alí de pé com Anne em meus braços, tomo uma decisão. Não iria mais investigar quem tinha sido a amante de Nicolas, meu coração dizia que não poderia ter sido a Anne e iria confiar nele.

Também resolvi que assim que retormassemos para o Brasil, iria dar entrada no processo de adoção da Sofia, queria que ela fosse nossa filha, com certeza era isso que Nicolas iria querer que fizéssemos.

- Um beijo pelos seus pensamentos- Diz Anne afastando-se um pouco para me olhar.

- Acho uma boa ideia. - Digo com um sorriso maroto.

Ela sorri e leva uma de suas mãos até meu rosto e traça o contorno de minha boca com seu polegar. 

- Anne, eu prendendo, assim que voltarmos, resolver a documentação para a adoção da Sofia, quero que ela seja nossa filha.

Você de novo? (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora