A Diaba e a Missionária

Whisky

— Tudo bem, irão fazer as compras duas pessoas, Rafa e quem mais? — Gizelly pergunta, querendo ir com a amiga fazer as compras para o vip.

— Assim, como eu e a Bia ganhamos, a gente decidiu irmos nós duas. Tudo bem pra vocês? — Ninguém se põe contra.

Todos fazem uma lista mental do que seria prioridade e o que poderiam deixar para comprar caso sobrasse dinheiro. Bianca e Rafaella escutam tudo atentamente, com Bianca impaciente para subirem logo.

— E não esquece da minha lentilha e da minha carne soja! — Manu grita lá de baixo.

O BIG BOSS chama e Rafaella e Bianca entram para fazer as compras.

— Isso é tão estranho, pequeno... — Bianca comenta, fazendo um rabo de cavalo.

— É como um caixa eletrônico. Vamos começar pela carne. — Rafaella comenta, atraindo a atenção de Bianca para si, com seu sotaque atraente.

— Começar por onde? — Bianca pergunta intencionalmente, com vontade de rir.

— Pela carne. — Rafaella responde sem tirar sua atenção do aparelho.

Bianca continua a fitando com os olhos brilhando, enquanto carrega consigo um sorriso largo.

— Pela o quê? — Ela eleva as mãos até a boca, em um movimento sorrateiro.

— Carne, Bia. — Rafaella a encara levemente impaciente, só então notando que a mesma zombava de si. — Foca aqui, Bia! — Repreende a mais baixa, pedindo para ela a ajudar.

— Tudo bem, concentração. — Bianca elimina o ar pela boca, começando a ver as variedades das carnes. — Lombo parece bom, bucho também... Essa moída tá cara demais, melhor a de sol para todo mundo. — Rafaella acha engraçado o jeito descontraído com que Bianca age.

— Concordo, a moída tá cara. O lombo tá bom.

— Variedades agora? — Bianca olha para a Rafaella, que desvia o olhar para o aparelho.

Perto demais. — Ela pensa, se afastando um pouco de Bianca.

— Sim, vamos focar no que o pessoal falou, o que mais consumimos... Sem muito leit... — Bianca a corta.

— Ah não, Rafa. Eu não vivo sem leite em pó, eu o uso para tudo. Até o troco pela carne de soja, se for preciso. — Bianca sem perceber acaba fazendo manha para Rafaella, seguido de um bico. Rafaella estranha essa reação, mas não deixa de achar extremamente fofo.

— Tudo bem, Bia. Só não muito, pode ser? E obvio que eu não vou deixar você sem sua carne de soja. — Bianca sorri como gratidão, apertando a mão de Rafaella.

Rafaella volta a se afastar um pouco, mas não deixa de orientar Bianca a comprar as coisas.

— Olha o preço da banana! A gente pode levar tudo? — Bianca pergunta para Rafaella com os olhos brilhando.

— Bia, tudo é muita coisa... A gente pode levar uns três, não acha o suficiente? — Bianca nega.

— Não seria nem duas por pessoas. São cinco, cada uma por vinte e cinco, tá muito barato. — Ela implora, prepara para apertar no botão de comprar.

— Tudo bem, Bia. Mas se não der para comprar algo mais importante, a gente tira, tá bom? — Bianca concorda, querendo saber qual dos vegetais elas poderiam levar.

— Não usamos repolho, nem rabanete... Cenoura sim, tomate? — Pergunta pra Rafaella, que concorda na hora.

— Sim, dá pra fazer uma sala. Alface não, estraga fácil. Pepino é uma boa também, cebola com certeza, alho sim.